Incidência e Caracterização dos Casos de Sífilis Congênita na Maternidade de um Hospital do Sudoeste Baiano
DOI:
https://doi.org/10.14295/idonline.v13i43.1542Palavras-chave:
Sífilis Congênita, Ficha de notificação, IncidênciaResumo
Dentre as diversas doenças que podem ser transmitidas durante a gestação, a sífilis aponta as maiores taxas de transmissão. Embora seja uma doença com tratamento simples e de fácil acesso, ainda segue como um grave problema de saúde pública. A sífilis congênita advém da gestante infectada resultando na disseminação hematogênica do Treponema pallidum por meio da via placentária para o feto. É classificada como doença de notificação compulsória para fins de vigilância epidemiológica, devendo ser notificada em uma ficha de notificação e/ou investigação. O objetivo deste estudo foi determinar a incidência e caracterização dos casos de sífilis congênita, na maternidade de um hospital do sudoeste baiano. Trata-se de uma pesquisa descritiva transversal em que a população do estudo compreendeu todos os casos investigados e notificados no ano de 2017. O principal instrumento para coleta de dados foi a ficha de notificação/investigação de sífilis congênita do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), onde foram retiradas todas informações dos casos de sífilis congênita. Foram notificados um total de 60 casos de sífilis congênita, com incidência estimada de 1,35 casos por mil nascidos vivos. Os resultados demonstraram associação com a variável cor materna parda (67,3%). Foi observado deficiência quanto ao preenchimento da ficha de notificação, levando a um número significativo de dados faltantes, o que corrobora a necessidade de desenvolver estratégias para aprimorar a qualidade dos sistemas de saúde. Os dados evidenciaram ainda, existir desafios para o alcance da erradicação da sífilis congênita, uma vez que é crescente o número de casos no país.
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