O Orçamento Participativo na Gestão Pública

Autores

  • Sony Lins Jesus dos Santos UNIVASF
  • Jorge Keven Vilas Boas Soares UNIVASF
  • Mário Lopes de Oliveira UNIVASF
  • Mayara Lima da Silva UNIVASF
  • Hesler Piedade Caffé Filho UNIVASF - Orientador

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v11i36.772

Palavras-chave:

Orçamento Participativo, Gestão Pública, Democracia, Politicas Públicas, Cidadão

Resumo

 A Constituição Federal estabelece três instrumentos fundamentais de planejamento: o Plano Plurianual; a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária anual. Os três instrumentos se interligam, dotando a gestão pública de um processo orçamentário racional a curto, médio e longo prazo. Nesse contexto o orçamento participativo passa a ser o instrumento democrático que permite aos cidadãos participarem do processo pela organização social, permitindo às prefeituras estabelecerem limites e critérios para compartilhar o poder de decisão com os moradores das diversas regiões de um município. O presente artigo constitui-se como um ensaio de revisão teórica, englobando pontos como o orçamento tradicional, plano plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias, orçamento participativo e democracia. Conclui-se que para que haja êxito em sua elaboração, execução e controle do orçamento participativo é necessário a conscientização da população sobre a importância da participação social efetiva, de modo livre e universal nas assembleias e fóruns de discussão para a tomada de decisão orçamentária. Ao atuar efetivamente no orçamento participativo, o cidadão deixa de ser um mero coadjuvante para ser protagonista e tomador de decisões sobre os recursos/investimentos públicos. A efetiva realização e implementação do orçamento participativo podem ser visualizadas como um fortalecimento da democracia na gestão municipal. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sony Lins Jesus dos Santos, UNIVASF

Administração Pública

Jorge Keven Vilas Boas Soares, UNIVASF

Administração Pública

Mário Lopes de Oliveira, UNIVASF

Administração Pública

Mayara Lima da Silva, UNIVASF

Administração Publica

Hesler Piedade Caffé Filho, UNIVASF - Orientador

Administração Pública

Referências

ABRUCIO, F. L.; COSTA, V. M. F. Reforma do Estado e contexto federativo brasileiro. São Paulo: Konrad-Adenauer-Stiftung, 1998.

AGRA, Walber de Moura Agra. Curso de Direito Constitucional. 6ª Ed. Rio de janeiro: Editora Forense, 2010.

ARENDT, Hannah. A condição humana. 7ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.

AVRITZER, L. O orçamento participativo e a teoria democrática: um balanço crítico. 2003. Disponível em <http://www.democraciaparticipativa.org/files/LeonardoAvritzer-Oor%E7amentoparticipativoeateoriademocr%R1ticaumbalan%E7ocr%EDtico.pdf>, acesso em novembro, 2013.

AVRITZER, L. Teoria democrática e deliberação pública. Lua Nova: Revista de cultura e política. São Paulo, n. 50, 2000. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-64452000000200003&lng=en&nrm=iso&tlng=pt>, acesso em novembro, 2013.

BAGGULEY, P. Post-fordism and enterprise culture: flexibility, autonomy and changes in economic organization. In: KEAT, R.; ABERCROMBIE, N. (Eds.). Enterprise Culture. Routledge: London, 1991.

BALEEIRO, Aliomar. A Constituição de 1981. Brasília. Centro de Ensino a Distância. 1987.

BAQUERO, M. Democracia, cultura e comportamento político: uma análise da situação brasileira. In: PERISSINOTTO, R.M.; FUKS, M., (Orgs.). Democracia: teoria e prática. Rio de Janeiro: Relume-Dumará; Curitiba: Fundação Araucária, 2002.

BARRETO, M. I. As organizações sociais na reforma do Estado brasileiro. In: BRESSER-PEREIRA, L.C.; GRAU, N. C. G. (Orgs.). O público não-estatal na reforma do Estado. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1999.

BRESSER-PEREIRA, L. C. Da administração pública burocrática à gerencial. Revista do Serviço Público, v. 120, n. 1, 1996.

BRESSER-PEREIRA, L. C. Reforma do Estado nos anos 90: lógica e mecanismos de controle. Brasília: MARE, Cadernos MARE, n. 1, 1997.

BRESSER-PEREIRA, L. C. Reforma do Estado para a cidadania: a reforma gerencial brasileira na perspectiva internacional. Brasília: ENAP/ Editora 34, 1998a.

BRESSER-PEREIRA, L. C. Gestão do setor público: estratégia e estrutura para um novo Estado. In: BRESSER-PEREIRA, L. C.; SPINK, P. (Orgs). Reforma do Estado e administração pública gerencial. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1998b.

BITTAR, Eduardo C.B. Curso de Filosofia do Direito. 5ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2007.

BOBBIO, Norberto. A Era dos Direitos. 17ª Tiragem. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1992.

BOBBIO, Norberto. O futuro da democracia. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

BONAVIDES, Paulo; Miranda Jorge; AGRA, Walber de Moura. Comentários à Constituição Federal de 1988. Rio de Janeiro: Editora Forense, 2009.

Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil. 05 out. 1988. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.

BRASIL. Constituição Federal de 1988. São Paulo: LTr, 2008.

CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional. 6ª Ed. Coimbra: Liv. Almedina, 1993.

CARMO CARVALHO, M. Eppur si muove... Os movimentos sociais e a construção da democracia no Brasil. Campinas, 1997. 177 p. Dissertação (Mestrado em Ciência Política) – IFCH, UNICAMP.

CARBALHO, M.C.B.; Gestão social: alguns apontamentos para o debate. In: RICO, E.M.; RAICHELIS, R. (Orgs.). Gestão social: uma questão em debate. São Paulo: IEE, 1999.

CARVALHO, A. B. As vicissitudes da reforma gerencial no Brasil: uma abordagem analítica. In: ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, 23., 1999, Foz do Iguaçu. Anais. Foz do Iguaçu: ANPAD, 1999. COLLINS, D. Management Fads and Buzzwords: Critical-Practical Perspectives. London: Routledge, 2000.

CARVALHO, Kildare Gonçalves. Direito Constitucional- Teoria do Estado e da Constituição. Direito Constitucional Positiva- 12ª ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2006.

COSTA, G.P. Cidadania e participação: impactos da política social num enfoque psicopolítico. Curitiba: Juruá Editora, 2009.

DAGNINO, E. Sociedade civil e espaços público no Brasil. In: DAGNINO, E. Sociedade civil e espaços públicos no Brasil. São Paulo: Paz e Terra, 2002, p. 9-15.

DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. 16ª ed. São Paulo: Saraiva, 1999.

DIAS, M.R. Na encruzilhada da teoria democrática: efeitos do orçamento participativo sobre a Câmara Municipal de Porto Alegre. Tese de Doutoramento. Rio de Janeiro, Iuperj, 2000.

DINIZ, E. Crise, reforma do Estado e governabilidade. Brasil 1985- 95. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1997. DINIZ, E. Globalização, reformas econômicas e elites empresariais. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2000.

DOIMO, A. M. A vez e a voz do popular: movimentos sociais e participação política no Brasil pós-70. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, ANPOCS, 1995.

DU GAY, P. Enterprise culture and ideology of excelence. New Formations, n. 13, p. 45-61, 1991. FAORO, R. Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro. São Paulo: Globo, 1995 [1957]. v. 1 e 2.

FERREIRA, A. L. S. Lages, um jeito de governar. Pólis, n. 5, 1991. 35 p.

GENRO, T. Teses para a criação de uma política democrática e socialista. In: GENRO, T. (Coord.). Porto da Cidadania: esquerda no governo de Porto Alegre. Porto Alegre: Artes e Oficíos, 1997.

GENRO, T. O futuro por armar: democracia e socialismo na era globalitária. Petrópolis: Editora Vozes, 1999. GENRO, T. Co-gestão: reforma democrática do Estado. In: FISCHER, N. B.; MOLL, J. (Orgs.). Por uma nova esfera pública: a experiência do orçamento participativo. Petrópolis: Editora Vozes, 2000.

GIACOMINI, J. Orçamento público. São Paulo: Atlas, 1997.

GOHN, M. G. História dos movimentos e lutas sociais: a construção da cidadania pelos brasileiros. São Paulo: Loyola, 1995.

GONÇALVES, H.L. Uma visão crítica do orçamento participativo. Rio de Janeiro: Editora Lúmen Júris, 2005.

GREY, C. Towards a critique of managerialism: the contribution of Simone Weil. Journal of Management Studies, v. 33, n. 5, p. 591-612, 1996.

GRUPO DE ESTUDOS SOBRE A CONSTRUÇÃO DEMOCRÁTICA. Os movimentos sociais e a construção democrática: sociedade civil, esfera pública e gestão participativa. Revista Idéias, n. 5/6, p. 7-122, 1999.

GUERREIRO RAMOS, A. A nova ignorância e o futuro da administração pública na América Latina. Revista da Administração Pública, v. 4, n. 2, p. 7-45, 1970.

GUERREIRO RAMOS, A. A nova ciência das organizações: uma reconceituação da riqueza das nações. Rio de Janeiro: Editora da FGV, 1983.

GUSTIN, Miracy Barbosa de Souza. Cidadania e Inclusão Social. Belo Horizonte: Editora Fórum, 2008.

HARVEY, D. Condição pós-moderna. São Paulo: Edições Loyola, 1992 [1989]. 036-049 48 26.01.05, 16:48 JAN./MAR. 2005 • ©RAE • 49 ANA PAULA PAES DE PAULA HEELAS, P. Reforming the self: enterprise and the characters of thatcherism. In: KEAT, R.; ABERCROMBIE, N. (Eds). Enterprise Culture. Routledge: London, 1991.

JACOBI, P. Políticas sociais e ampliação da cidadania. Rio de Janeiro: Editora da FGV, 2000.

LOUREIRO, M. R.; ABRUCIO, F. L. Burocracia e política na nova ordem democrática no Brasil. In: ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, 22., 1998, Foz do Iguaçu. Anais. Foz do Iguaçu: ANPAD, 1998.

LÜCHMANN, L.H.H. Possibilidades e limites da Democracia Deliberativa: a experiência do Orçamento Participativo de Porto Alegre. Campinas, 2002, tese (Doutorado em Ciências Sociais), Universidade de campinas.

MARE. Organizações sociais. Cadernos MARE, n. 2, 1997a. 75 p.

MARE. Programa de Qualidade e Participação na Gestão Pública. Cadernos MARE, n. 4, 1997b. 62 p.

MARE. Agências executivas. Cadernos MARE, n. 9, 1998a. 55 p.

MARE. Programa de Reestruturação e Qualidade dos Ministérios. Cadernos MARE, n. 12, 1998b. 47 p.

MARE. Avanços da reforma na Administração Pública (1995-1998). Cadernos MARE, n. 15, 1998c. 129 p.

MARIA, C. Meritocracia à brasileira: a trajetória da carreira dos gestores governamentais. São Paulo, 2000. 145 p. Dissertação (Mestrado em Administração Pública e Governo) – EAESP, FGV.

MELO, Getúlio Costa. Evolução histórica do conceito de cidadania e a Declaração Universal dos Direitos do Homem. < http://ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13959 > ; fevereiro/2017.

MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, PAULO Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2008.

MEZZOMO KEINERT, T. M. Administração Pública no Brasil: crises e mudanças de paradigmas. São Paulo: Annablume, Fapesp, 2000.

MONTEIRO, J. V. Economia e política: instituições de estabilização econômica no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas, 1997.

MONTEIRO, J. V. As regras do jogo – o Plano Real: 1997-2000. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2000.

MORAES, Alexandre. Constituição do Brasil Interpretada. São Paulo: Atlas. 2002.

MORRIS, P. Freeing the spirit of enterprise: the genesis and development of the concept of enterprise culture. In: KEAT, R.; ABERCROMBIE, N. (Eds.). Enterprise Culture. Routledge: London, 1991.

NOGUEIRA, M. A. As possibilidades da política: idéias para a reforma democrática do Estado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998.

OLIVEIRA, F. et al. Quanto melhor, melhor: o acordo das montadoras. Novos Estudos Cebrap, n. 36, p. 3-7, jul. 1993.

OLIVEIRA, F. A derrota da vitória: a contradição do absolutismo de FHC. Novos Estudos Cebrap, n. 50, p. 13-21, mar. 1998.

OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução á Sociologia. Série Brasil.25ª Ed. São Paulo: editora Ática, 2006.

OSBORNE, D.; GAEBLER, T. Reinventando o governo. Brasília: MH Comunicação, 1994 [1992]. SCHWARTZMAN, S. Bases do autoritarismo brasileiro. Rio de Janeiro: Campus, 1982.

PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional Descomplicado. 6ª ed. São Paulo: Editora Método, 2010.

PEREIRA, Christiane Furtado Machado; silva, Eduardo Moraes Lameu; OLIVEIRA, Waidd Francis de. Orçamento Participativo. Revista Athenas. vol. 2, ano. III, ago.-dez. 2014 / ISSN 2316-1833

PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. Max Limond. 2000.

PIRES, V. Orçamento participativo: o que é, para que serve, como se faz. São Paulo: Manole, 2001.

RODRIGUES, W.C. Metodologia científica. Paracambi: FATEC/IST, 2007.

SANCHES, Oswaldo. M. Dicionário de Orçamentos, Planejamentos e áreas afins. Brasília: Prisma, 1997. SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo, São Paulo.

SANTOS JÚNIOR, O.A. Democracia e governo local. Rio de Janeiro: Revan/Fase, 2001.

SANTOS, B.S.; AVRITZER, L. Para ampliar o cânone democrático. In: SANTOS, B.S. (Org.). Democratizar a democracia: os caminhos da democracia participative. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

SOUZA, C. Construção e consolidação de instituições democráticas: papel do orçamento participativo. São Paulo Perspec., 15(4):84-87, out./dez. 2001.

SOUZA SANTOS, B. A reinvenção solidária e participativa do Estado. In: BRESSER-PEREIRA, L. C.; WILHEIM, J.; SOLA, L. Sociedade e Estado em transformação. São Paulo: Unesp; Brasília: ENAP, 1999. SPINK, P. The rights approach to local public management: experiences from Brazil. Revista de Administração de Empresas, v. 40, n. 3, p. 45-65, 2000.

TENÓRIO, F. Gestão social: uma perspectiva conceitual. Revista de Administração Pública, v. 32, n. 5, p. 7-23, 1998. WAINWRIGHT, H. Uma resposta ao neoliberalismo: argumentos para uma nova esquerda. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.

TEIXEIRA, Alberto. Guia da cidadania e transparência: prevenção contra corrupção. Fortaleza: Fundação Konrad Adenauer, 2016.

WILGES, I.J. Finanças públicas: orçamento e direito financeiro. Porto Alegre: Editora AGE, 2006.

Downloads

Publicado

2017-07-30

Edição

Seção

Artigo de Revisão