As Abordagens Educacionais: Consequências da Metodologia Fônica na Educação de Surdos / Educational Approaches: Consequences of Phonic Methodology in Education of the Deaf

Resumo

Resumo: O presente artigo tem como objetivo esclarecer a importância do ensino/instrução em Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, focando nas metodologias educacionais para alunos surdos da educação básica brasileira. Principalmente, expondo as abordagens utilizadas desde o Congresso de Milão em 1880, em que a proibição da Língua de Sinais foi constituída e, substituída pelo método Oralista. Deste modo, fazendo uma análise da tentativa do governo atual em aplicar o Método Fônico na educação de surdo. Assim, podemos apontar segundo Goldfeld que, o Oralismo percebe a surdez como uma deficiência, desprezando a Língua de Sinais e a cultura surda, impondo a cultura ouvinte e a Língua Oral, tentando a todo momento normalizar o sujeito surdo a personalidade ouvinte. Sob o mesmo ponto de vista, Skliar afirma que as práticas oralistas de normalização, foram violentas para controlar, separar e negar a comunidade surda, a língua de sinais, a identidade surda e as experiências visuais dos surdos. Entendemos a proposta do Método Fônico como retrocesso na educação de surdos, em que a criança através dos sons de cada letra, será exposta a repetições sonoras, leituras labiais e orofaciais. Destarte, interpretamos esse o Método Fônico como a chegada do novo Oralismo, em que a história e as experiências no processo de educação dos surdos foram ineficientes para o desenvolvimento educacional e cultural dos indivíduos surdos. Levando, em consideração aos avanços de políticas públicas nos últimos anos para surdos, esse Método Fônico anularia o processo histórico de luta da comunidade surda no país e além disso, desrespeitaria uma extensa legislação que assegura aos surdos uma educação baseada em suas características linguísticas.

Palavras-Chave: Educação de Surdos; Libras; Método Fônico.