Avaliação dos Erros de Prescrições da Lista B1 da Portaria 344/98, em uma Farmácia Comunitária no Interior do Estado do Ceará / Evaluation of Prescription Errors in List B1 of Ordinance 344/98, in a Community Pharmacy in the State of Ceará

Autores

  • Joeldo Ferreira Duarte Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte
  • Francisca Andreza Fernandes de Souza Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte
  • José Marcio Andrade Faculdade de Medicina Estácio em Juazeiro do Norte
  • Poliana Moreira de Medeiros Carvalho Centro Universitário de Juazeiro do Norte

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v14i51.2610

Palavras-chave:

Prescrições inapropriadas. Abreviatura dos medicamentos

Resumo

Os erros de prescrições são um dos problemas mais frequentes em vários países do mundo inclusive no Brasil, e são estes as causas de muitos agravos à saúde do paciente aumentando ainda mais a duração do tratamento e a permanência dos mesmos nos hospitais. Uma vez que, a causa da morte dos pacientes, pode se dá em decorrência das falhas na medicação, incluindo as interpretações errôneas e equivocadas das prescrições realizados pela equipe médica, no momento da administração pela enfermagem, bem como ilegibilidade, uso de abreviaturas, erros nos cálculos de dosagem, entre outros. O objetivo deste estudo é avaliar a qualidade das prescrições médicas da lista B1 da portaria 344/98 dispensadas na Policlínica Tasso Ribeiro Jereissat do município de Juazeiro do Norte-CE, no período de agosto de 2018. O estudo foi realizado através de receituários, os quais foram selecionados intencionalmente, durante o período de agosto 2018. As informações foram coletadas por meio de um check-list adaptado da Portaria 344/98 da ANVISA para avaliação das prescrições médicas da lista B1 preenchido pelo próprio pesquisador sem a presença dos pacientes. Através dos resultados analisados foi possível identificar vários erros de ilegibilidade, bem como abreviaturas e ausências de dados importantes nas prescrições.  É necessário que prescrição seja vista e compreendida na prática como um documento terapêutico de comunicação entre profissionais. Além disso, acreditamos que a valorização da prescrição por meio da melhor utilização deste instrumento e da padronização das informações nas prescrições pela equipe hospitalar contribuirá para melhor utilização dos recursos financeiros da instituição porque minimizará os custos com medicações.

 

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Biografia do Autor

Joeldo Ferreira Duarte, Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte

1 Bacharel em Farmácia pela Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte,  Brasil;

Francisca Andreza Fernandes de Souza, Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte

2 Bacharel em Farmácia pela Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte,  Brasil;

José Marcio Andrade, Faculdade de Medicina Estácio em Juazeiro do Norte

3 Bacharel em Farmácia pela Faculdade de Medicina Estácio em Juazeiro do Norte, Brasil. CE. [email protected];

Poliana Moreira de Medeiros Carvalho, Centro Universitário de Juazeiro do Norte

4 Bacharel em Farmácia pela Universidade de Fortaleza (2004), Habilitação em Industria Farmacêutica pela Universidade de Fortaleza, habilidade em Bioquímica clínica pela UNIFOR, especialista em Manipulação Magistral pela Universidade de Fortaleza, mestrado em Bioprospecção Molecular pela Universidade Regional do Cariri - URCA, Doutorado em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina do ABC - Paulista. Atualmente é professora do Centro Universitário de Juazeiro do Norte.


 

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Publicado

2020-07-30

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Artigos