Perfil do uso de Medicamentos em Pacientes Autistas Acompanhados na APAE de um Município do Interior da Bahia
DOI:
https://doi.org/10.14295/idonline.v11i35.735Keywords:
Assistência Farmacêutica. Autismo infantil. Medicamento.Abstract
O autismo é um distúrbio neurológico, na qual, os portadores apresentam em comum desordens típicas, como, dificuldade de interação social e na comunicação, além de exibir movimentos com práticas repetitivas e peculiares. Este transtorno é considerado um problema de saúde púbica e geralmente, outros problemas neuronais estão associadas, proporcionando assim, um agravo na qualidade de vida do portador. Dessa forma, o presente trabalho propõe avaliar o perfil do uso de medicamentos em pacientes autistas acompanhados na APAE de um município do interior da Bahia. Metodologia: O trabalho propõe uma delineamento descritivo exploratório de proporção qualitativo e quantitativo. O local do estudo escolhido para elaboração deste projeto foi a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE do município de Vitória da Conquista, localizado no interior da Bahia. O trabalho contou com uma população de crianças autistas, com idades entre 03-14 anos, de ambos os sexos. O instrumento para coleta de dados se equivale a um roteiro na qual, algumas questões foram levantadas para elaboração do projeto. Os dados foram tabulados pelos programas Microsoft Excel® e Microsoft Word® do ano 2013. A análise dos questionários ocorreu de maneira individual, pois ocorreram algumas observações peculiares que não tinham sido perguntadas no momento da entrevista, mas a genitora informou. Resultados: De acordo com a análise dos dados, os resultados encontrados foram bastante condizentes com a literatura e evidenciaram uma maior prevalência em pacientes autistas do gênero masculino com 86% dos pacientes escolhidos, e no que diz respeito a faixa etária, 46% possuíam entre seis a 11 anos, além disso, o tempo de diagnóstico foi condizente a este seguimento, pois 72% dos pacientes, foram diagnosticados com idades entre dois a cinco anos. Dos pacientes participantes, 58% não apresentavam patologias associadas à síndrome e 96% utilizam medicamento, na qual, o mais comum foi o risperidona com 41%. Dos 96% que administram a terapia medicamentosa, 60% apresentam entre dois a cinco anos de tratamento, 35% relatam como efeito indesejável a sonolência e 75% recebem medicamento diretamente da genitora, na qual, 98% das responsáveis sabem da importância de manter a terapia correta. Conclusão: pode-se concluir que o trabalho obteve resultados esperados e satisfatórios frente ao perfil dos pacientes cadastrados na APAE do município. No entanto o presente local do estudo não possui a presença do farmacêutico que é o profissional habilitado a promover o uso racional de medicamentos diminuindo assim os riscos de erros e reações adversas, o mesmo deve estar inserido na equipe multiprofissional buscando oferecer melhorias na farmacoterapia contribuindo para evolução clínica dos pacientes e sua qualidade de vida.
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