O suicídio de Emma Bovary: Considerações sobre o morrer na obra de Gustave Flaubert

Autores

  • Pedro Walisson Gomes Feitosa Universidade Federal do Cariri - UFCA/CE
  • Fábio Gomes de Oliveira Universidade Regional do Cariri

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v12i42.1293

Palavras-chave:

Suicídio, Morte, Morrer

Resumo

Este artigo parte da análise literária e psicossocial sobre o suicídio, utilizan­do como objeto de estudo a personagem Emma Bovary, da obra-prima de Gustave Flaubert, publicado em 1856, na França. Designado como precursor da escola literária do realismo, Flaubert desenhou uma personagem com uma série de nuances que representam dignamente os costumes burgueses europeus da segunda metade do século XIX, bem como transparecem o lugar reservado à mu­lher neste contexto cultural. O realismo apre­sentado em Madame Bovary tornou o romance bastante discutido no decorrer dos séculos. Quan­do publicado em pleno século XIX, a obra erou impactos por toda sociedade, sendo proibida sua publicação na época. Entretanto, a história desenhada minuciosamente por Flaubert sustenta-se atual, pois refere-se tanto ao matar a si como refúgio de uma vida massacrante, como ao enigma da feminilidade ao longo da história, ambas percepções atemporais.

 

 

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Biografia do Autor

Pedro Walisson Gomes Feitosa, Universidade Federal do Cariri - UFCA/CE

Acadêmico de Medicina da Universidade Federal do Cariri. Contato: [email protected];

 


 

Pedro Walisson Gomes Feitosa1; Fábio Gomes de Oliveira2

Fábio Gomes de Oliveira, Universidade Regional do Cariri

Universidade Regional do Cariri

Referências

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Publicado

2018-10-31

Edição

Seção

Artigos