Eficácia da Técnica de Colpossuspensão a Burch Laparoscópica para o Tratamento da Incontinência Urinária de Esforço: Uma Revisão Sistemática / Efficacy of the Colpossuspension Technique to Laparoscopic Burch for the Treatment of Stress Urinary Incontinence: A Systematic Review
DOI:
https://doi.org/10.14295/idonline.v15i54.3006Palavras-chave:
Incontinência urinária, Laparoscopia, Procedimentos Cirúrgicos de Ginecologia. Colposuspensão.Resumo
Resumo: A incontinência urinária ocorre em 30% das mulheres no mundo é uma condição prevalente com carga médica, social e psicológica significativae com o aumento da expectativa de vida da população é esperado que esse valor se eleve. Assim, fez-se necessários estudos que avaliem a eficácia dos tratamentos disponíveis na atualidade. Objetivos: Objetivou-se discutir a eficácia do tratamento da incontinência urinária com o uso do método de colpossuspensão a Burch laparoscópica descritos na literatura científica nos últimos dez anos. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática, a qual utiliza de fonte de dados a literatura sobre determinado tema. Resultados: O processo de seleção dos artigos nas bases de dados SciELO (11,1%), LILACS (11,1%) e MEDLINE (88,8%). A taxa de cura objetiva variou de 70,7% a 90,6% e a subjetiva de 31% a 77,8%. A taxa de recidiva esteve presente em três (33,3%) variando de 2,2% a 9,3%. A colpossuspensão foi realizada com outras cirurgias ginecológicas em 33,3% dos estudos. O mesmo valor foi encontrado na realização de comparações com a colpossuspensão laparotômica, sling retropúbico e um com sling two-team; com a quantidade de pontos utilizados na colpossuspensão e o custo financeiro entre as abordagens cirúrgicas. A taxa de complicação intra operatório variou de 0% a 14,9% e pós-operatório de 0% a 20%. O grau de satisfação dos pacientes foi abordado em 33,3% do estudo com variação de 51% a 90%. O tempo de seguimento das pacientes variou de seis a 60 meses. Conclusão: Com base nas características das pesquisas analisadas, verifica-se a necessidade de estudos mais amplos que realizem a comparação da colpossuspensão laparoscópica de Burch com outras abordagens terapêuticas cirúrgicas para a incontinência urinária.
Downloads
Referências
ALBO, M. E. et al.Burch colposuspension versus fascial sling to reduce urinary stress incontinence. N Engl Med., v. 356, n. 21, p. 214-55, may 2007. DOI: https://dx.doi.org/10.1056/NEJMoa070416. Disponível em: https://www.nejm.org/doi/ pdf/10.1056/NEJMoa070416?articleTools=true . Acesso em: 27 dez 2019.
AOKI, Y. et al. Urinary incontinence in women. Nat Ver Dis Primers, v.3, p.17042, jul. 2017. DOI: https://dx.doi.org/10.1038%2Fnrdp.2017.42. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5878864/pdf/nihms948597.pdf. Acesso em: 31 jan. 2020.
BALK, E. et al. Nonsurgical Treatments for Urinary Incontinence in Women: A Systematic Review Update - Comparative Effectiveness Review No. 212. Rockeville: Effective Health Care Program; 2018. DOI: https://doi.org/10.23970/AHRQEPCCER212. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK534625/pdf/Bookshelf_NBK534625.pdf. Acesso em 31 jan. 2020.
BOTELHO, L.L.R.; CUNHA, C.C.A.; MACEDO, M. O método da revisão integrativa nos estudos organizacionais. Gestão e sociedade, Belo Horizonte ,v. 5, n. 11, p. 121-36, mio/ago. 2011. Disponível em: https://www.gestaoesociedade.org/gestaoesociedade/article/view/122. Acesso em 04 jan. 2020.
BURGIO, K.L. et al.Patient satisfaction with stress incontinence surgery. Neurourol. Urodyn. v. 29, n. 8, p.1403-9, nov. 2010. DOI: https://dx.doi.org/10.1002%2Fnau.20877. Disponível: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3732206/#!po=75.6410. Acesso em: 27 dez. 2019.
CALLE, G.G. et al.Cistouretropexia laparoscópica tipo Burch para el tratamiento de la incontinencia urinaria de esfuerzos: seguimiento a largo plazo. Rev Chil Obstet Ginecol., v. 76, n. 4, p. 215 – 19, 2011. DOI: http://dx.doi.org/10.4067/S0717-75262011000400002. Disponível em: https://scielo.conicyt.cl/pdf/rchog/v76n4/art02.pdf. Acesso em: 09 jan. 2020.
CASTRO, R.A.; ARRUDA, R.M. Aspectos atuais: tratamento cirúrgico da incontinência urinária de esforço. 2018. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/330-aspectos-atuais-tratamento-cirurgico-da- incontinencia-urinaria-de-esforco. Acesso em: 1 jan. 2020.
CONRAD, D.H. Long-term patient-reported outcomes after laparoscopic Burch colposuspension. Aust. N Z J Obstet Gynaecol., v. 59, n. 6, p. 1-6, sept. 2019. DOI:http://dx.doi.org/10.1111/ajo.13048. Disponível em: https://obgyn.onlinelibrary.wiley.com/ doi/abs/10.1111/ajo.13048 . Acesso em: 09 de jan. 2020.
FDA.Urogynecologic Surgical Mesh Implants.2019. Disponível em: https://www.fda.gov/medical- devices/implants-and-prosthetics/urogynecologic-surgical-mesh-implants. Acesso em: 31 jan. 2020.
FREITES, J. Laparoscopic colposuspension for urinary incontinence in women. Cochrane Database of Systematic Reviews, v.12, 2019, Issue 12. Art. No.: CD002239. DOI: 10.1002/14651858.CD002239.pub4.Disponível em: https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD002239.pub4/references. Acesso em: 1 jan. 2020.
GUMUS, I.I.; SURGIT, O.; KAYGUSUZ, I. Laparoscopic single-port Burch colposuspension with an extraperitoneal approach and standard instruments for stress urinary incontinence: Early results from a series of 15 patients. Minimally Invasive Therapy, v. 22, n.2, p. 116-21, apr. 2013. DOI: https://doi.org/10.3109/13645706.2012.711759. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.3109/13645706.2012.711759?journalCode=imit20. Acesso em: 09 jan. 2020.
HAMER, M.A.; PERSSON, J. Preoperative urethral parameters at rest and objective cure following laparoscopic colposuspension. Int Urogynecol J., v. 21, n.1, p. 331–336, mar. 2010. DOI: https://doi.org/10.1007/s00192- 009-1034-3. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs00192-009-1034-3. Acesso em: 09 jan. 2020.
HAYLEN B.T.et al. An International Urogynecological Association (IUGA)/International Continence Society (ICS) joint report on the terminology for female pelvic floor dysfunction. Int Urogynecol J,v.21, n.1, p. 5–26,
nov. 2010. DOI: https://dx.doi.org/10.1007/s00192-009-0976-9. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs00192-009-0976-9. Acesso em: 09 jan. 2020.
KIM, H.G.et al.Comparison of Effectiveness between Tension-Free Vaginal Tape (TVT) and Trans-Obturator Tape (TOT) in Patients with Stress Urinary Incontinence and Intrinsic Sphincter Deficiency. PLoS ONE, v. 11, n.5, p. e0156306, may 2016. DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0156306. Disponível em: https://journals.plos.org/plosone/article/file?id=10.1371/journal.pone.0156306&type=printable. Acesso em: 12 fev. 2020.
KUKTURK, B.; UHL, B.; NAUMANN, G. Evaluation of indication-specific genuine stress urinary incontinence procedures in a pelvic floor center. Arch. Gynaecol. Obstet., v. 291, n. 4, p. 855-63, apr. 2015. DOI: https://doi.org/10.1007/s00404-014-3472-5. Disponível em:
https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs00404-014-3472-5. Acesso em: 09 jan. 2020.
LINDE, K.; WILLICH, S.N. How objective are systematic reviews? Differences between reviews on complementary medicine. J R Soc Med., v.96, n. 2, p.17-22, jan. 2003. DOI: https://dx.doi.org/10.1258%2Fjrsm.96.1.17. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/ pmc/articles/PMC539366/#!po=53.2258. Acesso em: 27 dez. 2019.
LO, K. et al. Cost comparison of the laparoscopic burch colposuspension, laparoscopic two-team sling procedure, and the transobturator tape procedure for the treatment of stress urinary incontinence. J Obstet Gynaecol Can., n. 35, n. 3, p. 252-257, mar. 2013. DOI: https://doi.org/10.1016/S1701-2163(15)30997-X. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/ pubmed/23470113. Acesso em: 09 jan. 2020.
LUKACZ, E.S. et al. Urinary incontinence in women: a review. JAMA, v. 318, n. 16, p. 1592-1604, oct.2017. DOI: https://dx.doi.org/10.1001/jama.2017.12137. Disponível em: https://jamanetwork.com/journals/jama/article-abstract/2658327. Acesso em: 31 jan. 2020.
MELNYK, B.M.; FINEOUT-OVERHOLT, E. Making the case for evidence-based practice. In: MELNYK, B.M.; FINEOUT-OVERHOLT, E. (Eds.). Evidence-based practice in nursing and healthcare: a guide to best practice. Philadelphia: Lippincott Williams and Wilkins; 2005. p. 3-24.
OLIVEIRA, L.M. et al. Surgical Treatment for Stress Urinary Incontinence in Women: A Systematic Review and Meta-analysis.Rev. Bras. Ginecol. Obstet., Rio de Janeiro, v. 40, n. 8, p. 477-490, Aug. 2018. DOI: http://dx.doi.org/10.1055/s-0038-1667184. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v40n8/0100-7203- rbgo-40-08-00477.pdf. Acesso em: 12 Fev. 2020.
PREZIOSO, D. et al. Stress urinary incontinence: long-term results of laparoscopic Burch colposuspension. BMC Surgery, v. 13, suppl 2, p. S38, 2013. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3851039/#!po=58.7500. Acesso em: 09 jan. 2020.
SOUZA, M.T.; SILVA, MD.; CARVALHO, R. Integrative review: what is it? How to do it? Einstein., v.8, n. 1, pt.1, p. 102-6, jan./mar. 2010. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/s1679-45082010rw1134. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/eins/v8n1/1679-4508-eins-8-1-0102.pdf. Acesso em: 04 jan. 2020.
SOUZA, R.J. et al.Can reducing the number of stitches compromise the outcome of laparoscopic Burch surgery in the treatment of stress urinary incontinence? Systematic review and meta-analysis. Rev Col Bras Cir., v.
,n. 6, p. 649-654, nov. dec. 2017. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0100-69912017006011. Disponível em: http://www.scielo.br/ pdf/rcbc/v44n6/1809-4546-rcbc-44-06-00649.pdf. Acesso em: 09 jan. 2020.
SUN, X. et al. Comparison between the retropubic and transobturator approaches in the treatment of female stress urinary incontinence: a systematic review and meta-analysis of effectiveness and complications. Int. braz j urol., Rio de Janeiro , v. 41, n. 2, p. 220-229, Apr. 2015. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1677- 5538.IBJU.2015.02.06. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ibju/v41n2/1677-5538-ibju-41-2-0220.pdf.
Acesso em: 12 fev. 2020.
TAG. Therapeutic Goods Administration Austrália. TGA actions after review into urogynaecological surgical mesh implants. 2019. Disponível em: https://www.tga.gov.au/alert/tga-actions-after-review-urogynaecological- surgical-mesh-implants. Acesso em 31 jan. 2020.
VALPAS, A. et al. TVT versus laparoscopic mesh colposuspension: 5-year follow-up results of a randomized clinical trial. Int Urogynecol J., v. 26, n. 1, p. 57–63, jan. 2015. DOI: https://doi.org/10.1007/s00192-014-2454-
Disponível em: https://link.springer.com/article/ 10.1007%2Fs00192-014-2454-2. Acesso em 09 jan. 2020.
VASCONCELOS, C.T.M. et al. Disfunções do assoalho pélvico: perfil sóciodemográfico e clínico das usuárias de um ambulatório de uroginecologia. Revista Eletrônica Gestão & Saúde, Brasília, v.4, n.1, p.1202-16, 2013. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/6758. Acesso em 31 jan. 2020.
WU, J. M. et al. Forecasting the prevalence of pelvic floor disorders in U.S. women: 2010 to 2050. Obstet. Gynecol., v. 114, n.6, p.1278–83, dec. 20092009. DOI: https://dx.doi.org/10.1097/AOG.0b013e3181c2ce96. Disponível em: https://insights.ovid.com/article/00006250-200912000-00018.
ZACCHE, M.M.; MUKHOPADHYAY, S.; GIARENIS, I.Changing surgical trends for female stress urinary incontinence in England. Int Urogynecol J, v. 30, n.2, p.203-9, feb. 2019. DOI: https://doi.org/10.1007/s00192- 018-3839-4. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs00192-018-3839-4. Acesso em: 31 jan. 2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores detêm os direitos autorais sem restrições, devendo informar a publicação inicial nesta revista, em caso de nova publicação de algum trabalho.