O luto da gravidez perdida: infertilidade x adoção
DOI:
https://doi.org/10.14295/idonline.v5i14.36Keywords:
Adoção, Infertilidade, MaternidadeAbstract
Este estudo procurou compreender as experiências das mulheres que aguardam a adoção do primeiro filho, investigando suas motivações e questionamentos face a situação de adoção. Para isso foram entrevistadas oito mulheres que estão habilitadas para adoção de uma criança, no cadastro da Comarca de Santa Maria/RS. O material obtido foi submetido a uma análise de conteúdo. Observou-se que a adoção de uma criança esteve principalmente relacionada ao conflito gerado pela impossibilidade de gerar um filho. As entrevistadas demonstraram sofrimento frente à referência da gestação não concretizada. Nesse sentido, observa-se uma série de questionamentos dessas mulheres quanto à parentalidade adotiva. Percebe-se que algumas entrevistadas não conseguiram ainda elaborar a impossibilidade de ter um filho biológico, sendo que elementos dessa falta de elaboração transparecem quando relatam as características que desejam no filho adotivo. A idéia de adoção surge então, em um contexto de reparação da situação de infertilidade. Essa questão suscita a necessidade de reflexão sobre o ato de adotar, especialmente pensando nas implicações dessa situação para a saúde mental da criança e da família que a acolhe.
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