REAÇÕES ALÉRGICAS ASSOCIADAS A QUIMIOTERÁPICOS E IMPLICAÇÕES NOS CUIDADOS NECESSÁRIOS A PACIENTES ONCOLÓGICOS IMUNODEPRIMIDOS: NOTAS INTRODUTÓRIAS
DOI:
https://doi.org/10.14295/idonline.v13i46.1996Palavras-chave:
Quimioterapia. Reações alérgicas. ImunodeprimidosResumo
Introdução: Apesar dos imensos avanços na evolução do tratamento do câncer a fim de reduzir os efeitos colaterais e toxicológicos das drogas antineoplásicas, o tratamento quimioterápico afeta de forma sistêmica todas as células do corpo humano apresentando baixa especificidade na destruição apenas de células neoplásicas o que pode desencadear uma série de reações alérgicas, as quais, podem ser graves e fatais para os pacientes oncológicos, dentre eles aqueles que se encontram imunodeprimidos devido ao uso de quimioterápicos. Objetivo: tem-se por objetivo enfatizar o conhecimento acerca de que muitos quimioterápicos apresentam caráter alergênicos e que o cuidado tanto durante a aplicação da medicação quanto ao longo de todo o tratamento é imprescindível, principalmente em pacientes imunocomprometidos. Método: A partir de uma revisão de literatura foram analisados artigos científicos em bases de dados como PUBMED, Scielo e google acadêmico utilizando como descritor, principalmente, quimioterapia associada a processos alérgicos, imunossupressão oncológica e efeitos colaterais dos corticoides. Resultados: todas as drogas quimioterápicas assim como qualquer outra medicação podem desencadear reações alérgicas, entretanto algumas drogas apresentam-se mais propensas a desencadear tais reações como sais de platina, taxanos e procarbazina, por exemplo (SILVA, 2015). A maioria das reações de hipersensibilidade apresentam-se clinicamente como urticária, prurido, angioedema, rash cutâneo, broncoespasmo e anafilaxia (SILVA, 2015). Nessa perspectiva, tais reações devem ser combatidas a fim de evita-se o agravamento clinico do paciente. Conclusão: Considera-se importante que os profissionais da saúde devem ter o conhecimento prévio sobre as drogas especificas que apresentam alto risco reacional alérgico, no intuito, de prevenir reações de hipersensibilidade nos pacientes. Sendo assim, o uso de anti-histamínicos e glicocorticoides infundidos antes ou associados a quimioterápicos devem ser empregados como uma alternativa viável, além de tomadas de decisões importantes sobre se aquele quimioterápico deve ser substituído ou descontinuado em prol do bem-estar do paciente, verificando-se o custo-benefício pautado na doença. Além disso, é necessário cautela ao receitar corticoides a longo prazo ou de forma indiscriminada a pacientes oncológicos principalmente os imunodeprimidos em casos de reações alérgicas, já que tais drogas podem baixar mais ainda a imunidade do paciente.
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