Percepção das mulheres homoafetivas frente a assistência de enfermagem na saúde da mulher

Autores

  • Ilara Parente Pinheiro Teodoro
  • Nágila Kelly Sidrone Felipe
  • Lívia Parente Pinheiro Teodoro

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v8i22.269

Palavras-chave:

Saúde da Mulher, Mulheres Homoafetivas, Assistência a Saúde.

Resumo

Comprometido com a filosofia de saúde enquanto direito e preocupado em garantir à mulher assistência integral, o Sistema Único de Saúde enfatizou a preocupação com seu corpo de forma integral, criando o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher, porém desde sua implantação foram privilegiadas mulheres heterossexuais, com enfoque particular na saúde reprodutiva. Tendo assim como conseqüência um provável impacto negativo na qualidade da assistência, especialmente na atenção a saúde de mulheres homoafetivas, onde deve ser considerada a relevância da abordagem de suas sexualidades, para que assim aconteça uma orientação e uma educação correta. Com esse estudo objetivou-se conhecer as possíveis barreiras enfrentadas pelas mulheres homoafetivas na assistência de enfermagem na unidade de saúde. Trata-se de um estudo de caráter descritivo com uma abordagem qualitativa, realizado na Associação de Homossexuais de Iguatu - Ceará. A pesquisa cumpriu os requisitos da Resolução Nº. 196/96, do Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde.  A amostra compôs-se de 12 sujeitos utilizando uma entrevista semi-estruturada, onde ocorreu no mês de maio de 2011. Os dados foram analisados mediante a técnica de análise de conteúdo e em seguida organizados em categorias com base nos objetivos do estudo. Mediante entrevista verificou-se que prevaleceu à faixa etária de 19 á 22 anos de idade, a maioria com ensino médio completo, e uma renda referente de 2 (dois) salários mínimos, além de estarem distribuías em profissões diversas. Observou-se que a maioria nunca procurou o atendimento. Acreditam que os enfermeiros ainda não estão preparados humanamente para lidar com a homoafetividade feminina e que a educação em saúde não vem sendo trabalhada de forma correta, pois visa à mulher como ser heterossexual. Da mesma forma, relatam também que não existe no conhecimento das mulheres nenhuma atividade realizada para o grupo em questão. Por fim, as mesmas sugeriram que fossem realizados mais treinamentos específicos para os profissionais saberem lidar melhor com o grupo em estudo durante a assistência, para assim melhorar a prevenção de doenças e promoção da saúde dessas mulheres focando principalmente no aspecto da homoafetividade. Conhecer a opção sexual individual do paciente se torna de importância absoluta diante da assistência fazendo de suma necessidade a indagação da mesma para que assim seja feito o atendimento de forma individual e correta, tentando tornar a assistência eficaz e derrubando de uma só vez a homofobia em direção paciente/profissional ou profissional/paciente.

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Publicado

2014-02-28

Edição

Seção

Artigo Original