Socialização nos Festivais de Música Eletrônica: Uma Solidão Acompanhada

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v17i65.3642

Palavras-chave:

festivais de m´úsica eletrônica mainstream, sociabilidade, eventos, música eletrônica

Resumo

Festivais de música eletrônica visam proporcionar a melhor experiência do cliente em mente. Por isso, buscamos analisar a forma como as pessoas interagem nesses eventos e como isso pode possibilitar a compreensão da trajetória pessoal e coletiva desse espaço específico. O objetivo principal deste estudo é a forma como ocorre a sociabilidade entre os participantes desses festivais, descrevendo como a jornada individual interage com a jornada social. A investigação ocorreu em festivais de música eletrônica do litoral catarinense utilizando o método etnográfico, observação participante e a técnica de registro em campo. Os resultados revelaram a influência das vantagens no desenvolvimento de vínculos entre frequentadores. As formas como as pessoas “contornam” as regras e ocupam espaços privilegiados. O papel do DJ na forma como as pessoas interagem e na comunhão de emoções entre os frequentadores.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Priscila Cembranel, Universidade do Contestado

Doutorado em Administração e Turismo pela Universidade do Vale do Itajaí, Brasil. Professora da Universidade do Contestado, Brasil. Pós-doutorada na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Docente no Programa de Mestrado Profissional em Administração (PMPA) pela Universidade do Contestado (UNC).

Fernando Maciel Ramos, Universidade do Contestado

Doutorado em Ciências Contábeis pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Brasil. Doutorado Sanduíche realizado por meio do Estágio de Pós-Graduação junto ao Doutoramento em Contabilidade da Universidade de Aveiro (PT). Mestre em Ciências Contábeis pela Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB). Docente Permanente no Programa de Mestrado Profissional em Administração e no Programa de Mestrado Profissional em Engenharia Civil, Sanitária e Ambiental da Universidade do Contestado.

Marcos Jorge de Souza Rocha, Universidade do Contestado

Especialização em Direito Constitucional pela Universidade Candido Mendes, Brasil. Mestrando no Programa de Mestrado Profissional em Administração/Universidade do Contestado. Professor do Secretaria de Educação do Estado de Santa Catarina, Brasil.

Emerson Jorge da Silva, Universidade do Contestado

Mestrando no Programa de Mestrando Profissional em Administração.

Nilton William Pechibilski, Universidade do Contestado

Graduação em Administração pela Universidade do Contestado – SC, Brasil. Mestrando no Programa de Mestrado Profissional em Administração.

 

Sibeli Liziane Drozdek Contesini, Universidade do Contestado

Mestranda no Programa de Mestrado Profissional em Administração.

Referências

ABREU, C. C. Experiência Rave: entre o espetáculo e o ritual. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (Tese). USP: São Paulo, 2011.

AGUIAR, E. C.; FARIAS, S. A. Estímulos sensoriais e seus significados para o consumidor: investigando uma atmosfera de serviço centrado na experiência. Revista Brasileira de Marketing – ReMark .Vol. 13, N. 5. Julho/Setembro. 2014, pp. 65-77. DOI: https://doi.org/10.5585/remark.v13i5.2494

AMARAL, R. C. Alternativa da festa à brasileira. Sexta-feira, São Paulo, n. 2, 1998. Disponível em: <http://www.antropologia.com.br/tribo/sextafeira/pdf/num2/a_alternativa.pdf>. Acesso em 20 dez. 2014.

AUGÉ, M. Não-lugares: introdução a uma antropologia da supermodernidade. 4. ed. Campinas: Papirus, 2004.

VILA-TOSCANO, JOSÉ HERNANDO; GUTIERREZ VEGA, BERNARD; PEREZ SOTO, JHONATAN. Indicadores Estructurales y Conglomerados de Actores en la Red Social de una Subcultura Urbana. Rev. colomb. psicol., Bogotá , v. 20, n. 2, p. 193-207, dez. 2011 . Disponível em <http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0121-54692011000200004&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 14 fev. 2019.

BAUMAN, Z. Modernidade e ambivalência. Trad. Marcus Penchel. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.

BAUMAN, Z. O Mal-Estar da Pós-Modernidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2004.

BAUMAN, Z. A cultura no mundo líquido moderno. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.

BAUMAN, Z. Comunidade: a busca por segurança no mundo atual. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.

BAUMAN, Z. Vida para consumo: a transformação das pessoas em mercadoria. Rio de Janeiro: Zahar. 2008.

BAUMAN, Z.; DONSKIS, L. Cegueira moral: a perda da sensibilidade na modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2014.

BECKER, H. S. Outsiders: Estudos de sociologia do desvio. 1 ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

BERNARDINO, P. Arte e tecnologia: intersecções. ARS (São Paulo), São Paulo, v. 8, n. 16, p. 39-63, 2010 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-53202010000200004&lng=en&nrm=iso>. access on 09 Nov. 2016. http://dx.doi.org/10.1590/S1678-53202010000200004. DOI: https://doi.org/10.1590/S1678-53202010000200004

BUCK-MORSS, S. Dialética do Olhar: Walter Benjamin e o projeto das Passagens. Trad. de Ana Luiza Andrade. Belo Horizonte: Editora UFMG; Chapecó/ SC: Editora Universitária Argos, 2002.

CAPUCCI, P. L. Por uma arte do futuro. In DOMINGUES, Diana (org.). A Arte no século XXI: a humanização das tecnologias. São Paulo, Editora Unesp, 1997.

CASTELLO, L. A percepção de lugar: repensando o conceito de lugar em arquitetura e urbanismo. Porto Alegre: PROPAR/UFRGS, 2007.

CHANLAT, J. O ser humano, um ser espaço-temporal. In: CHANLAT, Jean-François (Coord.). O indivíduo na organização: dimensões esquecidas. V. 3. São Paulo: Atlas, 1994.

CHIAVERINI, T. Festa infinita: O entorpecente mundo das raves. São Paulo: Ediouro, 2009.

COUCHOT, E. A arte pode ser um relógio que adianta?. In DOMINGUES, D (org.). A Arte no século XXI: a humanização das tecnologias. São Paulo, Editora Unesp, 1997.

CUNHA, R.; ARRUDA, M.; SILVA, S. M. Homem, música e musicoterapia. Revista do Núcleo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares em Musicoterapia. Curitiba, v.1, p.1-141, 2010.

DE OLIVEIRA, Maria Cláudia Santos Lopes; CAMILO, Adriana Almeida; ASSUNCAO, Cristina Valadares. Tribos urbanas como contexto de desenvolvimento de adolescentes: relação com pares e negociação de diferenças. Temas psicol., Ribeirão Preto , v. 11, n. 1, p. 61-75, jun. 2003 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2003000100007&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 13 fev. 2019.

FIGUEIREDO, L. C. Confiança: a experiência de confiar na clínica psicanalítica e no plano da cultura. Rev. bras. psicanál, São Paulo , v. 41, n. 3, set. 2007 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2007000300008&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 12 jul. 2015.

FISCHER, G. Espaço, identidade e organização. In: CHANLAT, Jean-François (Coord.). O indivíduo na organização: dimensões esquecidas. V. 2. São Paulo: Atlas, 1994.

FONTANARI, I. P. de P. Rave à margem do Guaíba: Música e identidade jovem na cena eletrônica de Porto Alegre. 180f. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2003.

FRUGOLI Jr, H. Sociabilidade urbana. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.

GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 2008.

GEERTZ, C. O saber local. Petrópolis: Vozes, 1997.

GIDDENS, A. As conseqüências da modernidade. São Paulo: Unesp, 1991.

HAROCHE, C. Da palavra ao gesto. São Paulo: Papirus, 1998.

JACOBS (2001) in: MAIOLINO, A. L. G.; MANCEBO, D. Territórios urbanos: espaço, indivíduo e sociedade. Mnemosine, Vol. 1, n. 1 (2005). Artigos. pp. 67-97.

JACOBS, J. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

JIMENEZ, J. A Revolução da Arte Electrónica. Revista de Comunicação e Linguagem, n°25/26, (Real vs. Virtual), Lisboa, Edições Cosmos, 1999, p. 47-59.

LATOUR, B. Reagregando o Social. Bauru, SP: EDUSC/ Salvador, BA: EDUFBA, 2012.

LYNCH, K. A imagem da cidade. Lisboa: Edições 70, 1970.

MAFFESOLI, M. O tempo das tribos: o declínio do individualismo nas sociedades de massa. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1987.

MAGNANI, J. G. C. Os circuitos dos jovens urbanos. Tempo soc., São Paulo, v. 17, n. 2, p. 173-205, Nov. 2005. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20702005000200008&lng=en&nrm=iso>. access on 12 July 2015. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-20702005000200008. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-20702005000200008

MAIOLINO, A. L. G.; MANCEBO, D. Territórios urbanos: espaço, indivíduo e sociedade. Mnemosine, Vol. 1, n. 1 (2005). pp. 67-97.

MALINOWSKI, B. Argonautas do pacifico ocidental: Um relato do empreendimento e da aventura dos nativos nos arquipelagos da nova guine melanesia. São Paulo: Abril Cultural, 1976.

MENDES, C. M. Ensaio Psicanalítico da Experiência Psíquica em Festas Raves. 140 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia Clínica). Pontifícia Universidade Católica, SP, 2010.

MENEZES, M. A praça do Martim Moniz: Etnografando lógicas socioculturais de inscrição da praça no mapa social de Lisboa. In: Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 15, n. 32, p. 301-328, jul./dez. 2009. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-71832009000200013

MERRIAM, A. P. The Anthropology of Music. Evanston: Northwestern University Press, 1964.

MIRANDA, J. B. O controle do virtual (1996). Disponível em: <http://ubista.ubi.pt/~soccom/ Jbm_ensaio2.html> Acesso em: 07 mai 2016.

MOREIRA, N. A. Temporalidade nômade: Raves psicodélicas. Dissertação (Mestrado em História). Instituto de Ciências Humanas. Brasília: Universidade de Brasília, 2014.

NAKAMURA, D; LIMA, L. UFSC apresenta cenário da música eletrônica em Santa Catarina. Rev. On.Mag. n. 37, p. 26, abr/mai. 2013. Disponível em: http://issuu.com/olhonafoto/docs/38_ Acesso em: 20 jan 2014.

NETTL, B. Music Education and Ethnomusicology: A (usually) Harmonious Relationship. 2010. Disponível em: http://www.biu.ac.il/hu/mu/min-ad/10/01-Bruno-Nettl.pdf Acesso em: 31 abr. 2016.

NEUMANN, E. Depth Psychology and the new ethics. Boston: Shambhala: 1990.

NEVES, T. T. Batidas intensas: corpo e sociabilidade nas festas de música eletrônica em Natal. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais). Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, 2010. 121 f.

OLIVEIRA, C. R. O trabalho do Antropólogo: Olhar, Ouvir, Escrever. 2 ed. Campinas: Ed. Unicamp, 2006.

OLIVEN, R. G. A Antropologia de grupos urbanos. 6.ed. Petrópolis: Vozes, 2007.

ORTEGA, F. Práticas de ascese corporal e constituição de bioidentidades. Cadernos de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, V. 11, N. 1, jan./jun., 2003, p. 59-77.

PEIXOTO, P. F. Música eletrônica e xamanismo: técnicas contemporâneas do êxtase. 495f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, 2006.

PINI, M. Club Cultures and Female Subjectivity: The move from home to house. N.I: Palgrave, 2001. DOI: https://doi.org/10.1057/9781403914200

PINTO, T. O. Som e música. Questões de uma antropologia sonora. Rev. Antropol., São Paulo , v. 44, n. 1, p. 222-286, 2001 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-77012001000100007&lng=en&nrm=iso>. access on 31 May 2016. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-77012001000100007. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-77012001000100007

PLAZA, J. Arte e interatividade: autor-obra-recepção. ARS (São Paulo), São Paulo , v. 1, n. 2, p. 09-29, Dec. 2003 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-53202003000200002&lng=en&nrm=iso>. access on 01 June 2016. http://dx.doi.org/10.1590/S1678-53202003000200002. DOI: https://doi.org/10.1590/S1678-53202003000200002

QUEIROZ, D. T.; VALL, J.; SOUZA, A. M. A.; VIEIRA, N. F. C. Participant Observation in Qualitative Research: Concepts and Aplications in Health. R Enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2007 abr/jun; 15(2):276-83.

ROCHA, G. M. As estruturas clínicas e o universo infinito. Epistemo somática, Belo Horizonte , v. 3, n. 2, dez. 2006 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid =S1980-20052006000200003&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 12 jul. 2015.

SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: EDUSP, 2006.

SANTOS, M. Sociedade e espaço: formação espacial como teoria e como método. In: SANTOS, M. Espaço e sociedade: ensaios. Petrópolis: Vozes, 1982.

SCHEYERL, D; SIQUEIRA, S. O Brasil pelo olhar do outro: representações de estrangeiros sobre os brasileiros de hoje. Trab. linguist. apl., Campinas , v. 47, n. 2, p. 375-391, Dec. 2008 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-18132008000200007&lng=en&nrm=iso>. Access on 31 May 2016. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-18132008000200007. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-18132008000200007

SERRES, M. Os cinco sentidos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.

SIMMEL, G. Questões fundamentais da Sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.

THIBES, M. Z.; MANCINI, P. F. A. A apresentação do eu na sociabilidade virtual: a economia libidinal da amizade. Ide (São Paulo), São Paulo , v. 35, n. 55, p. 149-163, jan. 2013 . Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062013000100012&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 30 maio 2016.

UNODC (United Nations Office on Drugs and Crime). Word Drug Report, New York: United Nations Publications, 201 pp. 1997.

VELHO, G. Reflexões sobre a Escola de Chicago. In: VALLADARES, Licia do Prado (Org.). A Escola de Chicago - impacto de uma tradição no Brasil e na França. Belo Horizonte, Rio de Janeiro: UFMG/ IUPERJ, 2005.

VENN, E. Thomas Adès's ‘Freaky, Funky Rave’. Music Analysis. v. 33, n. 1, 2014, pp. 65-98. DOI: https://doi.org/10.1111/musa.12020

WANNER, M. C. A. Paisagens sígnicas: uma reflexão sobre as artes visuais contemporâneas [online]. Salvador: EDUFBA, 2010. 302 p. ISBN 978-85-232-0672-7. Available from SciELO Books. DOI: https://doi.org/10.7476/9788523208837

Downloads

Publicado

2023-02-28

Edição

Seção

Artigos