Desafios para um Modelo Pedagógico de Suporte a Estudantes Neurodivergentes na Graduação em Saúde

Resumo

A crescente valorização da neurodiversidade no ensino superior tem impulsionado transformações significativas nos modelos educacionais, especialmente em cursos da área da saúde, onde a formação exige alta carga teórica, prática e emocional. A neurodiversidade reconhece que diferenças cognitivas são variações naturais do cérebro humano, e não deficiências. Estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), TDAH, dislexia, entre outras condições neurodivergentes, enfrentam barreiras que vão desde a estrutura curricular rígida até a falta de compreensão institucional sobre suas necessidades específicas. O presente artigo discute, quais as características de um modelo pedagógico que tenha condições de promover inclusão, equidade e autonomia para estudantes neurodivergentes na graduação em saúde. Os resultados demonstraram que, pensar um modelo pedagógico inclusivo,  não representa somente  uma demanda ética e responsiva socialmente, mas envolve o pensar sobre uma necessidade estratégica, de forma a que se possa garantir que, todos os estudantes possuam as adequações para as condições equitativas de aprender e contribuir com a sociedade.