Concordância Verbal: Uma Relação de intimidade ou um distanciamento entre sujeito e verbo? / Verbal Concordance: an intimity relationship or distance between subject and verb?

Autores

  • Elenita Alves Barbosa Instituto de Filosofia Nossa Senhora das Vitórias
  • Jorge Augusto Alves da Silva Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
  • Valéria Viana Sousa Universidade Federal da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v13i47.2069

Palavras-chave:

Gramática. Variação. Concordância Verbal

Resumo

Nossa pesquisa buscará perceber como os alunos do 9º ano de uma escola rural quilombola de Vitória da Conquista realizam a concordância verbal nos textos escritos. Partimos da hipótese de que os falantes, cujos pais frequentaram pouco a escola, não conseguem reproduzir os padrões exigidos pela escola, nem percebem a “solidariedade que há entre o sujeito e o predicado”, tanto na oralidade quanto na escrita; ademais, o contato extraescolar desses alunos acaba por acontecer com pessoas de mesmo nível de escolaridade, ou até inferior, e a escola se torna o único espaço de contato com a língua formal. Somem-se os casos em que os discentes aprendem regras obsoletas. Através de atividades didático-pedagógicas monitoradas, procurará descortinar que fatores linguísticos (natureza e posição do sujeito, saliência fônica) e extralinguísticos (sexo, idade) condicionam a aplicação da regra de concordância. Este estudo será de grande relevância para o ensino de Língua Portuguesa, vez que apontará caminhos aos docentes que, diante de tantas discussões acerca do que deve e do que não deve ser ensinado, entraram em um conflito pedagógico e se perderam nos caminhos do ensinar e, aos discentes que poderão refletir as regras da língua (vernáculo) que realmente usam.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Elenita Alves Barbosa, Instituto de Filosofia Nossa Senhora das Vitórias

 

[2]Mestre em Letras – PROFLetras – pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, membro do Grupo de pesquisa em Linguística Histórica e do Grupo de Pesquisa em Sociofuncionalismo – CNPq. E-mail: [email protected].

Professora da Rede Municipal de Ensino de Vitória da Conquista e do Instituto de Filosofia Nossa Senhora das Vitórias.

Jorge Augusto Alves da Silva, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

[3]  Doutorado em Letras e Lingüística pela Universidade Federal da Bahia, Brasil. Professor Titular da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia , Brasil;

Valéria Viana Sousa, Universidade Federal da Paraíba

4 Doutora em Letras pela Universidade Federal da Paraíba (área de concentração em Linguística e em Língua Portuguesa). Professora titular do Departamento de Estudos Linguísticos e Literários (DELL/UESB). Líder do grupo de Pesquisa em Linguística Histórica e do Grupo de Pesquisa em Sociofuncionalismo – CNPq. E-mail: [email protected].


 

Referências

ALVES, M. T. G. Dimensões do efeito das escolas: explorando as interações entre famílias e estabelecimento de ensino. São Paulo: Est. Aval. Educ., 2010.

ARAÚJO, Silvana Silva de Farias. A concordância verbal no português falado em Feira de Santana-BA: sociolinguística e sócio-história do português brasileiro. 341 f. il. 2014. Tese (Doutorado) – Instituto de Letras. Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2014.

BAGNO, Marcos. Gramática pedagógica do português brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2011.

BARBOSA, Elenita Alves. Uma relação de intimidade ou um fosso profundo entre sujeito e verbo: estudo da concordância verbal de 3º pessoa do plural no 9º ano. Dissertação de Mestrado. Programa de Mestrado Profissional em Letras – ProfLetras, UESB – BA, Vitória da Conquista, 2015.

BATISTA, Renné da Glória Andrade Marques. Os laços da concordância verbal: perfil da variação no 9º ano do ensino fundamental. Dissertação de Mestrado. Programa de Mestrado Profissional em Letras – ProfLetras, UESB – BA, Vitória da Conquista, 2015.

BORGATTO, Ana Maria Trinconi; BERTIN, Terezinha Costa Hashimoto; MARCHEZI, Vera Lúcia de Carvalho. Projeto Teláris: Português. São Paulo: Ática, 2012.

BORTONI-RICARDO, Stella Maris. Nós chegamu na escola, e agora? Sociolinguística & educação. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.

CARVALHO, José G. Herculano. Teoria da Linguagem: natureza do fenômeno linguístico e a análise das línguas. Coimbra: Atlântica, 1970.

CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. 46. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2005

CUNHA, Celso; CINTRA, Luís F. Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 5. ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2008.

NOGUEIRA, Maria Zélia Alves. Variação da concordância verbal de terceira pessoa do plural na escrita de estudantes do Ensino Fundamental II. Dissertação de Mestrado. Programa de Mestrado Profissional em Letras – ProfLetras, UESB – Vitória da Conquista – BA, 2015.

OLIVEIRA, Marian dos Santos. Concordância verbal de terceira pessoa do plural em Vitória da Conquista: variação estável ou mudança de progresso? (Mestrado em Letras e Linguística). Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2005.

SANTOS, Danilo da Silva; SILVA, Jorge Augusto Alves. As variáveis sociais e o uso da concordância verbal: dados do português popular de Vitória da Conquista-BA. Fólio: Revista de Letras. v. 6. n. 1 (jan./jun. 2014)

SILVA, Jorge Augusto Alves da.A concordância verbal de terceira pessoa do plural no português popular do Brasil: um panorama sociolinguístico de três comunidades do interior do Estado da Bahia. Tese (Doutorado em Letras). Instituto de Letras, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2005.

TAVARES, Rosemeire Aparecida Alves; CONSELVAN, Tatiane Brugnerotto. Vontade de saber português, 9º ano. São Paulo: FTD, 2012.

TEIXEIRA, Suelem Cristina Cunha. A concordância verbal no português popular de Salvador: uma amostra da variação linguística na periferia da capital baiana. Fortaleza, 2013.

XAVIER, Antônio Carlos. A Retórica digital das redes sociais.In: XAVIER, Antônio Carlos et al. Hipertexto &Cibercultura: Links com literatura, publicidade, plágio e redes sociais.– São Paulo: Respel, 2011. p. 27-60.

Downloads

Publicado

2019-10-28

Edição

Seção

Artigos