Reverberações Possíveis do Pensamento Complexo e da Complexidade nas Organizações Contemporâneas / Possible Reverberations of the Complex Thought and Complexity in Contemporary Organizations
DOI:
https://doi.org/10.14295/idonline.v14i53.2890Palavras-chave:
pensamento complexo, complexidade, organizações modernas, contemporaneidade.Resumo
Este texto versa sobre a influência do pensamento complexo – e da complexidade – nas organizações contemporâneas, refletindo-se como o pensamento complexo e a complexidade podem impactar atores organizacionais na percepção de que os cenários são permeados por incertezas e que, desse modo, seguir pressupostos do pensamento cartesiano pode representar paralisação ante a necessidade de decisões em situações imprevistas. Reflete-se sobre como essa mudança paradigmática vem se construindo e como o campo organizacional se comporta nessa disputa entre antigos e novos modelos institucionais. Busca-se intensificar debates sobre Teorias Organizacionais, perspectivando que essas sejam reforçadas pelas práticas e quecomprovem a existência de pensamentos válidos; que o conhecimento fragmentado poderá gerar desconhecimento, mas, contrariamente, a composição de saberes promoverá interação necessária ao avanço e consolidação das mudanças nos ambientes organizacionais sob uma perspectiva integrativa, em clima de cooperação e de movimentos auto-organizadores, potencializando o trabalho em equipe, frente à dinamicidade típica da pós-modernidade.
Downloads
Referências
ANDERSON, Philip. Perspective: Complexity Theory and Organization Science. Organization Science, v. 10, n. 3, Special Issue: Application of Complexity Theory to Organization Science, p. 216-232, maio/jun., 1999.
AGOSTINHO, Marcia Esteves. Complexidade e Organizações: em busca da gestão autônoma. São Paulo: Atlas, 2003.
BARBOSA, Milka Alves Correia; NEVES, Flávio Egídio Barbosa; SANTOS, Jouberte Maria Leandro; CASSUNDÉ, Fernanda Roda de Souza Araújo; CASSUNDÉ JÚNIOR, Nildo Ferreira. “Positivismos” versus “Interpretativismos”: o que a Administração tem a ganhar com esta disputa? Organizações em contexto, v. 9, n. 17, jan.-jun. 2013.
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Tradução de Plínio Dentzien. Rio de janeiro: Jorge Zahar, 2001.
BEHRENS, Marilda Aparecida. Paradigma da complexidade: metodologia de projetos, contratos didáticos e portfólios. 3. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, v. 1. 135p., 2009.
BOEIRA, Sérgio Luís. Estudos organizacionais e a obra de Edgar Morin: relações com estudos críticos, institucionalismo e ciências da complexidade. In: I Colóquio Internacional de Epistemologia e Sociologia da Ciência da Administração. Anais...Florianópolis, SC, 2011.
BOEIRA, Sergio Luis; KNOLL, Alessandra; TONON, Ivan Luis. Edgar Morin, Chanlat e institucionalistas. Revista de Estudos Organizacionais e Sociedade, Belo Horizonte, n.6, abril 2016.
BOEIRA, Sérgio Luís; STÜRMER, Jorge Altair Pinto; INÁCIO, Ana Elise Cardoso. Estudos Organizacionais e complexidade: Prigogine, Stacey e Morin. In: III Colóquio Internacional de Epistemologia e Sociologia da Ciência da Administração. Anais...Florianópolis, SC, 2013.
BURNES, Bernard. Complexity Theories and organizational change. International Journal of Management Reviews, v. 7, Issue 2, p. 73-90, 2005.
CABRAL, Barbara Eleonora Bezerra; ANDRADE, Angela Nobre de. Ação transdisciplinar como produção coletiva: percussões e repercussões no trabalho em equipes de saúde. In: PINHEIRO, Roseni; SILVEIRA, Rodrigo Pinheiro (Org); LÔFEGO, Juliana (Org.); SILVA JR, Aluisio Gomes da (Org.). Integralidade sem fronteiras: itinerários de justiça, formativos e de gestão na busca por cuidado. 1. ed. Rio de Janeiro: CEPESC/IMS/UERJ/ABRASCO, p. 229-253, 2012.
CASSUNDÉ, Fernanda Roda; BARBOSA, Milka Alves Correia; MENDONÇA, José Ricardo Costa. A influência da tradição anglo-saxônica nos estudos organizacionais brasileiros: o que mudou (ou não) nos últimos 15 anos? Perspectivas em Gestão & Conhecimento, v. 6, n. 1, p. 238-254, jan./jun. 2016.
ETZIONI, Amitai; CAVALCANTE, José Antônio Parente; CAVALCANTE, Caetana Myriam Parente. Análise comparativa de organizações complexas: sobre o poder, o engajamento e seus correlatos. Rio de Janeiro: Zahar, 1974.
FACHIN, Roberto; RODRIGUES, Suzana Braga. Nota técnica: teorizando sobre as organizações – vaidades ou pontos de vista? In: CLEGG, Stewart; HARDY, Cynthia; NORD, Walter. Handbook de estudos organizacionais. v. 1. São Paulo: Atlas, 1999.
GILPIN, Dawn R. A complexity-based scrutiny of learning from organizational crisis. In: RICHARDSON, Kurt. Managing organizational complexity: philosophy, theory and application. Greenwich: IAP, 2005.
GOUVEIA, Tânia Maria de Oliveira Almeida; CONTI, Claudio Ramos. As Epistemologias Positivista e da Complexidade como Paradigmas nos Estudos Organizacionais. In: III Encontro de Ensino e Pesquisa em Administração e Contabilidade. João Pessoa, PB: ANPAD, 2011.
LE COADIC, Yves-François. A ciência da informação. Trad.: Maria Yeda F. S. de Filgueiras Gomes. s/ed. Brasília: Brinquet de Lemos/Livros, 1996.
MARIOTTI, Humberto. As paixões do ego: Complexidade, Política e Solidariedade. 3.ed. São Paulo: Palas Athena, 2008.
MARIOTTI, Humberto. Pensando diferente: para lidar com a complexidade, a incerteza e a ilusão. São Paulo: Atlas, 2010.
MARIOTTI, Humberto. Pensamento complexo: suas aplicações à liderança, à aprendizagem e ao desenvolvimento sustentável. São Paulo: Atlas, 2007.
MELO, Paulo Thiago Nunes Bezerra; REGIS, Helder Pontes; VAN BELLEN, Hans Michael. Princípios epistemológicos da teoria do capital social na área da administração. Cad. EBAPE.BR, v. 13, n. 1, Jan./Mar. 2015.
MORAES, Maria Cândida. Complexidade, transdisciplinaridade e educação. São Paulo: Atakarana/WHH – Willis Harman House, 2008.
MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. 5.ed. Porto Alegre: Sulina, 2015.
NAVEIRA, Ruben Bauer. Caos e complexidade nas organizações. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, v. 32, n. 5, p. 69-80, set./out. 1998.
PARSONS, Talcott. Suggestions for a Sociological Approach to the Theory of Organizations-I. Administrative science quarterly, p. 63-85, 1956.
PERROW, Charles. The analysis of goals in complex organizations. American sociological review, p. 854-866, 1961.
RAMOS, Alberto Guerreiro. A Nova ciência das organizações: uma reconceituação da riqueza das nações. São Paulo: FGV, 1981.
RAYWARD-SMITH, V. J. Introduction to the Theory of Complexity. Journal of the Operational Research Society, v. 46, n. 12, p. 1507-1508, 1995.
REED, Michael. Organizational Theorizing: a Historically Contested Terrain. In: CLEEG, Stewart.R.; HARDY, Cinthia; NORD, Walter R. Handbook of Organization Studies. London: SAGE, 1996.
RICHARDSON, Kurt A. Managing complex organizations: Complexity thinking and the science and art of management. Emergence: Complexity and Organization. v. 10, n. 2, p. 13, 2008.
RHINESMITH, S.H. Guia gerencial para a globalização. Rio de Janeiro: Berkley, 1993.
ROCHA NETO; IAROZINSKI NETO, A.; NEHME, C. C. Complexidade e avaliação: teoria e prática. Brasília: Universa, 2008.
SALES, Khatia Marise B. Conhecimento do conhecimento: revisitando concepções e princípios. In: GALEFFI; MODESTO; SOUZA (Orgs.). Epistemologia, construção e difusão do conhecimento. Salvador: EDUNEB, 2011.
SCHMITD, Michele de Almeida; ORTH, Miguel Alfredo. Os Princípios do Pensamento Complexo na Aprendizagem Móvel. Disponível em: http://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/23959_11778.pdf. Acesso em: 10 nov. 2020.
SCOTT, W. Richard. Theory of organizations. Handbook of modern sociology, p. 485-529, 1964.
SENA, Claudia Pinto Pereira; SOUZA, Elmara Pereira de. Concepções epistemológicas na formação de professores formadores em ambiente virtual e no processo ensino aprendizagem baseado em problema para deficientes visuais. In: GALEFFI; MODESTO; SOUZA (Orgs.). Epistemologia, construção e difusão do conhecimento. Salvador: EDUNEB, 2011.
SERVA, Maurício. O paradigma da complexidade e a análise organizacional. Revista de Administração de Empresas, v. 32, n. 2, p. 26-35, 1992.
SERVA, Maurício. O fenômeno das organizações substantivas. Revista de administração de empresas, v. 33, n. 2, p. 36-43, 1993.
SERVA, Maurício. DIAS, Taisa; ALPERSTEDT, Graziela Dias. Paradigma da Complexidade e Teoria das Organizações: uma reflexão epistemológica. Revista de Administração Pública, São Paulo, v. 50, n. 3, p. 276-287, jul./set., 2010.
SILVA, Anielson Barbosa da; REBELO, Luiza Maria Bessa. As Implicações do Pensamento Complexo na Análise Organizacional. In: XXXI Encontro Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Administração. Anais... Rio de Janeiro, RJ: ANPAD, 2007.
TÔRRES, José Júlio Martins. Teoria da complexidade: uma nova visão de mundo para a estratégia. In: Proceedings of. 2005.
TSOUKAS, Haridimos; HATCH, Mary Jo. Complex thinking, complex practice: The case for a narrative approach to organizational complexity. Human Relations, v. 54, n. 8, p. 979-1013, 2001.
WALDROP, M. M. Complexity: the emerging science at the edge of order and chaos. Londres: Penguim Books, 1994.
WITTMAN, M. (Org.) Administração: teoria sistêmica e complexidade. Santa Maria: UFSM, 2008
WOOD JR, T. Mudança organizacional e transformação da função recursos humanos. In: WOOD JR, T. (Coord.) Mudança organizacional. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os autores detêm os direitos autorais sem restrições, devendo informar a publicação inicial nesta revista, em caso de nova publicação de algum trabalho.