Caracterização clínica e epidemiológica dos usuários atendidos na Unidade de Prono Atendimento (UPA) na cidade de Iguatu – Ceará / Clinical and epidemiological characterization of users assisted at the Emergency Care Unit (UPA) in the city of Iguatu – Ceará

Autores

  • Francisco Matheus de Sousa Brasil Centro Universitário INTA
  • Milena Brasil de Sousa Faculdade Vale do Salgado – FVS
  • Michele de Souza Brasil Faculdade Vale do Salgado – FVS

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v13i46.1949

Palavras-chave:

Classificação de Risco. Epidemiologia. Prevenção. UPA

Resumo

O presente estudo aborda a Classificação de Risco, que é proposto de acordo com aportaria 2.048 do Ministério da Saúde. Teve como objetivo descrever o perfil clínico-epidemiológico dos usuários atendidos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na cidade de Iguatu – Ceará. A metodologia foi quantitativa, de abordagem exploratória, descritiva e transversal, tendo como local da pesquisa a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na cidade de Iguatu – Ceará. A amostra constou de 516 prontuários cadastrados eletronicamente com diagnóstico médico pela UPA no mês de dezembro de 2017, bem como 10.490 prontuários dos meses de janeiro e fevereiro de 2017 que continham o registro da Classificação de Risco. A coleta dos dados foi realizada nos meses de março e abril de 2018. Resultados: Em proporção ao sexo, pacientes do sexo feminino se apresentaram em maior quantidade, sendo 268 mulheres (51,94%)e 248 homens (48,06%). Em relação à faixa etária, o atendimento é mais prevalente em crianças de 0 a 9 anos se apresentando em (32,95%), e menos prevalente em idosos a partir de 60 a 99 anos (13,56%). Quanto aos diagnósticos, os mais frequentes com maior prevalência foram lombalgia apresentadas por 86 pacientes (16,6%), mais prevalentemente na faixa etária de 20 a 69 anos, cefaléia apresentada por 68 pacientes (13,1%), mais prevalente na faixa etária de 10 a 59 anos e amigdalite por 64 pacientes (12,4%), que se apresentou com maior prevalência nas faixas etárias de 09 a 29 anos, enquanto nas faixas etárias de 50 a 99 anos não apresentaram a doença. Quanto a Classificação de Risco, os casos classificados como verde e azul totalizaram a maior parte do atendimento, compostos por 8.690 usuários (85,08%) enquanto os casos de urgência foram compostos pela minoria do atendimento, sendo 1.488 pacientes, apenas (12,65%). O perfil clínico e epidemiológico dos pacientes atendidos na Unidade de Pronto Atendimento é caracterizado por atendimentos não urgentes. Os atendimentos apontaram para queixas de baixa complexidade, podendo se observar patologias de níveis de atenção básica. Concluiu-se pela necessidade de maiores estudos que possam orientar melhor sobre os serviços de urgências e emergências, bem como sobre a  melhoria na triagem classificatória em situações de risco.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Francisco Matheus de Sousa Brasil, Centro Universitário INTA

2 Enfermeiro, graduado na Faculdade Vale do Salgado – FVS e pós graduando em Obstetrícia e Neonatologia na UNINTA. Endereço – Rua Ilídio Sampaio, n0 2295, Icó/Ceará, CEP: 63430-000. E-mail: [email protected].


Milena Brasil de Sousa, Faculdade Vale do Salgado – FVS

3 Enfermeira, graduada na Faculdade Vale do Salgado – FVS e pós graduanda em Obstetrícia e Neonatologia na UNINTA. Endereço – Rua Ilídio Sampaio, n0 2295, Icó/Ceará, CEP: 63430-000. E-mail: [email protected].

Michele de Souza Brasil, Faculdade Vale do Salgado – FVS

4 Assistente Social, graduada na Faculdade Vale do Salgado – FVS. Endereço – Rua Ilídio Sampaio, n02295, Icó/Ceará, CEP: 63430-000. E-mail: [email protected].

 


 

Referências

ACOSTA, A. M.; DURO, C. L. M.; LIMA, M. A. D. DA S. Atividades do enfermeiro nos sistemas de triagem/classificação de risco nos serviços de urgência: revisão integrativa. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 33, n. 4, p. 181–190, 2012.

ALBINO, R. M.; GROSSEMAN, S.; RIGGENBACH, V. Classificação de risco: Uma necessidade inadiável em um serviço de emergência de qualidade. Arquivos Catarinenses de Medicina, v. 36, n. 4, p. 70-75, 2007.

ARANAZ ANDRES, J. M. et al. Por que os pacientes utilizam os serviços de urgências hospitalares por iniciativa própria?. Gaceta Sanitaria, Barcelona, v. 20, n. 4, p. 311-315, ago. 2006.

BASTOS, J. L. D.; DUQUIA R. P. Um dos delineamentos mais empregados em epidemiologia: estudo transversal. Scientia Medica. 2007; 17 (4): 229-32.

BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria nº 2.048/GM de 5 de novembro de 2002. Regulamento técnico dos Sistemas Educacionais de Urgência e Emergência. Brasília, 2002. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2002/prt2048_05_11_2002.html> Acesso em 07 out. 2017

_________. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. HumanizaSUS: acolhimento com avaliação e classificação de risco: um paradigma ético-estético no fazer em saúde. (Série B. Textos Básicos de Saúde). 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2004b, 48 p.

_________. Ministério da Saúde. Política nacional de atenção às urgências. Brasília: Ministério da Saúde; 2006a.

_________. Ministério da Saúde. Regulação médica das urgências. Brasília: Ministério da Saúde; 2006b.

_________. Ministério da Saúde. HumanizaSUS: acolhimento e classificação de risco nos serviços de urgência. Brasília: Ministério da Saúde; 2009b.

_________. Ministério Saúde. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Plenário do Conselho Nacional de Saúde em sua 240ª Reunião Ordinária. Brasília, 2012. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html> Acesso em: 05 nov. 2017

CARRET, M, L, V.; FASSA, A, G. KAWACHI, I. Demanda por serviços de emergência de saúde: fatores associados ao uso inadequado. BMC Health Services Research, Londres, v.7, p. 131, Ago. 2007. Disponível em: <http://www.biomedcentral.com/content/pdf/1472-6963-7-131.pdf> Acesso em: 27 mai. 2018.

CEARÁ, Secretaria da Saúde do Estado do Ceará. Coordenadorias Regionais de Saúde. Ceará, 2010. Disponível em: <https://www.saude.ce.gov.br/index.php/regionalizacao> Acesso em 02 nov. 2017.

CEARÁ, Secretaria da Saúde do Estado do Ceará. Guia das Oficinas Regionais. PROJETO QUALIFICAAPSUS CEARÁ: Qualificando a Atenção Primária à Saúde no Estado. p.200–203, 2017.

CHIANCA, T. C. M.et al. Diagnósticos de enfermagem em pacientes classificados nos níveis I e II de prioridade do Protocolo de Manchester. Revista da Escola de Enfermagem, USP vol.47, n.6, São Paulo Dec. 2013.

COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução COFEN nº 159, de 19 de abril de 1993. Dispõe sobre a consulta de enfermagem. Rio de Janeiro: Cofen; 1993.

COREN-MG. Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais. Parecer COREN-MG nº 136, de 26 de setembro de 2011. Competência do enfermeiro para realizar a Classificação de Risco nos diversos pontos de atenção à saúde da população. Minas Gerais, Belo Horizonte; 2011.

COUTINHO, A. A. P.; CECÍLIO, L. C. DE O.; MOTA, J. A. C. Classificação de risco em serviços de emergência: uma discussão da literatura sobre o Sistema de Triagem de Manchester. Revista Médica de Minas Gerais, v. 22, n. 2, p. 188–198, 2012.

DIOGO, C. S. Impacto da relação cidadão – sistema de triagem de Manchester na requalificação das urgências do SNS. Dissertação (Mestre em Gestão dos Serviços de saúde) – Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa, Instituto Universitário de Lisboa, Lisboa, p. 22, 2007.

GANGLEY, L.; GLOSTER, A. S.Uma visão geral da triagem no departamento de emergência. Nursing Standard, v. 26, n. 12, p. 49–56, 2011

GROUSE, A. I.; BISHOP, R. O.; BANNON, A, M. O Sistema de Triagem Manchester fornece boa confiabilidade em um departamento de emergência australiano. Revista de Medicina de Emergência, v.26, n.7, p. 484-486, 2009.

GUEDES, M, V, C.; HENRIQUES, A, C, P, T.; LIMA, M, M, N. Acolhimento em um serviço de emergência: percepção dos usuários. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 66, n. 1, p. 31–37, 2013.

GUEDES, H, M. et al. Classificação de risco: retrato de população atendida num serviço de urgência brasileiro. Revista de Enfermagem Referência, v. 4, n. 1, p. 37–44, 2014.

GUTHRIE, F.; NICOLOSI, F.; STRAUSS, S. A prevalência de queixas de dor em uma população geral; Um estudo australiano. Associação Australiana de Medicina Musculoesquelética. Boletim Vol 9: 3 de dezembro de 1993.

GUTIERREZ, M. F.; BARBIERI, M. A. Sistema Único de Saúde e demanda ambulatorial – os pacientes do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP. Medicina Ribeirão Preto, Ribeirão preto, v. 31, n. 1, p. 81-98, jan./mar. 1998.

IBGE. Diretoria de Pesquisas. Coordenação de População e Indicadores Sociais. Estimativas da população residente com data de referência 1º de julho de 2017.

Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=230550>

Acesso em 02 nov. 2017

LÄHDET, F. E. et al. Análise de triagem em todo o mundo. Emergency Nursing, v. 17, n. 4. EUA 2009.

LUZ, G, D. Análise dos atendimentos dos serviços de emergência de um hospital geral. [trabalho de conclusão de curso]. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, Curso de Medicina; 1996.

MACKWAY-JONES, K.; MARDSEN, J.; WINDLE, J. Triagem de Emergência. Belo Horizonte: Grupo Brasileiro de Classificação de Risco, 2010

MADEIRA, D, B.; LOUREIRO, G, M. NORA, E, A. CLASSIFICAÇÃO DE RISCO: PERFIL DO ATENDIMENTO EM UM HOSPITAL MUNICIPAL DO LESTE DE MINAS GERAIS. Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.3 - N.2 - Nov./Dez. 2010.

MARQUES, G, Q.; LIMA, M. A. D. S. Organização tecnológica do trabalho em um Pronto atendimento e a autonomia do trabalhador de enfermagem. Revista da Escola de Enfermagem, USP 2008; 42(1): 41-7. Porto Alegre, RS.

MURRAY, M.; BULLAR, M.; GRAFSTEIN, E. Revisões ao Departamento de Emergência Canadense da Escala de Triagem e Acuidade implementação de diretrizes. Canadian Journal of Emergency Medical Care, v.6, n.6, p. 421-7, 2004.

NIEMAN, D, C. Exercício e Saúde. São Paulo: Manole, 1999.

OEHLING, G. C.; VILIBOR, R. A. O paciente com convulsão. In: VELASCO, I. T. Propedêutica na Emergência. São Paulo: Atheneu, 2005.

OLIVEIRA, M, L, F.; SCOCHI, M, J. Determinantes da utilização dos serviços de urgência/emergência em Maringá (PR). Ciência, Cuidado e Saúde, Maringá, v. 1, n. 1, p. 123-128, 2002.

OLIVEIRA, G, N. et al., Perfil da população atendida em uma unidade de emergência referenciada. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 19, n. 3, p. 1–9,2011.

PRODANOV, C, C.; FREITAS, E, C,DE. Metodologia do Trabalho Científico: Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. 2. ed. Novo Amburgo: Feevale, 2013. 277 p. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAg0OwAA/prodanov-freitas-metodologia-trabalho-cientifico-metodos-tecnicas-pesquisa-trabalho-academico>

Acesso em: 04 nov. 2017.

SÁNCHEZ LÓPEZ, J. et al. Frequência e características da demanda atendidas em um serviço de emergência hospitalar: circuitos de atenção. Emergências, Madrid, v. 17, n. 2, p. 52-61, 2005.

SANTOS A, C. O exercício físico e o controle da dor na coluna vertebral. Rio de Janeiro: Medsi, 1996.

SILVA N, N. PEDROSO G, C. PUCCINI R, F. FURLANI W, J. Desigualdades sociais e uso de serviços de saúde: evidências de análise estratificada. Revista de Saúde Pública 2000; 34 (1): 44-9.

SILVA, M. DE F. N. et al. Protocolo de avaliação e classificação de risco de pacientes em unidade de emergência. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 22, n. 2, p. 218–225, 2014.

SIMOES, J, A, R. Incidência de amigdalite aguda em crianças de 0 a 14 anos. Dezembro, 2000. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/236335498_Incidence_of_acute _tonsillitis_n_children_aged_0_to_14_years_Portuguese_original_Incidencia_de_amigdalite_aguda_em_criancas_dos_0_aos_14_anos> Acesso em: 24 mai. 2018.

SOUZA, C, C.; TOLEDO, A, D.; TADEU L, F, R.; CHIANCA T, C, M. Classificação de risco em pronto-socorro: concordância entre um protocolo institucional brasileiro e Manchester. Revista Latino-Americana de Enfermagem [Internet]. jan-fev 2011. 19 (1): [08 telas]. Acesso em: 28 mai. 2018. Disponível em: <http://www.redalyc. org/html/2814/281421953005/>

SOUZA, C, C. et al. Principais queixas de pacientes de urgência segundo o protocolo de classificação de risco de Manchester. Revista de Enfermagem UFPE Online, v. 6, n. 3, p. 540–548, 2012.

SPEAKE, D. Detectar pacientes de alto risco com dor no peito. Emergency Nurse, v. 11, n. 5, p. 19-21, set. 2003.

STEEL, I, R. Evolução dos sistemas de triagem. Emergency Medicine Journal, v.23, n.2, p. 154-155, 2006.

STERNBACH, R, A. Pesquisa de dor nos Estados Unidos: o relato de dor neprin. Clin J Pain 1986; 1: 49-53.

TONELI M, J, F. SOUZA, M, G, C. MÜLLER, R, C, F. Masculinidades e práticas de saúde: retratos da experiência de pesquisa em Florianópolis/SC. Physis 2010; 20 (3): 973-994.

TRAVERS, D. A. et al. Sistema de triagem de cinco níveis mais eficaz do que o de três níveis no departamento de emergência terciário. Journal of Emergency Nursing, v. 22, n. 5, p. 395–400, 2002.

VIEIRA, M, A.; LIMA, R, A, G. Crianças e adolescentes com doença crônica: convivendo com mudanças. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto v. 10, n. 4, p. 552-560, jul./ago. 2002.

Downloads

Publicado

2019-07-28

Edição

Seção

Artigos