RASTREIO DE NEOPLASIAS DE PRÓSTATA, PRECAUÇÕES NA SOLICITAÇÃO DO PSA EM PACIENTES IDOSOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Autores

  • Laryza Souza Soares Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte
  • Isabelle Lima Mendes Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte
  • Ana Carla da Silva Mendes Faculdade de Medicina Estácio Juazeiro do Norte - CE
  • Atônio Guilherme Túlio Silva Faculdade de Medicina Estácio Juazeiro do Norte - CE
  • Letícia Bezerra Morais Faculdade de Medicina Estácio Juazeiro do Norte - CE
  • Jonas Lima Pinho Faculdade de Medicina Estácio Juazeiro do Norte - CE

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v13i46.2014

Resumo

Introdução: O Câncer de próstata (CAP) tem média de incidência aos 66 anos. Geralmente, evolui com um bom prognóstico, com expectativa de sobrevida de cerca de 80%. Entre 2007 a 2018, internações por causa primária de CAP aumentaram gradativamente, com 25287 óbitos registrados, tendo maior prevalência a faixa etária de 70-79 anos. A triagem é feita através do antígeno prostático específico (PSA) com ou sem toque retal no intervalo de 2 a 4 anos para PSA <1ng/ml e entre 1 e 2 anos se >1ng/ml. Há praticamente aceitação universal de custo-benefício na triagem para paciente entre 55-69 anos, já para aqueles acima de 70 anos, as recomendações são heterogêneas. Objetivo: Compreender as limitações da solicitação do PSA em pacientes idosos. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática baseada no protocolo PRISMA, primeiro elaborou-se a pergunta-guia através do anagrama PICOS, definiu-se uma população de estudo, intervenção, conflito e desfecho, resumindo-se em: “ Até quando se deve solicitar o PSA em pacientes idosos?” A pesquisa foi feita em inglês com os descritores prostate-specific antigen e prostate e aged nas bases pubmed(936) e scielo(26) sendo que, dos 956, foram selecionados 15, datando de 2012 a 2019. Os critérios de inclusão foram: conter pelo menos dois descritores e responder a pergunta-guia no resumo. Foram excluídos artigos duplicados e com alto teor de viés. Resultados: Um estudo randomizado demonstrou que o rastreio com PSA é custo-efetivo em pacientes entre 55 e 60 anos com intervalos de um ou dois anos e menos custo-efetivo nas idades mais avançadas, reduzindo a sugestão de parada de rastreio entre 59 e 61 anos, antes, essa idade era de 70 a 71 anos. Outros sugerem que se deve individualizar o tempo de triagem entre 55 e 69 anos. Para reduzir gastos em saúde, o médico deve saber identificar quem se beneficiará do rastreio com PSA, já que, aos 65 anos, homens com baixo nível de PSA têm menor risco de diagnóstico de CAP na próxima década, sugerindo abordagem com menos intensidade. O rastreio pode-se iniciar aos 50 anos, ou aos 45, caso o paciente seja negro ou tenha histórico de CAP na família. Já aos 75 anos, o rastreio deve ser realizado apenas àqueles que tenham expectativa de vida maior que 10 anos. Conclusão: É necessário que haja uma decisão compartilhada entre médico e paciente idoso, para que ocorra uma conduta individualizada, avaliando prognóstico e funcionalidade do paciente, a fim de evitar iatrogenias e ofertar qualidade de vida.

 

Palavras-chave: antígeno prostático-específico; próstata; idoso.

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Biografia do Autor

Laryza Souza Soares, Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte

1 Autora , Acadêmica do curso de medicina na Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte.

E-mail: [email protected];

Isabelle Lima Mendes, Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte

2 Orientadora, docente na Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte. E-mail: [email protected];


SILVA, Antônio Guilherme Túlio3;MORAIS, Letícia Bezerra3; PINHO, Jonas lima3.

 

 

Ana Carla da Silva Mendes, Faculdade de Medicina Estácio Juazeiro do Norte - CE

3 Coautores , Acadêmicos do curso de medicina.

Atônio Guilherme Túlio Silva, Faculdade de Medicina Estácio Juazeiro do Norte - CE

3 Coautores , Acadêmicos do curso de medicina

Letícia Bezerra Morais, Faculdade de Medicina Estácio Juazeiro do Norte - CE

 

3 Coautores , Acadêmicos do curso de medicina

Jonas Lima Pinho, Faculdade de Medicina Estácio Juazeiro do Norte - CE

3 Coautores , Acadêmicos do curso de medicina

3; PINHO, Jonas lima3.

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Publicado

2019-09-08