SCREENING DE CÂNCER COLORRETAL NA POPULAÇÃO COM IDADE SUPERIOR A 75 ANOS

Autores

  • Ana Carla da Silva Mendes Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte
  • Isabelle Lima Mendes Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte
  • Laryza Souza Soares Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte
  • Antônio Guilherme Túlio Silva Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte
  • Jaiany Rodrigues Libório Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte
  • Hianca de Souza Rodrigues Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v13i46.1989

Palavras-chave:

Neoplasias Colorretais, Idoso, Programas de Rastreamento

Resumo

Introdução: Câncer colorretal (CCR) é a 3° neoplasia mais comum do mundo e 90% dos casos são em pessoas com mais de 50 anos. No Brasil, estimou-se 36360 novos casos em 2018. CCR apresenta curso lento, logo, o diagnóstico precoce aumenta a chance de cura. O rastreio ocorre através de exame de sangue oculto nas fezes (SOF) anual, retossigmoidoscopia a cada 5 anos e SOF a cada 3  e colonoscopia a cada 10. Há consenso sobre o início aos 50 anos, bem como, na presença de sinais e sintomas e iniciar antes para pessoas de alto risco, mas há divergência quanto terminar aos 75 anos.  Objetivo: Observar se a triagem de CCR nos idosos, com mais de 75 anos, os benefícios superam aos riscos. Metodologia: Fez-se uma revisão sistemática baseada no Protocolo Prisma. A pergunta central foi elaborada a partir da determinação do PICO, que definiu população, intervenção, conflito e desfecho, indagando sobre a continuação do rastreamento de CCR em pessoas com idade maior que 75 anos possibilitando a melhoria da qualidade de vida. Usaram-se os descritores (Desc/BVS): "Colorectal Neoplasms”, “Mass Screening” e “Aged” no PubMed(141), COCHRANE(79) e Goolge Scholar(1), com os filtros: ensaio-clínico, estudo observacional e últimos 5 anos, dos 221 trabalhos, incluiu-se 6 em inglês e português, datando de 2016 a 2018. Os critérios de inclusão foram: estudos concluídos, retratar todos os descritores e responder a pergunta-guia. Resultados: O rastreio não é recomendando para pacientes com mais de 75 anos ou com menos de 10 anos de expectativa de vida caso a colonoscopia anterior for negativa, mas fazer colonoscopia e SOF até 85 anos para quem não passou por triagem prévia. Um estudo com rastreio por SOF, CCR foi diagnosticado em 62% dos pacientes com 51-60 anos, em 60% entre 61-70 anos e em 57% 71-80 anos. Uma população de 1.355.692, entre 70 e 79 anos, na grupo de 75-79 anos, naqueles que realizaram a colonoscopia, efeitos adversos ocorreram em 10,3 a cada 1000 e uma redução de risco de CCR 3% a 2,8% de risco de CCR quando comparadas aos que não realizavam. Um estudo observacional comparou 3 grupos: 65-69 anos, 76-84 anos e 85-89 anos, notou que o  rastreamento e o tratamento de CCR diminuía ao aumentar a idade e as comorbidades. Conclusão: O rastreio de CCR, em idosos maiores de 75 anos, deve ser uma decisão compartilhada entre médico e paciente, observando idade, estado de saúde e capacidade de tolerar os testes de triagem e intervenções, para que os benefícios superem os riscos.

 

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Biografia do Autor

Ana Carla da Silva Mendes, Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte

1 Autora; Acadêmica do curso de medicina na Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte.

e-mail: [email protected]

Isabelle Lima Mendes, Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte

2 Orientadora; Docente na Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte; e-mail: [email protected];

Laryza Souza Soares, Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte

3 Coautora; Acadêmica do curso de medicina na Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte.

 e-mail: [email protected];

Antônio Guilherme Túlio Silva, Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte

4 Coautor; Acadêmico do curso de medicina na Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte.

e-mail: [email protected];

Jaiany Rodrigues Libório, Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte

6 Coautora; Acadêmica do curso de medicina na Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte; e-mail: [email protected]

Hianca de Souza Rodrigues, Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte

5 Coautora; Acadêmica do curso de medicina na Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte.

e-mail: [email protected]


 

Referências

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Publicado

2019-09-08