Pensar Política nas Infâncias: Um Olhar para as Potencialidades de uma Escolarização Crítica
DOI:
https://doi.org/10.14295/idonline.v18i74.4123Palavras-chave:
Infâncias, Educação Política, EscolarizaçãoResumo
Este trabalho busca explorar as possibilidades de organização, formação e lutas políticas nas infâncias inseridas na educação básica pública brasileira. O objetivo é tensionar os limites e potencialidades de uma escolarização crítica que promova sujeitos emancipados e vibrantes. Em um país atravessado pela violência colonial e marcado por políticas de morte que atingem corpos e vivências, pensar uma educação política torna-se uma estratégia de resistência e sobrevivência. Por meio de uma revisão bibliográfica, analisaram-se nove trabalhos das bases SCIELO e CAPES. Identificaram-se marcas colonialistas e fascistas na história educacional do Brasil, reforçando o papel ético-político das escolas no resgate de valores democráticos. As produções destacam a relação entre pobreza, raça e acesso à educação crítica, evidenciando que o fazer político das infâncias resiste nas micropolíticas do encontro educacional, na teia de sentidos que transcende a alfabetização mecânica.
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