O Acolhimento de Mulheres Vítimas de Violência Doméstica

Autores

  • Camila Sousa Macedo FAINOR
  • Maria Antonieta Pereira Tigre Almeida FAINOR

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v10i33.609

Palavras-chave:

Violência Doméstica. Acolhimento. Atuação Profissional. Apoio

Resumo

É imprescindível correlacionar a violência doméstica aos aspectos sociais envolvidos com a intervenção governamental buscando melhorar o desenvolvimento social e dar um melhor atendimento a sociedade pautada em um serviço de assistência de qualidade. Neste contexto, a violência doméstica contra a mulher entra como um dos grandes desafios dos profissionais da justiça, de saúde e de assistente social, pois há necessidade de um amparo maior para essas pessoas que são vítimas. Este trabalho traz uma demanda perceptível e visível na comunidade, onde demonstra que na violência doméstica é carente de serviço técnico assistencial e desprovido de acompanhamento adequado. Assim, este estudo tem como objetivo identificar a atuação dos profissionais que fazem o acolhimento às vítimas de violência doméstica. No que diz respeito aos métodos esta é uma pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa, em que será realizada entrevista em profundidade para identificar como é feito o atendimento as mulheres que sofrem de violência doméstica, a partir da averiguação do trato dos profissionais para com elas. Viu-se conforme resultados do estudo que: a violência doméstica é identificada logo que a vítima chega a DEAM (83,3%) e o atendimento a vítima de violência doméstica é diferenciado (91,6%), os atendentes não tem capacitação na área de violência doméstica (91,6%) e não existe local para acolhimento das vítimas (91,6%),  e 91,6% destacam que a polícia pode autuar e prender o agressor. Havendo relatos de mulheres voltar a viver com os agressores (100%), 83,3% destacaram que as mulheres são encaminhadas para serviços de saúde, e 100% assinalaram que a mulher não pode levar a intimação para entregar ao agressor e que a lei Maria da Penha protege mulheres após fim do relacionamento (100%),, e 100% também destacaram que a violência doméstica atinge todas classes sociais. Sendo assim este estudo conclui que o preconceito contra a mulher e a ignorância são as bases da violência doméstica, estes demonstram a uma realidade nem um pouco satisfatória, que atinge os comportamentos, ações e atitudes de cada pessoa, e pautados nesta questão nota-se que qualquer esforço em delimitar as expressões relacionadas com as manifestações de violência torna-se muito importante como fator de estruturação para embasar programas na prevenção de tais atos.

 

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ADAS SALIBA, Cléa G. et al . A violência familiar sofrida na infância: uma investigação com adolescentes. Psicol. rev. (Belo Horizonte), Belo Horizonte , v. 18, n. 1, p. 107-118, abr. 2012.

AGUIAR. Ricardo Saraiva Aguiar, Violência contra a mulher: atuação do enfermeiro, Portal educação, 2012, Disponível em: <http://www.portaleducacao.com.br/enfermagem/artigos /14584/violencia-contra-a-mulher-atuacao-do-enfermeiro#ixzz46weTG3eR> Acesso 20 out 2016.

ALVES, Fabrício da Mota. Lei Maria da Penha: das discussões à aprovação de uma proposta concreta de combate à violência doméstica e familiar contra a mulher. Jus Navigandi, Teresina, ano 10, n. 1133, 8 ago. 2006.

BLAY, Eva Alterman. Violência contra a mulher e políticas públicas. Estud. av., São Paulo , v. 17, n. 49, p. 87-98, Dec. 2003

CZAPSKI. Alessandra Ruita Santos. O assistente social no atendimento à violência doméstica contra a mulher, Revista Variedades. São Paulo.2010.

.

CONCEIÇÃO. Carlos Augusto da Rosa. As mulheres agredidas. 2007. Disponível em:<http://www.jornaldedebates.ig.com.br/index.aspx?cnt_id=15&art_id=9438> Acesso em 02 nov 2016.

COSTA. Daniela Anderson Carvalho, MARQUES. Juliana Freitas, MOREIRA. Karla de Abreu Peixoto. GOMES. Linicarla Fabíole de Souza, HENRIQUES. Ana Ciléia Pinto Teixeira, FERNANDES, Ana Fátima Carvalho. Assistência multiprofissional à mulher vítima de violência: atuação de profissionais e dificuldades encontradas. Cogitare Enferm. 2013 Abr/Jun; 18(2):302-9.

DEAM. CARTILHA da DEAM. Violência contra a mulher,Uma campanha da DEAM, apoio UESB e SESC Bahia. 2006.

DIAS, Maria Berenice. A lei Maria da Penha na Justiça, São Paulo: Editora revistados Tribunais LTDA, 2007.

DINIZ, Normélia Maria Freire et al. Violência doméstica e institucional em serviços de saúde: experiências de mulheres. Rev. bras. enferm. [online]. 2004, vol.57, n.3, pp.354-356.

FONSECA, Denire Holanda da; RIBEIRO, Cristiane Galvão; LEAL, Noêmia Soares Barbosa. Violência doméstica contra a mulher: realidades e representações sociais. Psicol. Soc., Belo Horizonte , v. 24, n. 2, p. 307-314, Aug. 2012.

GOMES. N. DINIZ.N.ARAUJO.A.COELHO.T. Compreendendo a violência doméstica a partir das categorias gênero e geração.Artigo revisão.2007. Salvador. Disponível em < http://www.scielo.br/scielo.php?scrip t=sc_arttext&pid=S0103-21002007000 400020 &lng=en&nrm=iso> Acesso em 17 nov 2016.

MELO. Celso Antonio Bandeira de. Direitos Humanos na América Latina. Artigo da coletânea crítica do Direito e do Estado. Editora Geral. Rio de Janeiro. 2004.

SALIBA, Orlando et al . Responsabilidade do profissional de saúde sobre a notificação de casos de violência doméstica. Rev. Saúde Pública, São Paulo , v. 41, n. 3, p. 472-477, June 2007.

SILVA, Sergio Gomes da. Preconceito e discriminação: as bases da violência contra a mulher. Psicol. cienc. prof., Brasília, v. 30, n. 3, p. 556-571, Sept. 2010.

SOARES. Luiz Eduardo. Violência e política no Rio de Janeiro. Editora Relume Dumará. 2004. Rio de Janeiro.

Downloads

Publicado

2016-12-18

Edição

Seção

Artigos