A Morte como Representação Simbólica da Infância Roubada: Recepção do Conto “O Rio das Quatro das Luzes” de Mia Couto, em Sala de Aula / The Death as a Symbolic Representation of Stolen Childhood: Reception of the Story “The River of the Four of Lights” by Mia Couto, in the Classroom

Autores

  • Raneide Barbosa Sabino
  • Maria Marta dos Santos Silva Nóbrega

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v15i54.3013

Palavras-chave:

Leitura literária, Mia Couto, Recepção, Morte.

Resumo

 

Resumo: A dicotomia vida e morte não abarca um simples acontecimento biológico, mas aponta para descoberta da finitude humana, dentro de uma perspectiva existencialista que envolve temporalidade e identidade. Neste sentido, esse trabalho analisa o conto “O rio das quatro luzes”, de Mia Couto, e descreve a recepção do conto por alunos de uma turma do 3º ano do Ensino Médio. Como resultado, constatou-se que os aspectos e simbolismos ligados à temática da morte e sua eufemização através do ato do menino protagonista desejar morrer, ao tempo em que soou como estranhamento para os alunos, ao final da experiência contribuiu para desfazer equívocos da percepção dos discentes acerca da cultura africana, notadamente a de Moçambique, ampliando-lhes, portanto, a compreensão intercultural.

 

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Raneide Barbosa Sabino

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Linguagem e Ensino da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Na área de Estudos Literários, pela linha de pesquisa Ensino de literatura e formação de leitores, Campina Grande, Brasil.

Maria Marta dos Santos Silva Nóbrega

Professora Doutora, pertencente ao quadro docente permanente do Programa de Pós-graduação em Linguagem e Ensino (PPGLE) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Campina Grande, Brasil

Referências

ARIÈS, P. História da morte no Ocidente: da Idade Média aos nossos dias. Tradução: Priscila Viana de Siqueira. - [Ed. especial]. - Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, 2018.

BORNIDI, Maria da Glória e AGUIAR, Vera Teixeira de. Literatura – a formação do leitor: alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.

CHAUI, M. Convite à Filosofia / Marilena Chauí. 5ª ed. São Paul: Editora Ática, 2010.

COUTO, M. O fio das missangas / Mia Couto – 1ª ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

FERREIRA, Ana Maria Teixeira Soares. Traduzindo mundos: os mortos na narrativa de Mia Couto. 2007. Tese (Doutorado em Literatura) – Departamento de Línguas e Culturas, Universidade de Aveiro, Aveiro. Disponível em: https://ria.ua.pt/bitstream/10773/2869/1/2007001353.pdf

GAMBINI, R. A morte como companheira. In: OLIVEIRA, M. F. e CALLIA, M. H. P. (orgs.). Reflexão sobre a morte no Brasil. São Paulo, Paulus, 2005.

HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo. Trad. Márcia de Sá Cavalcante. Parte I. Petrópolis: Vozes, 2015.

SIMAN, Adriana e RAUCH, Carina Siemieniaco. A finitude humana: Morte e existência sob um olhar fenomenológico-existencial. In: Sant’Ana em Revista, Ponta Grossa, v. 1, n. 2, p. 106-122, 2. Sem. 2017. Disponível em Disponível em: https://www.iessa.edu.br/revista/index.php/fsr/index. Acesso em 22 de junho de 2020.

TORRES, W. O conceito de morte na criança. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 2002.

Downloads

Publicado

2021-02-28

Edição

Seção

Artigos