TUMOR NEUROENDÓCRINO EM APÊNDICE ILEOCECAL: RELATO DE CASO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v13i46.2001

Palavras-chave:

Tumor neuroendócrino, Apendicite aguda.

Resumo

Introdução: As neoplasias do apêndice ileocecal ocorrem em torno de 1% das apendicectomias e 0,5% dos tumores intestinais diagnosticados. O quadro surge com uma incidência estimada na literatura de 0,15/100.000/ano, mais frequentemente no sexo feminino (2:1) na faixa etária dos 40-50 anos. Geralmente, são diagnosticados incidentalmente após apendicectomias, estimando-se que existam cerca de 3 casos em cada 1000 apendicectomias. Além disso, estes desenvolvimentos neoplásicos não se apresentam com clínica específica, sendo comumente abordados como quadro agudo abdominal. Objetivo: Apresentar o estudo de achados anatomopatológicos e histológicos de tumor neuroendócrino do apêndice ileocecal após quadro clínico de apendicite aguda. Relato de Caso: Homem de 46 anos, sexo masculino, recorreu ao Serviço de Urgência com queixa de dor abdominal localizada na fossa ilíaca direita e sinais de irritação peritoneal. Após diagnóstico de apendicite aguda, o paciente foi submetido a apendicectomia, evidenciando sinais intraoperatórios de apendicite avançada e  peritonite regional. Nesse ínterim, o material foi enviado para estudo patológico. No exame macroscópico notou-se área de 1,9 cm de comprimento, endurecida, de formas irregulares e amareladas, no terço distal do apêndice. A análise histopatológica confirmou amplo tecido necrótico e neoplásico com presença de ilhas invasivas de células epitelioides arredondadas e monótonas, invasão de tecido neural, angiolinfático e adiposo, sugerindo irradiação para mesoapêndice, em estado mitótico. Os achados evocam para a malignidade neoplásica.  Ademais, foi denotada uma margem tecidual comprometida, confirmando a persistência de neoplasia no paciente mesmo após a abordagem cirúrgica, recomendando a continuidade do tratamento. Conclusão: Os tumores neuroendócrinos do apêndice ileocecal são raros e o prognóstico é geralmente favorável. A apendicectomia simples é o tratamento cirúrgico de rotina e proporciona a cura na maioria dos casos.  Portanto, frisa-se a importância do envio de materiais coletados para análise do patologista, uma vez que esta auxilia na avaliação clínica, diagnóstico etiológico, luto familiar em casos de mortalidade, além de nortear a conduta médica na evolução do caso.

 

Palavras-chave: Tumor neuroendócrino; Apendicite aguda.

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Biografia do Autor

Pedro Walisson Gomes Feitosa, Universidade Federal do Cariri

Acadêmico de Medicina pela Universidade Federal do Cariri

Sávio Samuel Feitosa Machado, Universidade Federal do Cariri

Médico Patologista na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Cariri

Referências

Referências

DEANS GT, SPENCE RAJ - Neoplastic lesions of the appendix. Br J Surg 1995; 82: 299-306;

LOPES JUNIOR, Ascêncio Garcia; SAQUETI, Eufânio E.; CARDOSO, Luciene T. Q.. Tumor do apêndice vermiforme. Rev. Col. Bras. Cir., Rio de Janeiro , v. 28, n. 3, p. 228-229, June 2001 .

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Publicado

2019-09-08