Interseccionalidades em Saúde: Predomínio de Sífilis Gestacional em Mulheres Negras e Pardas no Brasil /

Autores

  • Tatiane Ribeiro de Morais Universidade Federal do Cariri, UFCA
  • Pedro Walisson Gomes Feitosa Universidade Federal do Cariri, UFCA, Brasil
  • Italo Constâncio de Oliveira Universidade Federal do Cariri, UFCA, Brasil
  • Milena Maria Felipe Girão Universidade Federal do Cariri, UFCA
  • Wendell da Silva Sales Universidade Federal do Cariri, UFCA, Brasil
  • Eulina Alves Sousa Brito Instituto Atena
  • Liliana Linhares Ribeiro Brito Coutinho Instituto Atena
  • Sally de França Lacerda Pinheiro Universidade Federal do Cariri, UFCA, Brasil
  • Wládia Gislaynne de Sousa Tavares Universidade Federal do Cariri, UFCA, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v13i45.1772

Palavras-chave:

Sífilis gestacional, Saúde pública, Epidemiologia

Resumo

A Sífilis Gestacional é responsável por altos índices de morbimortalidade intrauterina, representando um grave problema de saúde pública no grupo materno-infantil. O objetivo desse estudo foi retratar o cenário epidemiológico de sífilis gestacional no Brasil consoantes as variáveis de raça, escolaridade e idade, segundo dados do Boletim epidemiológico publicado pelo Ministério da saúde do Brasil, referentes ao ano de 2017. Para análise comparativa, foram utilizados também dados de 2009 e 2013 publicados na mesma edição. Neste trabalho observou‑se predomínio de mulheres com escolaridade inferior a 8 anos; de maioria parda, com idade de 20 a 29 anos. Os dados do presente estudo corroboram com a tese de que a sífilis, assim como outras DSTs, apresentam supremacia em grupos de riscos específicos, sugerindo a necessidade de implementação de políticas públicas preventivas e assistenciais valorizando a democratização e a equidade no cuidado em saúde.

 


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Biografia do Autor

Tatiane Ribeiro de Morais, Universidade Federal do Cariri, UFCA

1 Acadêmico de Medicina da Universidade Federal do Cariri, UFCA, Brasil. [email protected];

Pedro Walisson Gomes Feitosa, Universidade Federal do Cariri, UFCA, Brasil

2 Acadêmico de Medicina da Universidade Federal do Cariri, UFCA, Brasil. [email protected];

Italo Constâncio de Oliveira, Universidade Federal do Cariri, UFCA, Brasil

3 Acadêmica de Medicina da Universidade Federal do Cariri, UFCA, Brasil. [email protected];

Milena Maria Felipe Girão, Universidade Federal do Cariri, UFCA

4 Acadêmica de Medicina da Universidade Federal do Cariri, UFCA, Brasil. [email protected];

Wendell da Silva Sales, Universidade Federal do Cariri, UFCA, Brasil

5 Acadêmica de Medicina da Universidade Federal do Cariri, UFCA, Brasil. [email protected];

Eulina Alves Sousa Brito, Instituto Atena

6 Mestranda em Políticas públicas em saúde pelo Instituto Atena. [email protected];

Liliana Linhares Ribeiro Brito Coutinho, Instituto Atena

7 Mestranda em Políticas públicas em saúde pelo Instituto Atena;

Sally de França Lacerda Pinheiro, Universidade Federal do Cariri, UFCA, Brasil

6  Professora adjunta da Universidade Federal do Cariri, UFCA, Brasil. [email protected];


Wládia Gislaynne de Sousa Tavares, Universidade Federal do Cariri, UFCA, Brasil

7  Professora auxiliar da Universidade Federal do Cariri, UFCA, Brasil. [email protected].




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Publicado

2019-05-30

Edição

Seção

Artigos