A Importância das Equipes Interdisciplinares nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS)
DOI:
https://doi.org/10.14295/idonline.v18i73.4085Palavras-chave:
Saúde Mental, Centro de Atenção Psicossocial, Profissionais de saúdeResumo
O trabalho realizado pelas equipes interdisciplinares nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) envolve uma abordagem colaborativa e integrada para oferecer cuidados de saúde mental. Esses profissionais, vindos de diferentes áreas como psicologia, psiquiatria, enfermagem, assistência social, entre outras, unem seus conhecimentos e experiências para criar estratégias de tratamento personalizadas e humanizadas, que atendam às necessidades específicas de cada pessoa em sofrimento psíquico. O objetivo do presente estudo foi analisar a importância do trabalho das equipes interdisciplinares, atuantes em um CAPS no Sul do Ceará. Contou com a participação de 23 profissionais de diferentes CAPS (CAPSad, CAPSi e CAPS III) em um município do Sul do Ceará. Foi realizada entre maio de 2022 e abril de 2024. Para coletar os dados, foram utilizadas técnicas como observação e encontros de discussão sobre o trabalho. Os resultados levaram a crer que a atuação em equipe facilita a troca de saberes, enriquecendo o cuidado e garantindo uma atenção mais ampla e efetiva ao paciente, sempre com o foco em sua recuperação e reintegração social. Conclusão: A dimensão coletiva do trabalho interdisciplinar contribui significativamente para uma gestão mais eficiente das atividades. No entanto, é essencial que os coletivos de trabalho sejam fortalecidos, com a criação de espaços grupais mais efetivos para discussão, troca de ideias e colaboração. Isso favorece a construção de uma equipe mais coesa e preparada para enfrentar os desafios do dia a dia.
Downloads
Referências
ANJOS FILHO, N. C. dos, & SOUZA, A. M. P. de. A percepção sobre o trabalho em equipe multiprofissional dos trabalhadores de um Centro de Atenção Psicossocial em Salvador, Bahia, Brasil. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 21(60), 63-76, 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/1807-57622015.0428
BERNARDI, A. B., & KANAN, L. A. Características dos serviços públicos de saúde mental (Capsi, Capsad, Caps III) do estado de Santa Catarina. Saúde em Debate, 39(107), 1105-1116, 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/0103-110420151070533
BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Saúde Mental no SUS: os centros de atenção psicossocial. Brasília, DF. Recuperado de http://www.ccs.saude.gov.br/saude_mental/pdf/sm_sus.pdf , 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada e Temática. Centros de Atenção Psicossocial e Unidades de Acolhimento como lugares da atenção psicossocial nos territórios: orientações para elaboração de projetos de construção, reforma e ampliação de CAPS e de UA / Brasília: DF. Recuperado de http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/centros_atencao_psicossocial_unidades_acolhimento.pdf, 2015.
BRASIL. Ministério Público Federal, Procuradoria Federal Dos Direitos Do Cidadão. Cartilha Direito a Saúde Mental. Brasília, DF. Recuperado de http://pfdc.pgr.mpf.mp.br/atuacao-e-conteudos-de-apoio/publicacoes/saude-mental/direito_saude_mental_2012/ , 2012.
BRASIL. Presidência da República. Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Brasília. DF. Recuperado de http://conselho.saude.gov.br/web_comissoes/cism/doc/Lei_10216_2001.pdf, 2001.
CEDRAZ, A., & DIMENSTEIN, M. Oficinas terapêuticas no cenário da Reforma Psiquiátrica: modalidades desinstitucionalizantes ou não?. Revista Mal Estar e Subjetividade, 5(2), 300-327, 2005.
CIRILO, L. S. Novos tempos: Saúde mental, CAPS e cidadania no discurso de familiares e usuários (Dissertação de Mestrado). Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, PB, Brasil, 2006.
COIMBRA, V. C. C & KANTORSKI, L. P. O Acolhimento em centro de atenção psicossocial. Revista de Enfermagem, 13, 57-62, 2005.
DEJOURS, C. ADDENDUM: Da psicopatologia à psicodinâmica do trabalho. In S. Lancman & L. Sznelwar (Orgs.), Christophe Dejours: da psicopatologia à psicodinâmica do trabalho (pp. 47-104). Rio de Janeiro: Fiocruz, Brasília: Editora Paralelo 15, 2004a
DEJOURS, C. O trabalho como enigma. In S. Lancman, S. & L. Sznelwar (Orgs.), Christophe Dejours: da psicopatologia à psicodinâmica do trabalho (pp. 127-139). Rio de Janeiro: Fiocruz, Brasília: Editora Paralelo 15, 2004b .
DEJOURS, C. Trabalho vivo: Trabalho e emancipação. Tomo II. (F. Soudant, trad.). Brasília: Paralelo 15, 2012.
FRANCO, T. B., BUENO, W. S. & MERHY, E. E. O Acolhimento e os processos de trabalho em saúde: o caso de Betim (MG). In E. E. Merhy, H. M. M. Júnior, T. B. Franco & W. S. Bueno, O trabalho em saúde: olhando e experienciando o SUS no cotidiano (4. ed., pp. 37-54). São Paulo: Hucitec, 2007.
GUERRA, A. M. C. Oficinas em Saúde Mental: Percurso de uma história, fundamentos de uma prática. In A. C. Figueiredo & C. M. Costa (Orgs.), Oficinas Terapêuticas em Saúde Mental: Sujeito, Produção e Cidadania (pp. 23-58). Rio de Janeiro: Contracapa Editora, 2004.
LAVILLE, C. & DIONNE, J. A construção do saber: manual de metodologia em ciências humanas. Porto Alegre: Editora Artes Médicas Sul Ltda, 1999.
MARTINHAGO, F., & OLIVEIRA, W. F. de. A prática profissional nos Centros de Atenção Psicossocial II (caps II), na perspectiva dos profissionais de saúde mental de Santa Catarina. Saúde em Debate, 36(95), 583-594, 2012. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-11042012000400010
MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: Pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo – Rio de Janeiro: Hucitec – Abrasco, 2006.
MIRANDA, L. & ONOCKO-CAMPOS, R. T. Análise das equipes de referência em saúde mental: uma perspectiva de gestão da clínica. Cadernos de Saúde Pública, 26(6), 1153-1162, 2010. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-311X2010000600009
NARDI, H. C. & RAMMINGER, T. Modos de subjetivação dos trabalhadores de saúde mental em tempos de Reforma Psiquiátrica. Physis, Rio de Janeiro, 17(2). 2007. Recuperado em 09 de julho, 2014, de http://dx.doi.org/10.1590/S0103-73312007000200004 . DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-73312007000200004
RAMMINGER, T. Trabalhadores de saúde mental: reforma psiquiátrica, saúde dos trabalhadores e formas de subjetivação nos serviços de saúde mental (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil, 2005.
RIBEIRO, L. A., SALA, A. L. B. & OLIVEIRA, A. G. B. As oficinas terapêuticas nos Centros de Atenção Psicossocial. Revista Mineira de Enfermagem, 12(4), 516-522, 2008.
RIBEIRO, S. Luiz. A criação do Centro de Atenção Psicossocial Espaço Vivo. Psicologia: Ciência e Profissão, 24(3), 92-99, 2004. DOI: https://doi.org/10.1590/S1414-98932004000300012
SCHWARTZ, Y. A dimensão coletiva do trabalho: as "ECRP". In: Schwartz, Y. & Durrive, L. (orgs.) (2010). Trabalho & Ergologia: conversas sobre a atividade humana. (p. 151-166) (2ª ed.; J. Brito & al. Trad.) Niterói: EdUff, 2010a.
SCHWARTZ, Y. Trabalho e uso de si. In: Schwartz, Y. & Durrive, L. (Orgs.) (2010). Trabalho & Ergologia: conversas sobre a atividade humana (2 ed., pp. 191-206). Niterói: Eduff, 2020b.
SCHWARTZ, Y. Conceituando o trabalho, o visível e o invisível. Trabalho, Educação e Saúde, 9, suppl.1, 19-45, 2011. DOI: https://doi.org/10.1590/S1981-77462011000400002
SCHWARTZ, Y., & DURRIVE, L. (Orgs.). Trabalho & Ergologia: Conversas sobre a atividade humana. (2ª ed.; J. Brito & al. Trad). Niterói: EdUff, 2010.
SILVA e SILVA, D. L., & KNOBLOCH, F. A equipe enquanto lugar de formação: a educação permanente em um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras drogas. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 20(57), 325-335, 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/1807-57622015.0061
SOUSA, Lais Landim; ROCHA, Nara Freire Leão; ROCHA, Nicole Gonçalves Nascimento; OLIVEIRA, Gislene Farias de. Saúde mental em tempos de crise no Brasil. Id on Line Rev.Mult. Psic., 2019, vol.13,n.46, p.729-746. ISSN: 1981-1179. DOI: https://doi.org/10.14295/idonline.v13i46.1932
TRINQUET, P. Trabalho e educação: o método ergológico. Revista HISTEDBR On-line, número especial, 93-113, 2010. DOI: https://doi.org/10.20396/rho.v10i38e.8639753
UCHIDA, S., SZNELWAR, L. I. L., BARROS, J. O. & LANCMAN, S. O trabalhar em serviços de saúde mental: entre o sofrimento e a cooperação. Laboreal, 7(1), 28-41, 2011. DOI: https://doi.org/10.4000/laboreal.8098
ZGIET, J. Reforma psiquiátrica e os trabalhadores da saúde mental: a quem interessa mudar? Saúde em Debate, 37(97), 313-323, 2013. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-11042013000200013
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Fernando França Fernandes, Elizabeth Alves Silva, Martha Maria Macedo Bezerra

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os autores detêm os direitos autorais sem restrições, devendo informar a publicação inicial nesta revista, em caso de nova publicação de algum trabalho.