Caminhos Negros no Ceará: Identidades de Resistências / Black Paths in Ceará: Resistance Identities
DOI:
https://doi.org/10.14295/idonline.v13i46.1892Palavras-chave:
Quilombo, Resistência, QuilombagemResumo
Os séculos de escravismo foram marcados pela a luta e a resistência da população negra configurada nos quilombos que se efetivaram como a maior forma de resistência da organização dos negros e negras neste País. Neste contexto, a abolição consolidou a segregação racial no Brasil, a luta abolicionista trouxe no seu pacote a ideologia do branqueamento da população brasileira por considerar a raça negra inferior. O Pensamento da democracia racial, em 1930, foi forjada, para vender um país avançado sem segregação racial, romantizando a mistura entre negros, brancos e índios quando de fato racismo sentenciou o negro a viver em condições precárias em todas as regiões do Brasil, um projeto de nação que nega a importância da população negra. Dentro desse universo de complexidade analisamos as lutas e às resistências dos quilombos de hoje como os do passado, assim como das periferias dentro de uma perspectiva de quilombagem em Clóvis Moura. Concluiu-se que, os quilombos são verdadeiros patrimônios culturais do Brasil e que, suas memórias do escravismo criminoso, precisam ser expostas e escritas para que tal crime contra a humanidade, não caia no esquecimento.
Downloads
Referências
ALMEIDA, Silvio Luiz de. O que é Racismo Estrutural?. Belo Horizonte (MG): Letramento, 2018
ARRUTI, José M. Quilombos. Raça – Novas Perspectivas Antropológicas, Salvador, v. 1, 2008.
AKIM. Entrevista concedida à Samia Paula dos Santos Silva. Fortaleza, 2013.
AMIR. Entrevista concedida à Samia Paula dos Santos Silva. Fortaleza, 2013.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988, atualizada até a Emenda Constitucional nº 39, de 19 de dezembro de 2002. 31. Ed. São Paulo: Saraiva 2003.
BRASIL. DECRETO nº 4.887, de 20 de novembro de 2003. Regulamenta no âmbito federal, dispositivos da Lei n° 11.284 de 20 de novembro de 2003, que dispõe sobre os remanescentes de quilombos no Brasil. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 20 nov. 2003.
DAREN. Entrevista concedida à Samia Paula dos Santo Silva. Fortaleza, 2013.
MUNANGA, Kabengele. Negritude: usos e sentidos. São Paulo: Ática S/A, 1988.
___________. Negritude e identidade negra ou afrodescendente: um racismo ao averso. Revista ABPN, São Paulo, v.4, jul-out 2012. Disponível http://www.abpn.org.br/Revista/index.php/edicoes/article/viewFile/358/235> Acesso em: 12-out-2015.
___________. Kabengele. Origem e histórico do quilombo na África. Revista USP, São Paulo,n.28, 1996. Disponível em < http://www.usp.br/revistausp/28/Revista 04- kabe.pdf > Acesso em: 10-set-2015.
NASCIMENTO, Abdias. O quilombismo: In Cartas, falas, reflexão, memória, informes. Brasília Gabinete do Senador Darci Ribeiro. 1991.
RATTS, Alex. Traços étnicos: espacialidades e culturas e indígenas. Fortaleza: Museu do Ceará: Secult, 2009.
RATTS, Alecsandro (Alex) J. P. Eu sou Atlântica: Sobre a Trajetória de Vida de Beatriz Nacimento. 1. ed. São Paulo: Imprensa Oficial / instituto Kuanza, 2007. v. 1. 136p.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os autores detêm os direitos autorais sem restrições, devendo informar a publicação inicial nesta revista, em caso de nova publicação de algum trabalho.