Perfil Lipídico de Jovens Escolares entre 2 e 19 anos no Interior da Bahia

Autores

  • Sara Costa Sampaio FAINOR
  • Beatriz Rocha Sousa FAINOR
  • Daiana Cirqueira Oliveira FAINOR
  • Adna Gorette Ferreira Andrade FAINOR
  • Stênio Fernando Pimentel Duarte

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v11i35.734

Palavras-chave:

Dislipidemia. Sobrepeso. Aterosclerose

Resumo

A presente pesquisa teve como objetivo descrever o perfil lipídico em crianças e adolescentes com idade entre 2 e 19 anos em escolares no interior da Bahia, identificando fatores associados a essas alterações que podem levar a complicações na idade adulta. Métodos: Os participantes foram submetidos a avaliação antropométrica, foram coletadas amostras de sangue após jejum de 12 horas, e as seguintes avaliações foram realizadas por métodos enzimáticos: níveis séricos de colesterol total, colesterol LDL, triglicerídeos e VLDL. As informações relacionadas a consumo alimentar, atividade física e condições socioeconômicas e de moradia da família foram fornecidas pelos responsáveis durante a avaliação através de um questionário on-line. Os dados foram analisados com o programa estatístico SPSS 22.0 que inclui o test-t de Student e o teste exato de Fisher.Resultados: Das 97 crianças e adolescentes analisados no presente estudo, cerca de 30% apresentaram um perfil lipídico aterogênico, caracterizado por altos níveis de triglicerídeo, VLDL colesterol total e colesterol LDL. A prevalência de obesos foi 28,95%. Os meninos apresentaram níveis de triglicerídeo, VLDL, colesterol total e LDL mais elevados do que as meninas. Observou-se associação positiva e significante entre dislipidemia e excesso de peso, consumo excessivo de alimentos de risco como lipídios e carboidratos.Crianças e adolescentes apresentaram os mesmos valores de lipídios no sangue, o que não é esperado para crianças nessa fase do desenvolvimento.Conclusão: Na presente população, uma grande parte apresentou um perfil lipídico aceitável, o que mostra que mesmo com alto consumo de alimentos considerados aterogênicos isoladamente não determina uma alteração significativa nos níveis lipídicos, porém a associação de diversos fatores como obesidade, sedentarismo, alimentação inadequada e principalmente fator genético poderá levar a umadislipidemia, o que supostamente pode estar representado pela pequena parcela a qual apresentou um perfil lipídico desfavorável e que devemos redobrar a atenção objetivando a prevenção de doenças cardiovasculares e obesidade precocemente.

 

 

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Biografia do Autor

Daiana Cirqueira Oliveira, FAINOR



Adna Gorette Ferreira Andrade, FAINOR

 

Stênio Fernando Pimentel Duarte


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Publicado

2017-05-28

Edição

Seção

Artigos