Papanicolau: o enfermeiro tem dificuldade na realização deste exame?

Autores

  • Patrícia Luciany Almeida Macêdo da Silva
  • Juliana Saraiva de Alencar
  • Lorena Saraiva de Alencar
  • Joseana Maria Saraiva

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v6i18.207

Palavras-chave:

Papanicolau. Mulheres. Enfermeiros.

Resumo

O atendimento qualificado é indispensável ao desenvolvimento de ações em saúde, principalmente relacionado à saúde da mulher, pois é considerado o elo de confiança entre a mulher e o profissional, além de ser um fator que favorece a realização do exame preventivo (CEARÁ, 2002). O objetivo deste trabalho é identificar se os enfermeiros apresentam dificuldade na realização do exame papanicolau. O presente estudo é de natureza qualitativa de caráter descritivo. Teve como população, sete enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família do Município de Juazeiro do Norte. A coleta de dados foi realizada durante os meses de agosto e setembro de 2009, a partir da utilização de uma entrevista semi-estruturada, voltada para identificar a existência de dificuldades ou não na realização do exame preventivo feminino - papanicolau. Por se tratar de um estudo como seres humanos, considerou-se a resolução Nº. 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Todos os participantes tiveram conhecimento do objetivo do estudo e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os resultados obditos, identificou a partir do relato dos profissionais enfermeiros, que existe dificuldade para realização deste, conforme podemos evidenciar nos depoimentos: Sim tenho dificuldades, principalmente devido à resistência e vergonha das clientes, pelo fato do profissional ser do sexo masculino (Dunga)”; No início sim tive algumas dificuldades; atualmente não tenho dificuldades para realizar o exame preventivo, o que contribui para tal inversão foi o vínculo de confiança que conquistei dia-a-dia com as clientes através de diálogo e sessões educativas com participação e apoio dos agentes comunitários de saúde (Kaká)”; “Não tenho dificuldade em relação à técnica de introdução do espéculo, nem a coleta. Com o cotidiano adquire-se experiência em relação ao exame, entretanto, em algumas pacientes tenho um pouco de dificuldade devido ao sentimento de vergonha por parte de algumas clientes em estar realizando o procedimento com um profissional do sexo masculino (Bebeto)”. Mediante a realização deste estudo pode-se constatar que a dificuldade realmente existe na realização do exame e que esta muitas das vezes direciona-se a existência do medo, vergonha, quebra da privacidade, entre outros. Diante disso vê-se a necessidade de ações de educação em saúde, pois a realização deste exame resultará no diagnóstico precoce prevenindo o câncer do colo uterino.

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Publicado

2012-03-19

Edição

Seção

Psicologia e Saúde