Estratégias no Trabalho com Crianças e Adolescentes com Deficiências Através de Esportes Aquáticos Integrativos / Strategies in Working with Children and Adolescents with Disabilities Through Water Sports Integratives

Autores

  • Francisco Renato Silva Ferreira Faculdades Integradas de Patos (FIP)
  • Miguel Melo Ifadireó Universidade de Pernambuco (UPE)
  • Marlene Menezes de Souza Teixeira Centro Universitário Dr. Leão Sampaio (UNILEÃO).
  • Vanessa de Carvalho Nilo Bitu Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Tássia Lobato Pinheiro Centro Universitário Dr. Leão Sampaio

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v13i47.2052

Palavras-chave:

Pessoas com Deficiência, Esportes para Integração, Atividade Física Adaptada, Educação para a Diversidade, Interculturalidade no esporte

Resumo

O presente artigo é fruto da vivência enquanto profissional e estagiário de educação física há quase uma década, experiências estas que influenciaram a sensibilização para o trabalho com pessoas com deficiência através da natação e da hidroginástica. O despertar para a relevância do estudo se deu a partir das reuniões do Laboratório Interdisciplinar de Estudos da Violência (LIEV/ UNILEÃO), fato este que insurgiu na intensificação de leituras e amadurecimento acadêmico e na percepção da necessidade de melhoria de atividades didático-pedagógicas para facilitar o ensino e as práticas de ações de educação física adaptadas aos esportes aquáticos, o qual tornou-se o objetivo da presente investigação. A metodologia utilizada é fruto da abordagem qualitativa, revisão bibliográfica e método de procedimento de análise documental com uso da abordagem crítica dos discursos. A fundamentação teórica especifica se deu a partir de estudos prévios de amplo reconhecimento pelos pares, a saber: a) o estudo sobre as dificuldades e estratégias para a inserção e melhoria do desempenho escolar de deficientes visuais de Tamires Borges (2016); b) a busca do movimento com autonomia através da natação de Márcia Greguol (2010); e c) o estudo sobre a aprendizagem da natação com crianças com deficiência visual de Catarina Marazini (2006). Os achados nos permitiram concluir que, por um lado, os termos “integração”, “inclusão” e até “infusão” de indivíduos no contexto do esporte são usados como sinônimos para pessoas com deficiência; por outro lado, se foi constado que o termo “esportes para a integração”, no entanto, não conseguiu atingir o sentimento coletivo de inclusão e de adaptação daqueles indivíduos com deficiência; por fim, percebeu-se que o termo “atividade física adaptada” abrangeria o esporte com todos os grupos especiais, entre estes há de se inserir, as com pessoas com deficiência, doenças crônicas e outras restrições.

 

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Biografia do Autor

Francisco Renato Silva Ferreira, Faculdades Integradas de Patos (FIP)

[1] Graduação-licenciatura em Educação Física pelo Centro Universitário Dr. Leão Sampaio (UNILEÃO). Graduação-bacharelado em Educação Física pelo Centro de Ensino Superior de Piracanjuba EIRELI - Faculdade de Piracanjuba (FAP). Pós-graduado em Docência do Ensino Superior pelas Faculdades Integradas de Patos (FIP). Professor de desenvolvimento físico e esportivo do Sesc/ Juazeiro do Norte. Pesquisador-voluntário do Laboratório Interdisciplinar de Estudos da Violência (LIEV)/UNILEÃO.

E-mail: [email protected];

Miguel Melo Ifadireó, Universidade de Pernambuco (UPE)

[2] Doutor em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco. Professor do Mestrado Profissional em Ensino em Saúde do Centro Universitário Dr. Leão Sampaio (MePESa/UNILEÃO). Professor Assistente da Universidade de Pernambuco (UPE). Pesquisador-líder do Núcleo de Estudos em Gênero, Raça, Religiosidades, Organizações e Sustentabilidade (NEGROS/UPE). E-mail: [email protected];


Marlene Menezes de Souza Teixeira, Centro Universitário Dr. Leão Sampaio (UNILEÃO).

[3] Doutora em Educação em Ciências Química da Vida e Saúde pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professora do Mestrado Profissional em Ensino em Saúde do Centro Universitário Dr. Leão Sampaio (MePESa/UNILEÃO). Professora dos cursos de Saúde do Centro Universitário Dr. Leão Sampaio (UNILEÃO).

E-mail: [email protected];

Vanessa de Carvalho Nilo Bitu, Universidade Federal Rural de Pernambuco

[4] Doutora em Etnobiologia e Conservação da Natureza pelo Programa de Pós-Graduação em Etnobiologia da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Professora do Mestrado Profissional em Ensino em Saúde do Centro Universitário Dr. Leão Sampaio (MePESa/UNILEÃO). Professora dos cursos de Saúde do Centro Universitário Dr. Leão Sampaio (UNILEÃO).

E-mail: [email protected];

Tássia Lobato Pinheiro, Centro Universitário Dr. Leão Sampaio

[5] Graduação-bacharelado em Psicologia pela Universidade Ceuma (UNICEUMA). Pós-graduada em Gestão de Pessoas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Discente do Programa do Mestrado de Ensino em Saúde do Centro Universitário Dr. Leão Sampaio. Professora dos cursos de Psicologia, Administração e Gestão de Rh do Centro Universitário Dr. Leão Sampaio.

Endereço eletrônico: [email protected].


 

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Publicado

2019-10-28

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Artigos