A Família da Criança com o Transtorno Espectro Autista (TEA) / The Family of a Child with Autism Spectrum Disorder (ASD)

Autores

  • Ana Paula de Lima UNICHRISTUS-CE
  • Carina Costa Pessoa Centro Universitário Brasileiro (UNIBRA).
  • Manuella Pereira Silva Curso de Psicologia. Centro Universitário Brasileiro (UNIBRA). Núcleo de Saúde
  • Patrícia Amaral de Oliveira Faculdade Frassinetti do Recife (FAFIRE)
  • Martha Maria Macêdo Bezerra Faculdade de Medicina do ABC, São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v16i60.3421

Palavras-chave:

Autismo. Família. Psicossocial.

Resumo

Resumo: O presente estudo tem como base a observação do número crescente de casos no que tange o Transtorno do Espectro Autista (TEA) na contemporaneidade. Tendo em vista a pluralidade dos arranjos familiares bem como a especificidade do diagnóstico, além da rotina das famílias que é o ponto central do olhar psicossocial. Desta feita, em consonância com tal perspectiva observa-se um amplo campo de pesquisa, através da análise de dos desdobramentos na subjetividade do indivíduo diante das atitudes dos membros do sistema familiar, de maneira nutritiva ou estressora, pois, entende-se ser de vital importância na construção da identidade do infante em sua interação com o mundo. Será relatado acerca dos encargos pelos quais a família se depara para coexistir no mesmo espaço com a criança portadora de TEA ou autismo e sua resiliência em face às adversidades psicossociais. Serão relatadas, também, as peculiaridades do TEA dentro do campo da Psicologia, enfatizando a importância desta para subsidiar outros profissionais bem como a família dessas crianças que desenvolvem tal transtorno, devendo ser impulsionada a se adequar às necessidades procedentes. Além disso, buscou-se identificar as características dos impactos de tormentos psicológicos e as perspectivas futuras destas famílias e de como elas se reconhecem neste contexto. Analisaram-se os reflexos do mundo exterior no interior dos indivíduos e os métodos usados pela família que pode corroborar relações positivas ou negativas no seu cotidiano, sendo de cabal e vital importância na edificação da identidade da criança e o mundo em que se encontra inserida. Acredita-se que o uso do interacionismo simbólico da família e familiares possam subsidiar à capacidade e/ou habilidade para o entendimento dessa questão de acordo com suas praxes e diagnoses.
    


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Biografia do Autor

Ana Paula de Lima, UNICHRISTUS-CE

Psicóloga Clínica e Hospitalar pelo Centro Universitário Brasileiro – UNIBRA. Pós Graduada em Psicologia Hospitalar  pela Faculdade de Tecnologia e Ciências do Alto Paranaíba, FATAP. Pós Graduada em Gestão de Pessoas pela Faculdade de Tecnologia e Ciências do Alto Paranaíba, FATAP.  Pós-graduanda em Terapia Cognitiva Comportamental (UNICHRISTUS-CE). Mestranda em Psicologia (UNIFOR-CE). (http://lattes.cnpq.br/9595283900409401). [email protected];

Carina Costa Pessoa, Centro Universitário Brasileiro (UNIBRA).

Curso de Psicologia. Centro Universitário Brasileiro (UNIBRA). Núcleo de Saúde;

Manuella Pereira Silva, Curso de Psicologia. Centro Universitário Brasileiro (UNIBRA). Núcleo de Saúde

Curso de Psicologia. Centro Universitário Brasileiro (UNIBRA). Núcleo de Saúde;

Patrícia Amaral de Oliveira, Faculdade Frassinetti do Recife (FAFIRE)

4 Graduada em psicologia pela Faculdade Frassinetti do Recife (FAFIRE);

Martha Maria Macêdo Bezerra, Faculdade de Medicina do ABC, São Paulo

5 Doutora em Ciência da Saúde pela Faculdade de Medicina do ABC, São Paulo. [email protected].


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Publicado

2022-05-30

Edição

Seção

Artigo de Revisão