A Desinstitucionalização do Parto: Uma Revisão Integrativa da Literatura
DOI:
https://doi.org/10.14295/idonline.v12i39.1039Palavras-chave:
enfermagem obstétrica, parto domiciliar, tocologiaResumo
analisar a produção científica publicada sobre a desinstitucionalização do parto. Metodo: foi realizada uma Revisão Integrativa da Literatura. Para efetivá-la, foi feito levantamento bibliográfico a partir de pesquisas indexadas na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), sendo o Descritor Controlado (DeCS) em Ciências da Saúde utilizado “Parto domiciliar”, identificando-se fontes de informação de inúmeras bases de literaturas científicas e técnicas. Também, foi feito agrupamento dos DeSC: Enfermagem obstétrica, parto domiciliar e tocologia. Foram identificados 116 artigos, contudo, apenas 15 deles contemplaram aos critérios de inclusão delineados. Resultados: 100% da amostra foi publicada em periódicos nacionais, sendo na sua totalidade na área da saúde. Quanto ao período de publicação evidencia-se que a maioria concentrou-se no ano de 2013 correspondendo a 40% da amostra, seguidos por aqueles publicados em 2016 com 27%. Os publicados nos anos de 2014 e 2015 obtiveram 20% e 13%, respectivamente cada. Referindo-se ao tipo de delineamento metodológico, evidenciou-se na amostra: nove estudos qualitativos (60%); uma pesquisa bibliográfica (6,6%); um relato de experiência (6,6%); um estudo teórico-reflexivo (6,6%); um estudo quantiqualitativo (6,6%); um estudo etnográfico (6,6%) e um estudo quantitativo (6,6%). Em sequência, quatro artigos representando 27% da amostra, seguiram enfocando os profissionais, identificando o conhecimento e práticas do parto domiciliar; as estratégias e planejamentos utilizados para implementação e promoção do método. No mais, pela literatura apresentada, é verídico afirmar que a desinstitucionalização do parto não deve ser tratada como prática secundária, mas como um direito e uma real possibilidade de escolha da mulher e sua família por uma experiência segura e singular. Conclusão: alerta-se para a urgente necessidade da disseminação de informações acerca do parto domiciliar planejado, pois este constitui além de uma prática baseada em evidências científicas, uma possibilidade de fortalecimento da autonomia feminina e de seu protagonismo no processo de parir, baseado no direito do usuário.
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