Eficácia da Técnica de Colpossuspensão a Burch Laparoscópica para o Tratamento da Incontinência Urinária de Esforço: Uma Revisão Sistemática / Efficacy of the Colpossuspension Technique to Laparoscopic Burch for the Treatment of Stress Urinary Incontinence: A Systematic Review

Autores

  • Alison de Santana Pacheco
  • José Ananias Vasconcelos Neto

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v15i54.3006

Palavras-chave:

Incontinência urinária, Laparoscopia, Procedimentos Cirúrgicos de Ginecologia. Colposuspensão.

Resumo

Resumo: A incontinência urinária ocorre em 30% das mulheres no mundo é uma condição prevalente com carga médica, social e psicológica significativae com o aumento da expectativa de vida da população é esperado que esse valor se eleve. Assim, fez-se necessários estudos que avaliem a eficácia dos tratamentos disponíveis na atualidade. Objetivos:  Objetivou-se discutir a eficácia do tratamento da incontinência urinária com o uso do método de colpossuspensão a Burch laparoscópica descritos na literatura científica nos últimos dez anos. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática, a qual utiliza de fonte de dados a literatura sobre determinado tema. Resultados: O processo de seleção dos artigos nas bases de dados SciELO (11,1%), LILACS (11,1%) e MEDLINE (88,8%). A taxa de cura objetiva variou de 70,7% a 90,6% e a subjetiva de 31% a 77,8%. A taxa de recidiva esteve presente em três (33,3%) variando de 2,2% a 9,3%. A colpossuspensão foi realizada com outras cirurgias ginecológicas em 33,3% dos estudos. O mesmo valor foi encontrado na realização de comparações com a colpossuspensão laparotômica, sling retropúbico e um com sling two-team; com a quantidade de pontos utilizados na colpossuspensão e o custo financeiro entre as abordagens cirúrgicas. A taxa de complicação intra operatório variou de 0% a 14,9% e pós-operatório de 0% a 20%. O grau de satisfação dos pacientes foi abordado em 33,3% do estudo com variação de 51% a 90%. O tempo de seguimento das pacientes variou de seis a 60 meses. Conclusão: Com base nas características das pesquisas analisadas, verifica-se a necessidade de estudos mais amplos que realizem a comparação da colpossuspensão laparoscópica de Burch com outras abordagens terapêuticas cirúrgicas para a incontinência urinária.

 

 

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alison de Santana Pacheco

Graduação em Medicina pela Universidade Federal do Cariri. Experiência em Saúde da Família, Clínica Médica Geral e Ginecologia e Obstetrícia. Especialização em Saúde da Família pela Universidade Federal do Ceará e Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia. Escola de Saúde Pública do Estado do Ceará.

José Ananias Vasconcelos Neto

 Médico pela Universidade Estadual do Pará. Mestre em Tocoginecologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Doutor em ciências médico-cirúrgicas pela UFC. Preceptor da Residência de Ginecologia do Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Professor adjunto da disciplina de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Federal do Ceará (UFC). Professor de práticas médicas em Ginecologia da Universidade Estadual do Ceará (UECE).

Referências

ALBO, M. E. et al.Burch colposuspension versus fascial sling to reduce urinary stress incontinence. N Engl Med., v. 356, n. 21, p. 214-55, may 2007. DOI: https://dx.doi.org/10.1056/NEJMoa070416. Disponível em: https://www.nejm.org/doi/ pdf/10.1056/NEJMoa070416?articleTools=true . Acesso em: 27 dez 2019.

AOKI, Y. et al. Urinary incontinence in women. Nat Ver Dis Primers, v.3, p.17042, jul. 2017. DOI: https://dx.doi.org/10.1038%2Fnrdp.2017.42. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5878864/pdf/nihms948597.pdf. Acesso em: 31 jan. 2020.

BALK, E. et al. Nonsurgical Treatments for Urinary Incontinence in Women: A Systematic Review Update - Comparative Effectiveness Review No. 212. Rockeville: Effective Health Care Program; 2018. DOI: https://doi.org/10.23970/AHRQEPCCER212. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK534625/pdf/Bookshelf_NBK534625.pdf. Acesso em 31 jan. 2020.

BOTELHO, L.L.R.; CUNHA, C.C.A.; MACEDO, M. O método da revisão integrativa nos estudos organizacionais. Gestão e sociedade, Belo Horizonte ,v. 5, n. 11, p. 121-36, mio/ago. 2011. Disponível em: https://www.gestaoesociedade.org/gestaoesociedade/article/view/122. Acesso em 04 jan. 2020.

BURGIO, K.L. et al.Patient satisfaction with stress incontinence surgery. Neurourol. Urodyn. v. 29, n. 8, p.1403-9, nov. 2010. DOI: https://dx.doi.org/10.1002%2Fnau.20877. Disponível: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3732206/#!po=75.6410. Acesso em: 27 dez. 2019.

CALLE, G.G. et al.Cistouretropexia laparoscópica tipo Burch para el tratamiento de la incontinencia urinaria de esfuerzos: seguimiento a largo plazo. Rev Chil Obstet Ginecol., v. 76, n. 4, p. 215 – 19, 2011. DOI: http://dx.doi.org/10.4067/S0717-75262011000400002. Disponível em: https://scielo.conicyt.cl/pdf/rchog/v76n4/art02.pdf. Acesso em: 09 jan. 2020.

CASTRO, R.A.; ARRUDA, R.M. Aspectos atuais: tratamento cirúrgico da incontinência urinária de esforço. 2018. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/330-aspectos-atuais-tratamento-cirurgico-da- incontinencia-urinaria-de-esforco. Acesso em: 1 jan. 2020.

CONRAD, D.H. Long-term patient-reported outcomes after laparoscopic Burch colposuspension. Aust. N Z J Obstet Gynaecol., v. 59, n. 6, p. 1-6, sept. 2019. DOI:http://dx.doi.org/10.1111/ajo.13048. Disponível em: https://obgyn.onlinelibrary.wiley.com/ doi/abs/10.1111/ajo.13048 . Acesso em: 09 de jan. 2020.

FDA.Urogynecologic Surgical Mesh Implants.2019. Disponível em: https://www.fda.gov/medical- devices/implants-and-prosthetics/urogynecologic-surgical-mesh-implants. Acesso em: 31 jan. 2020.

FREITES, J. Laparoscopic colposuspension for urinary incontinence in women. Cochrane Database of Systematic Reviews, v.12, 2019, Issue 12. Art. No.: CD002239. DOI: 10.1002/14651858.CD002239.pub4.Disponível em: https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD002239.pub4/references. Acesso em: 1 jan. 2020.

GUMUS, I.I.; SURGIT, O.; KAYGUSUZ, I. Laparoscopic single-port Burch colposuspension with an extraperitoneal approach and standard instruments for stress urinary incontinence: Early results from a series of 15 patients. Minimally Invasive Therapy, v. 22, n.2, p. 116-21, apr. 2013. DOI: https://doi.org/10.3109/13645706.2012.711759. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.3109/13645706.2012.711759?journalCode=imit20. Acesso em: 09 jan. 2020.

HAMER, M.A.; PERSSON, J. Preoperative urethral parameters at rest and objective cure following laparoscopic colposuspension. Int Urogynecol J., v. 21, n.1, p. 331–336, mar. 2010. DOI: https://doi.org/10.1007/s00192- 009-1034-3. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs00192-009-1034-3. Acesso em: 09 jan. 2020.

HAYLEN B.T.et al. An International Urogynecological Association (IUGA)/International Continence Society (ICS) joint report on the terminology for female pelvic floor dysfunction. Int Urogynecol J,v.21, n.1, p. 5–26,

nov. 2010. DOI: https://dx.doi.org/10.1007/s00192-009-0976-9. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs00192-009-0976-9. Acesso em: 09 jan. 2020.

KIM, H.G.et al.Comparison of Effectiveness between Tension-Free Vaginal Tape (TVT) and Trans-Obturator Tape (TOT) in Patients with Stress Urinary Incontinence and Intrinsic Sphincter Deficiency. PLoS ONE, v. 11, n.5, p. e0156306, may 2016. DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0156306. Disponível em: https://journals.plos.org/plosone/article/file?id=10.1371/journal.pone.0156306&type=printable. Acesso em: 12 fev. 2020.

KUKTURK, B.; UHL, B.; NAUMANN, G. Evaluation of indication-specific genuine stress urinary incontinence procedures in a pelvic floor center. Arch. Gynaecol. Obstet., v. 291, n. 4, p. 855-63, apr. 2015. DOI: https://doi.org/10.1007/s00404-014-3472-5. Disponível em:

https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs00404-014-3472-5. Acesso em: 09 jan. 2020.

LINDE, K.; WILLICH, S.N. How objective are systematic reviews? Differences between reviews on complementary medicine. J R Soc Med., v.96, n. 2, p.17-22, jan. 2003. DOI: https://dx.doi.org/10.1258%2Fjrsm.96.1.17. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/ pmc/articles/PMC539366/#!po=53.2258. Acesso em: 27 dez. 2019.

LO, K. et al. Cost comparison of the laparoscopic burch colposuspension, laparoscopic two-team sling procedure, and the transobturator tape procedure for the treatment of stress urinary incontinence. J Obstet Gynaecol Can., n. 35, n. 3, p. 252-257, mar. 2013. DOI: https://doi.org/10.1016/S1701-2163(15)30997-X. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/ pubmed/23470113. Acesso em: 09 jan. 2020.

LUKACZ, E.S. et al. Urinary incontinence in women: a review. JAMA, v. 318, n. 16, p. 1592-1604, oct.2017. DOI: https://dx.doi.org/10.1001/jama.2017.12137. Disponível em: https://jamanetwork.com/journals/jama/article-abstract/2658327. Acesso em: 31 jan. 2020.

MELNYK, B.M.; FINEOUT-OVERHOLT, E. Making the case for evidence-based practice. In: MELNYK, B.M.; FINEOUT-OVERHOLT, E. (Eds.). Evidence-based practice in nursing and healthcare: a guide to best practice. Philadelphia: Lippincott Williams and Wilkins; 2005. p. 3-24.

OLIVEIRA, L.M. et al. Surgical Treatment for Stress Urinary Incontinence in Women: A Systematic Review and Meta-analysis.Rev. Bras. Ginecol. Obstet., Rio de Janeiro, v. 40, n. 8, p. 477-490, Aug. 2018. DOI: http://dx.doi.org/10.1055/s-0038-1667184. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v40n8/0100-7203- rbgo-40-08-00477.pdf. Acesso em: 12 Fev. 2020.

PREZIOSO, D. et al. Stress urinary incontinence: long-term results of laparoscopic Burch colposuspension. BMC Surgery, v. 13, suppl 2, p. S38, 2013. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3851039/#!po=58.7500. Acesso em: 09 jan. 2020.

SOUZA, M.T.; SILVA, MD.; CARVALHO, R. Integrative review: what is it? How to do it? Einstein., v.8, n. 1, pt.1, p. 102-6, jan./mar. 2010. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/s1679-45082010rw1134. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/eins/v8n1/1679-4508-eins-8-1-0102.pdf. Acesso em: 04 jan. 2020.

SOUZA, R.J. et al.Can reducing the number of stitches compromise the outcome of laparoscopic Burch surgery in the treatment of stress urinary incontinence? Systematic review and meta-analysis. Rev Col Bras Cir., v.

,n. 6, p. 649-654, nov. dec. 2017. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0100-69912017006011. Disponível em: http://www.scielo.br/ pdf/rcbc/v44n6/1809-4546-rcbc-44-06-00649.pdf. Acesso em: 09 jan. 2020.

SUN, X. et al. Comparison between the retropubic and transobturator approaches in the treatment of female stress urinary incontinence: a systematic review and meta-analysis of effectiveness and complications. Int. braz j urol., Rio de Janeiro , v. 41, n. 2, p. 220-229, Apr. 2015. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1677- 5538.IBJU.2015.02.06. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ibju/v41n2/1677-5538-ibju-41-2-0220.pdf.

Acesso em: 12 fev. 2020.

TAG. Therapeutic Goods Administration Austrália. TGA actions after review into urogynaecological surgical mesh implants. 2019. Disponível em: https://www.tga.gov.au/alert/tga-actions-after-review-urogynaecological- surgical-mesh-implants. Acesso em 31 jan. 2020.

VALPAS, A. et al. TVT versus laparoscopic mesh colposuspension: 5-year follow-up results of a randomized clinical trial. Int Urogynecol J., v. 26, n. 1, p. 57–63, jan. 2015. DOI: https://doi.org/10.1007/s00192-014-2454-

Disponível em: https://link.springer.com/article/ 10.1007%2Fs00192-014-2454-2. Acesso em 09 jan. 2020.

VASCONCELOS, C.T.M. et al. Disfunções do assoalho pélvico: perfil sóciodemográfico e clínico das usuárias de um ambulatório de uroginecologia. Revista Eletrônica Gestão & Saúde, Brasília, v.4, n.1, p.1202-16, 2013. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/6758. Acesso em 31 jan. 2020.

WU, J. M. et al. Forecasting the prevalence of pelvic floor disorders in U.S. women: 2010 to 2050. Obstet. Gynecol., v. 114, n.6, p.1278–83, dec. 20092009. DOI: https://dx.doi.org/10.1097/AOG.0b013e3181c2ce96. Disponível em: https://insights.ovid.com/article/00006250-200912000-00018.

ZACCHE, M.M.; MUKHOPADHYAY, S.; GIARENIS, I.Changing surgical trends for female stress urinary incontinence in England. Int Urogynecol J, v. 30, n.2, p.203-9, feb. 2019. DOI: https://doi.org/10.1007/s00192- 018-3839-4. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs00192-018-3839-4. Acesso em: 31 jan. 2020.

Downloads

Publicado

2021-02-28

Edição

Seção

Artigo de Revisão