Tecnologias digitais no ensino de línguas antes do período emergencial remoto de 2020/2021: o que os teóricos já diziam?
DOI:
https://doi.org/10.14295/idonline.v18i73.4069Palavras-chave:
Tecnologias digitais, Produção acadêmica, Ensino de línguasResumo
Evidencia-se que as tecnologias digitais têm provocado fortes mudanças no mundo contemporâneo, assim, além de expor algumas dessas mudanças, este artigo tem como principal objetivo: apresentar uma revisão teórica sobre o uso de tecnologias digitais no ensino, principalmente no ensino de línguas, a partir de produções acadêmicas a esse respeito, antes do período emergencial remoto de 2020/21. Isso porque, enormemente integradas às práticas sociais, as discussões sobre as tecnologias digitais já se remetem à escola há décadas através de trabalhos científicos, ao deixarem claro possibilidades e necessidades de sua utilização no ensino, não somente por ocasião do ensino remoto. Neste artigo, dialoga-se com teóricos da linguagem como Barton e Lee (2015) e da sociologia e psicologia, como a Teoria da Complexidade de Morin (2015) e do Pensamento Sistêmico (Vasconcellos, 2002). Baseia-se, ainda, em autoras como Rojo e Barbosa (2015) ao tratar dos multiletramentos na escola e Levy (1999) sobre o ensino mediado por computador. Este estudo mostra, portanto, que: embora possam ter sido ainda mais inseridas nas discussões acadêmicas e educacionais a partir do período de ensino remoto, as tecnologias digitais já haviam ganhado grande espaço em escritos teóricos relacionados à educação básica muito antes do referido período.
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