Educação Intercultural e suas Ambivalências com o Estranho. Um Estudo Sobre a Representação Social do Negro no Livro Didático
DOI:
https://doi.org/10.14295/idonline.v13i43.1584Palavras-chave:
Educação Intercultural e Estranheza. Discriminação e Racismo. Material Didático. Representação Social do Negro.Resumo
O presente artigo é fruto dos trabalhos de leitura, pesquisas de campo e ações de extensão universitária que se enraizaram nas reuniões do Laboratório Interdisciplinar de Estudos da Violência (LIEV/ UNILEÃO) e nos encontros do Núcleo de Estudos em Gênero, Raça, Organizações e Sustentabilidade (NEGROS/ UPE), bem como, emergiu da necessidade de preparo de aulas e material didático para facilitar o ensino e as práticas pedagógicas para as disciplinas: Educação do Campo e Educação Intercultural no curso de Pedagogia da Faculdade de Ciências Humanas do Sertão Central (FACHUSC/ Salgueiro-PE. O objetivo da presente investigação está fundamentado na tentativa de destacar a contribuição que o material escolar pode, por um lado, dar à educação intercultural; e por outro lado, acentuar os nuances em que o racismo e o preconceito direcionados ao negro podem contribuir com a representação negativa destes na sociedade. A questão problema deste estudo concentra-se na investigação do material didático e paradidático do ensino infantil e fundamental selecionados e utilizados em uma escola pública do município de Verdejante, no Sertão Central Pernambucano. A metodologia utilizada é fruto da abordagem qualitativa, revisão bibliográfica e método de procedimento de análise documental com uso da abordagem crítica dos discursos. A fundamentação teórica especifica se deu a partir da teoria da ideologia de John Thompson (1995), da teoria da Mestiçagem de Kabengele Munanga (2008), da teoria da Pedagogia Intercultural de Georg Auerheimer (2005), da teoria da Estranheza na Escola de Franz Pöggeler (2004; 2003), dos Estudos Africanos de Achillie Mbembe (2014) e da filosofia da ancestralidade de David Oliveira (2007; 2003). Os achados nos permitem concluir que a educação intercultural satisfaz em plenitude os quesitos do respeito à dignidade da pessoa humana, da educação para a liberdade, da educação para a autonomia e da educação inclusiva e do pertencimento.
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