Prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus entre os Trabalhadores da Indústria de Vitória da Conquista, Bahia / Prevalence of Systemic Arterial Hypertension and Diabetes Mellitus among Workers in the Victory Industry of Conquista, Bahia

Autores

  • Sileide dos Santos Gomes Caires Faculdade Independente do Nordeste
  • Nádia Cristina Ferreira Chiachio Faculdade Independente do Nordeste

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v14i51.2563

Palavras-chave:

Diabetes mellitus, Hipertensão arterial sistêmica, Prevalência

Resumo

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) e o diabetes mellitus(DM) são doenças crônicas não transmissíveis que evidenciam enormes problemas de saúde no Brasil, pelas suas elevadas prevalências, e os fatores de risco associados às doenças cardiovasculares levando à diminuição na qualidade e expectativa de vida da população, demonstrado elevadas taxas de morbidade e mortalidade e custos sociais e econômicos decorrentes do uso de serviços de saúde. Diante disto, faz-se necessário a importância do conhecimento da prevenção dessas doenças e de suas complicações. Este trabalho teve como objetivo determinar a prevalência de hipertensão e diabetes entre os trabalhadores da indústria de Vitória da Conquista, Bahia. Foi realizado um estudo de delineamento transversal, de natureza descritiva com abordagem quantitativa, a coleta dos dados amostrais foi realizada no ambulatório do SESI (Serviço Social da Indústria) de Vitória da Conquista. A população do estudo foi constituída de 150 pacientes. Foram analisados o perfil sociodemográfico, a prevalência de hipertensão, o perfil glicêmico e a prevalência de hipertensão e diabetes associadas. Os resultados obtidos permitiram identificar que houve uma predominância do sexo masculino, 122 indivíduos de 18 - 63 anos de idade e 28 indivíduos do sexo feminino, com 22 - 53 anos de idade. Em relação a prevalência de hipertensão foi possível verificar que 6 homens e 4 mulheres são hipertensos, e 140 trabalhadores apresentavam níveis pressóricos normais. Já em relação ao perfil glicêmico, apenas 1 mulher e 27 homens apresentam glicemia em jejum alterada. Destaca-se que nenhum dos participantes tinham hipertensão e diabetes associadas. Conclui-se que há a necessidade de fortalecer as medidas de prevenção e ações de monitoramento de saúde dos portadores de hipertensão e diabetes, a fim de proporcionar melhor qualidade de vida à população e evitar o aparecimento de complicações crônicas associadas à essas doenças.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sileide dos Santos Gomes Caires, Faculdade Independente do Nordeste

1 Graduação em Farmácia pela Faculdade Independente do Nordeste, Brasil. [email protected];

Nádia Cristina Ferreira Chiachio, Faculdade Independente do Nordeste

2 Graduação em Farmácia Bioquímica Opção Análises Clínicas e Saúde Pública pela Universidade Federal da Bahia – UFBA. Pós-Graduação em Saúde Pública e Magistério Superior pela FACINTER. Mestra em Teologia pela Faculdades EST. Docente da Faculdade Independente do Nordeste (FAINOR), e da UCT de Vitória da Conquista - BA.



Referências

BARROS, M. B. A. et al. Tendências das desigualdades so¬ciais e demográficas na prevalência de doenças crônicas no Brasil, PNAD: 2003-2008. Ciênc. Saúde Coletiva; n. 16, p. 3755-68, 2011.

BRANDÃO, A P. et al. Epidemiologia da hipertensão arterial. Rev Soc Cardiol, Estado de São Paulo, v. 13, n. 1, p. 7-19, 2003.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao Diabetes Mellitus. Manual de Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus. Projetos, Programas e Rela¬tórios. Brasília (DF), 2002; nº 59. Série C. p.102.

BIDINOTTO, D. N. P. B. et al. A saúde do homem: doenças crônicas não transmissíveis e vulnerabilidade social. Rev. Latino-Am. Enfermagem, v.24, n. 2756, 2016.

CARDOSO, H. et al. Consenso Nacional para a Utilização do Sistema de Monitorização Flash da Glicose. Revista Portuguesa de Diabetes, v. 13, n. 4, p. 143-53, 2018.

CHEN, E. T. et al. Performance evaluation of blood glucose monitoring devices. Diabetes Technol Ther, v. 5, n. 5, p. 749-68 2003.

CLEMENT, S. Guidelines for glycemic control. Clin Cornerstone, v. 6, n. 2, p. 31-9, 2004.

CHAVES, A. P. M. Abordagem em grupo de pacientes com Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus na Unidade Básica de Saúde da Família de São Sebastião em Campos dos Goytacazes RJ. Trabalho de Conclusão de Curso. Campos dos Goytacazes, 2016.

CHAZAN, A. C.; PEREZ, E. A. Avaliação da implementação do sistema informatizado de cadastramento e acompa¬nhamento de hipertensos e diabéticos (HIPERDIA) nos municípios do Estado do Rio de Janeiro. Rev APS, v. 11, n. 1, p. 10-6, jan./mar 2008.

COSTA K. S. et al. Fontes de obtenção de medicamentos para hipertensão e diabetes no Brasil: resultados de inquérito telefônico nas capitais brasileiras e no Distrito Federal, 2011. Cad Saude Publica; v. 32, n. 2, 2016.

COSTA, J. R. G. et al. Educação em saúde sobre atenção alimentar: uma estratégia de intervenção em enfermagem aos portadores de Diabetes Mellitus. Mostra Interdisciplinar do curso de Enfermagem - Uni Católica, v. 2, n. 1, 2016.

FAGUNDES, C. N. et al. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE HIPERTENSOS E DIABÉTICOS CADASTRADOS NA ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE, FLORIANÓPOLIS – SC. Rev Pesq Saúde, v. 18, n. 1, p. 28-34, jan-abr, 2017.

FELIPETTI, F. A. et al. Prevalência De Hipertensos E Diabéticos Cadastrados E Acompanhados Pelas Unidades De Saúde Do Município De Cascavel – PARANÁ. Rev. APS, v. 19, n. 1, p. 77 – 84, jan/mar 2016.

FERREIRA, J. M. et al. Alterações auditivas associadas a complicações e comorbidades no diabetes mellitus tipo 2. Audiology Communication Research, São Paulo, v. 18, n. 4, p. 250-259, dez. 2013.

FRANCISCO, P. M. S. B. et al. Prevalência simultânea de hipertensão e diabetes em idosos brasileiros: desigualdades individuais e contextuais. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, n. 11, p. 3829-3840, 2018.

FREITAS, O. de C. et al. Prevalência da Hipertensão Arterial Sistêmica na População Urbana de Catanduva, SP. Arq Bras Cardiol, volume 77, nº 1, p. 9-15, 2001.

GARCIA, C. et al. ESTADO NUTRCIONAL E AS COMORBIDADES ASSOCIADAS AO DIABETES MELLITUS TIPO 2 NO IDOSO. Estud. interdiscipl. envelhec., Porto Alegre, v. 21, n. 1, p. 205-216, 2016.

HENRIQUE, N. N. et al. HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES MELLITUS: UM ESTUDO SOBRE OS PROGRAMAS DE ATENÇÃO BÁSICA. Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, v. 16, n. 2, p. 168-73, abr/jun , 2008.

KEARNEY, P. M. et al. Global burden of hypertension: analysis of worldwide data. The Lancet. v. 365, n.9455, p.217-223, 2005.

KRIBBEN, A. et al. Arterielle Hypertonie. Herz, v. 37, n. 7, p. 719–720, 2012.

LIMA, L. R. de. Qualidade de vida e o tempo do diagnóstico do diabetes mellitus em Idosos. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro; v. 21, n. 2, p. 180-190, 2018.

MACHADO, C. R. PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E FATORES ASSOCIADOS. CAMBÉ – PR, 2012. Monografia. Londrina, 2012.

MONNIER, L. et al. The Third Component of the Dysglycemia in Diabetes. Is it Important? How to Measure it? J Diabetes Sci Technol, v. 2, n. 6, p. 1094-100, 2008.

MAIA, M. B. et al. Associação entre diabetes mellitus e doença periodontal. Revista Intercâmbio, v. 10, 2017.

MALTA D. C. et al. A vigilância e o monitoramento das principais doenças crônicas não transmissíveis no Brasil – Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Revista Brasileira de Epidemiologia, n. 18, p. 3-16, 2015.

MARCONDES, J. A. M. DIABETE MELITO: FISIOPATOLOGIA E TRATAMENTO. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba, v. 5, n. 1, p. 18-26, 2003.

MARTINEZ, M. C.; LATORRE, M. do R. D. de O.. Fatores de Risco para Hipertensão Arterial e Diabete Melito em Trabalhadores de Empresa Metalúrgica e Siderúrgica. Arq Bras Cardiol, n. 87, p. 471-479, 2006.

MORAES, N. S. de, et al. Hipertensão arterial, diabetes mellitus e síndrome metabólica: do conceito à terapêutica. Rev Bras Hipertens, vol. 20, n. 3, p. 109-116, 2013.

NETO, J. L. de O. HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA O ENFRENTAMENTO DA DOENÇA NO PACS JARDIM PÉROLA NO MUNICIPIO DE GOVERNADOR VALADARES. Trabalho de Conclusão de Curso. Governador Valadares-MG, 2015.

NOBRE, F. et al. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Revista Brasileira de Hipertensão. V.17, n.1, 2010.

NOBRE. F. et al. Hipertensão arterial sistêmica primária. Medicina (Ribeirão Preto). v. 46, n. 3, p. 256-72, 2013.

OLIVEIRA, K. A. S. de, et al. Hipertensão arterial e diabetes mellitus: prevalência e impacto econômico em Goiânia e região metropolitana de 2008 a 2017. Revista Educação em Saúde, v. 7, n. 2, p. 118-124, 2019.

OTÁVIO, G. M. da C. et al. Importância do Conceito de Medicina Periodontal na Integralidade da Assistência à Saúde. Oral Sciense, v. 6, n. 2, p. 10-17, 2014.

POZZOBON, A. PREVALÊNCIA E PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DE DIABETES E HIPERTENSÃO EM INDIVÍDUOS DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA. Rev Bras Promoç Saúde, Fortaleza, v. 27, n. 3, p. 295-302, jul./set., 2014.

REMÍGIO, B. M. G. Implementação Do Cadastramento E Acompanhamento Dos Hipertensos E Diabéticos Pelo Sistema Hiperdia Na Unidade De Saúde Boa Vista Do Munícipio De Arcoverde – PE. Monografia. RECIFE, 2012.

ROJAS, J. C. M. Projeto De Intervenção Para Diminuir A Alta Prevalência De Hipertensão Arterial Sistêmica E Diabetes Mellitus Na Unidade Básica De Saúde Américo Silva II. Trabalho de Conclusão de Curso. BOM DESPACHO/MINAS GERAIS, 2016.

SBC, SBH e SBN. Sociedade Brasileira de Cardiologia; Sociedade Brasileira de Hipertensão; Sociedade Brasileira de Nefrologia. V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. São Paulo; p. 48, 2006.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019. Arq Bras Cardiol, v. 113, n. 4, p. 787-891, 2019.

SCHMIDT, M. I. et al. Prevalence of dia¬betes and hypertension based on self-reported morbidity survey, Brazil, 2006. Rev Saúde Pú¬blica, 43 Suppl, n. 2, p. 74-82, 2009.

SCHMIDT, M. I. et al. Prevalência de diabetes e hipertensão no Brasil baseada em inquérito de morbidade auto-referida, Brasil, 2006. Rev Saúde Pública 2009;43(Supl. 2):74-82.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, Sociedade Brasileira de Hipertensão, Sociedade Brasileria de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol, v. 17, n. 1, p. 1-51, 2010.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. 7a Dire¬triz Brasileira de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol; n. 3, p. 1-83, 2016.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO. HIPERTENSÃO OU PRESSÃO ALTA. Cartilha Do Hipertenso Nº 1, 2001.

SOUZA, L. J. et al. Prevalência de Diabetes mellitus e fatores de risco em Campos de Goytacazes, RJ. Arq Bras Endocrinol Metab, v. 47, n. 1, p. 69-74, 2003.

STOPA, S. R. et al. Prevalence of arterial hypertension, diabetes mellitus, and adherence to behavioral measures in the city of São Paulo, Brazil, 2003-2015. Cad Saude Publica, n. 34, p. 10, 2018.

SILVA, E. C. et al. Prevalência de hipertensão arterial sistêmica e fatores associados em homens e mulheres residentes em municípios da Amazônia Legal. REV BRAS EPIDEMIOL, v. 19, n. 1, p. 38-51, JAN-MAR 2016.

TATSUMI, Y. et al. Hypertension with diabetes mellitus: significance from an epidemiological perspective for Japanese. Hypertension Research, v. 40, n. 9, p. 795–806, 2017.

TORTORELLA, C. C. da S. et al. Tendência temporal da prevalência de hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus entre adultos cadastrados no Sistema Único de Saúde em Florianópolis, Santa Catarina, 2004-2011*. Epidemiol. Serv. Saude, Brasília, v. 26, n. 3, p. 469-480, jul-set 2017.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Global status re¬port on noncommunicable diseases 2014. Ge¬neva: World Health Organization; 2014.

Downloads

Publicado

2020-07-30

Edição

Seção

Artigos