Interpretação Preferencial de Pronomes Nulos em Frases Ambíguas no Português Brasileiro por Falantes Monolíngues Universitários do Curso de Letras: Um Estudo Off-Line
DOI:
https://doi.org/10.14295/idonline.v17i67.3776Palavras-chave:
Correferencialidade, Ambiguidade, Psicolinguística ExperimentalResumo
O fenômeno linguístico da ambiguidade é concreto nos discursos daqueles que falam qualquer idioma e, por proporcionar uma duplicidade de sentidos, costuma gerar dúvidas no receptor do enunciado. Desse modo, o segundo interlocutor leva mais tempo para processar a informação e fazer as correlações adequadas. O objetivo do nosso estudo de compreensão leitora foi testar a hipótese de que há uma preferência de função sintática e de posição quando se tem frases ambíguas formadas por uma oração temporal e uma oração principal dispondo de pronome nulo. Essas frases experimentais têm por sujeito e objeto substantivos próprios de ambos os gêneros, feminino e masculino. Nesse experimento off-line, dez estudantes do curso de Letras responderam a um formulário no Google Forms com as mesmas frases experimentais já citadas (16) e outras distratoras (32), a fim de se comprovar suas preferências sintáticas entre sujeito e objeto. Como resultado, pode-se dizer que a correferência dos pronomes nulos se deu majoritariamente com o sujeito da oração subordinada em posição canônica. Conclui-se, portanto, que há uma compatibilidade de resultados com as predições feitas pela Hipótese da Posição do Antecedente (HPA) baseadas em Carminati (2002).
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Referências
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