USO DE DERIVADOS DO ÁCIDO ACETILSALICÍLICO PARA REDUÇÃO DO RISCO DE DESENVOLVIMENTO DE NEOPLASIAS PANCREÁTICAS

Autores

  • Jonas Lima Pinho Universidade Federal do Cariri - UFCA/CE http://orcid.org/0000-0001-5373-2326
  • Fabian Danilo Unigarro Ramirez Universidade Federal do Cariri (UFCA)
  • Ana Clara Tavares Filgueiras Universidade Federal do Cariri (UFCA).
  • Vinicius Gonçalves Domingos Universidade Federal do Cariri (UFCA)
  • Iri Sandro Pampolha Lima Universidade Federal do Cariri (UFCA)

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v13i46.1997

Palavras-chave:

câncer, pâncreas, aspirina, fosfo-aspirina, ácido acetilsalicílico

Resumo

Introdução: O câncer de pâncreas é uma doença que, apesar dos tratamentos que hoje existem, ainda continua com baixas taxas de sobrevida. Têm sido testadas várias opções de tratamento relativamente seguras e baratas que obtiveram sucesso em alguns modelos pré-clínicos. Estudos epidemiológicos esclareceram as possíveis associações entre o uso regular de aspirina e cânceres. A terapia com aspirina e com fármacos derivados do mesmo, tem demonstrado prevenir o câncer de pâncreas e pode ser útil na redução da recorrência de neoplasias pancreáticas na população.  Objetivos: Analisar a eficácia, benefícios e toxicidade que o uso crônico de aspirina e seus derivados têm na diminuição do risco de desenvolvimento de neoplasias pancreáticas. Metodologia: O presente trabalho consiste numa revisão sistemática norteada pela metodologia PRISMA, abordando estudos primários publicados na base de dados “Scopus (Elsevier)” entre 2016 e 2019 com os descritores: “cancer”, “pancreas” e “aspirin”. Os critérios de inclusão foram: artigos publicados nos últimos 4 anos, em inglês e espanhol, que associassem o uso de aspirina à redução do risco de desenvolver neoplasias pancreáticas. Excluíram-se comentários, revisões editoriais e cartas ao editor. Resultados: 23 estudos foram rastreados. Após leitura dos títulos e resumos e, posterior aplicação dos critérios de inclusão/exclusão, obtivemos uma amostra de 6 artigos. Estes estudos pontuam que o uso regular de aspirina parece reduzir o risco de câncer pancreático em quase metade e que a chance de desenvolver neoplasias pancreáticas diminuiu 8% por cada ano acumulado de uso de AAS. Além disso, pesquisas identificaram que a associação de AAS com Atorvastatina diminui o crescimento tumoral e aumenta a eficácia de quimioterápicos como a Gemcitabina. No entanto, é sabido que o uso contínuo de AAS ou outros AINES predispõe nos indivíduos complicações hemorrágicas e lesões na mucosa gástrica. Nesse sentido, foram desenvolvidos fármacos derivados da aspirina, como a fosfo-aspirina, que, em modelos pré-clínicos usando ratos, pareceu ser mais segura, não mostrando sinais de toxicidade durante o tratamento. Conclusão: É necessário que novas pesquisas sejam desenvolvidas com o fito de produzir novos tratamentos mais eficazes e menos invasivos que os atualmente disponíveis, garantindo, assim, uma maior taxa de sobrevida e uma diminuição do desenvolvimento deste tipo de câncer.


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Biografia do Autor

Jonas Lima Pinho, Universidade Federal do Cariri - UFCA/CE

1 Acadêmicos do curso de Medicina da UFCA

Fabian Danilo Unigarro Ramirez, Universidade Federal do Cariri (UFCA)

Acadêmico da Universidade Federal do Cariri (UFCA).

Ana Clara Tavares Filgueiras, Universidade Federal do Cariri (UFCA).

Acadêmico da Universidade Federal do Cariri (UFCA). 

Vinicius Gonçalves Domingos, Universidade Federal do Cariri (UFCA)

Acadêmico da Universidade Federal do Cariri (UFCA).  [email protected];

Iri Sandro Pampolha Lima, Universidade Federal do Cariri (UFCA)

2 Professor Adjunto do curso de Medicina da Universidade Federal do Cariri (UFCA). [email protected].

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Publicado

2019-09-08