DESAFIOS ENFRENTADOS NO DIAGNÓSTICO CLÍNICO E LABORTORIAL DA SÍNDROME DE LISE TUMORAL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
DOI:
https://doi.org/10.14295/idonline.v13i46.1995Palavras-chave:
Síndrome de lise tumoral, Classificação de Cairo-Bishop, Emergência oncológica, CitotoxicidadeResumo
Introdução: Síndrome da lise tumoral é uma emergência oncológica grave caracterizada por uma série de desordens metabólicas responsáveis por distúrbios hidroeletrolíticos e falência de múltiplos órgãos(HIGDON; ATKINSON; LAWRENCE, 2018)(ELJACK et al., 2019). Comumente relacionada aos efeitos citotóxicos da quimioterapia de cânceres rapidamente progressivos, também pode ser resultante de radio e biologicoterapia, e espontaneamente, sobretudo em malignidades hematológicas ou tumores sólidos altamente proliferativos(DUBBS, 2018)(GANGIREDDY et al., 2019). A desordem eletroquímica é estabelecida pela destruição maciça de células tumorais e conseqüente liberação de produtos intracelulares, evoluindo para hiperuricemia, hipercalemia, hiperfosfatemia e hipocalcemia, os quais sobrecarregam o sistema de homeostasia orgânica (DUBBS, 2018)(ELJACK et al., 2019)(GANGIREDDY et al., 2019)(HIGDON; ATKINSON; LAWRENCE, 2018). Dessa maneira, a síndrome se constitui clinicamente de náusea, vômitos, fadiga, convulsões, injuria renal aguda, arritmia e até mesmo óbito. Em virtude de sua gravidade, é fundamental o rápido diagnóstico e manejo adequado para melhores resultados nesses pacientes (DUBBS, 2018). Objetivo: Discutir o diagnóstico e manejo da síndrome de lise tumoral e os seus desafios com base na literatura médica. Método: O presente estudo trata-se de um artigo de revisão sistemática, em que foram selecionados artigos na base de dados PubMed, publicados nos últimos cinco anos, na língua inglesa, com texto completo disponível. Diante da leitura de seus resumos, foram incluídos aqueles cujo tema central fosse coerente com o escopo desse trabalho. Resultados: A literatura recomenda investigar aqueles pacientes com câncer ou sem diagnóstico oncológico prévio, mas que se encaixem nos distúrbios metabólicos típicos da síndrome. Após suspeição clinica, deve-se iniciar investigação laboratorial da bioquímica sanguínea e monitorização do paciente, afim de flagrar os distúrbios eletroquímicos e/ou desordens orgânicas, bem como quantificar o grau de severidade da síndrome de lise tumoral, através do Sistema de classificação Cairo-Bishop(DUBBS, 2018)(GANGIREDDY et al., 2019). Para manejo inicial recomenda-se correção de distúrbios hidroeletrolíticos, hidratação vigorosa e referenciamento para equipe de oncologia e nefrologia (DUBBS, 2018)(ELJACK et al., 2019)(GANGIREDDY et al., 2019)(HIGDON; ATKINSON; LAWRENCE, 2018). Conclusão: Síndrome de lise tumoral possui conseqüências fatais, quando diagnóstico e manejo não são prontamente estabelecidos. Dessa forma, É possível evitar desfechos catastróficos quando o serviço de emergência possui equipe multidisciplinar e de fácil referenciamento entre setores de oncologia e nefrologia.
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Referências
DUBBS, S. B. Rapid Fire: Tumor Lysis Syndrome. Emergency Medicine Clinics of North America, Agosto 2018. 517-525.
ELJACK, A. et al. A New Challenging Strategy in the Prevention and Management of Tumor Lysis Syndrome in Patients with Chemo-Sensitive Hematological Malignancies. Hindawi Case Reports in Oncological Medicine, Maio 2019. 1-3.
GANGIREDDY, M. et al. Spontaneous Tumor Lysis Syndrome in Diffuse Large B-cell Lymphoma: Early Diagnosis and Management. Open Access Case Report, 5, n. 11, Maio 2019. 1-9.
HIGDON, M. L.; ATKINSON, C. J.; LAWRENCE, K. V. Oncologic Emergencies: Recognition and Initial Management. Novant Health Family Medicine Residency, 97, n. 11, Junho 2018. 741-748.
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