A Literatura Africana em Livros Paradidáticos para o Ensino Médio / African Literature in Paradidatic Books for High School

Autores

  • Bruna Quezado Faculdade de Ciências Humanas do Sertão Central (FACHUSC)
  • Maria do Socorro Cordeiro de Sousa Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v14i53.2846

Palavras-chave:

Contos africanos. Contadores de histórias. Ensino Médio. Literatura Africana

Resumo

Resumo: Este artigo tem como objetivo discutir como os livros paradidáticos abordam a Literatura Africana no ensino médio. Os mais 350 anos de escravização dos povos africanos e indígenas no Brasil contribuíram para a construção do pensamento eugenista e racista, que considera o negro como uma raça inferior intelectual e culturalmente, o que configura racismo e desumanidade, além de existirem diversas tentativas de apagar a história desse povo (epistemicídio). Por isso, os estudantes, sobretudo do ensino médio que estudam literatura, não têm a chance ou o incentivo de ler livros de escritores africanos. Primeiro pela falta de formação dos professores e, segundo porque as escolas não possuem os recursos bibliográficos adequados para desenvolver um trabalho com a literatura africana. Por conseguinte, a presente pesquisa adotou a como procedimento metodológico a pesquisa bibliográfica, a partir da diversidade de obras da Literatura Africana e de artigos científicos publicados sobre a temática. Buscou-se identificar e caracterizar as principais obras e contos da Literatura Africana para o uso no ensino médio, para assim apresentar como a leitura destas obras contribui para o incentivo à leitura, destacando a importância dos contos africanos nas escolas. Para a realização da pesquisa utilizou-se o aporte teórico, a saber, Cereja e Magalhães (2013), Munanga (2018), Rolon (2015), Candido (2014), Craverinha (2015), Failla (2013). Assim, os contos populares africanos refletem a diversidade cultural da sociedade e proporcionam lições valiosas a serem aprendidas; além disso, através deles os alunos podem aprender mais sobre os valores enraizados nas culturas africanas tradicionais, à medida que pequenos grupos leem outros contos e a classe os discutem.

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Biografia do Autor

Bruna Quezado, Faculdade de Ciências Humanas do Sertão Central (FACHUSC)

[1]Faculdade de Ciências Humanas do Sertão Central (FACHUSC). [email protected];

Maria do Socorro Cordeiro de Sousa, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).

[2] Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).

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Publicado

2020-12-28

Edição

Seção

Artigos