O Ensino Prisional para Mulheres Privadas da Liberdade: Um Debate da Realidade / Prison Education for Women Deprived of Liberty: A Real Debate
DOI:
https://doi.org/10.14295/idonline.v14i53.2868Palavras-chave:
Ensino prisional, Privação da Liberdade, Educação de Jovens e AdultosResumo
Resumo: O trabalho tem por objetivo discutir a realidade de mulheres que não tem acesso à educação por motivos de estarem em cárcere privado ou, legalmente, privadas da liberdade, retirando delas o direito do conhecimento que deve ser gratuito e para todos. Assim, o enfoque desse ensaio será apresentar os desafios da prática pedagógica levando em conta as suas características no âmbito de exclusão do saber e buscando ferramentas que ajude a compreender o processo de ensino aprendizagem por meio de programas como o EJA (Educação para Jovens e Adultos) que além de levar o acesso ao conhecimento para quem não teve oportunidade na idade certa, permite cumprir uma finalidade social para todos aqueles que entendem que a educação tem um poder transformador na vida das pessoas. Esta pesquisa se junta ao rol de estudos voltados para a população carcerária feminina e aborda por meio de autores, teorias e pesquisas a desvalorização da mulher no setor prisional, como em Araújo (2005), Lemgruber (1999) e outros. Desta maneira, o estudo tem por finalidade compreender as precariedades do ambiente, as especificidades da educação, assim como a organização das aulas. E por fim, questionar as causas da entrada delas no cárcere privado, dando voz e visibilidade a centenas de mulheres que estão exclusas da sociedade e perdendo seu espaço de valorização feminina. Após a análise é percebível que a prisão contribui para a desvalorização da educação, por sua ineficiência nos processos pedagógicos ofertados a elas. Nesta lógica, trabalho e estudo são duas ferramentas disponíveis para ocupar o tempo das detentas. Porém, o primeiro ocupa uma parcela maior no combate a ociosidade enquanto a educação configura-se como um passa tempo ou mera distração.
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