Estresse Laboral em Profissionais da Saúde na Ambiência da Unidade de Terapia Intensiva

Autores

  • Antonio Taumaturgo Sampaio Macêdo Faculdade de Medicina Estácio FMJ – Estácio FMJ
  • Morgana Tavares Dantas Sousa Faculdade de Medicina Estácio FMJ – Estácio FMJ
  • Rodrigo Luís Mousinho Gomes Universidade Federal de Pernambuco
  • Marco Antônio Bezerra Rolim FMABC
  • Jussara Evila Pinheiro Bastos Hospital Universitário Júlio Bandeira - HUJB, Cajazeiras, PB
  • Renata da Silva Adonias Dantas FMABC
  • Hermes Melo Teixeira Batista Estácio, FMJ
  • Eliane de Sousa Leite Hospital Universitário Júlio Bandeira

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v12i42.1350

Palavras-chave:

Estresse laboral. Esgotamento profissional.Estresse ocupacional.Profissionais de saúde. UTI

Resumo

O trabalho pode gerar sofrimento ao trabalhador dependendo da forma que é vivido, manifestando-se na forma de estresse, caracterizado pela readaptação do organismo a um agente que está causando algum desequilíbrio. Este estudo teve como objetivo principal investigar os fatores associados ao estresse laboral em profissionais que trabalham em ambiente de Unidade de Terapia Intensiva. Para tanto, foi realizado um estudo observacional, no qual médicos, fisioterapeutas e equipes de enfermagem de 02 (dois) hospitais da cidade de Barbalha, Ceará, responderam aos questionários sociodemográfico MTEG (modelo teórico para explicar o estresse em gerentes) e O Inventário de Sintomas de Stress para adultos de Lipp (ISSL). Participaram da pesquisa 55 profissionais, sendo os dados coletados em dois momentos: No primeiro os questionários foram entregues dentro de um envelope e no segundo os termos foram preenchidos junto ao aplicador, de maneira a evitar maiores constrangimentos. Ao final do trabalho pôde-se concluir que a maior prevalência de sintomas de estresse se deu nos profissionais da classe dos fisioterapeutas, do sexo feminino, com idade menor do que 38 anos e com menos de 4 anos de profissão. Os dados também revelam que, dos 55 indivíduos pesquisados, 16 (29%) apresentaram critérios positivos para estresse laboral, sendo 1 (2%)na fase 1 ou de alerta ou alarme, 13 (24%) na fase 2 ou luta ou resistência e 2 (3%) na fase 3 ou exaustão ou esgotamento. Quanto aos sintomas de estresse manifestados destacaram-se:Tensão muscular (81%) – nas últimas 24 horas, problema com a memória, esquecimento (81%) e sensação de desgaste físico constante(81%) – no último mês, cansaço excessivo (75%) e angústia ou ansiedade diária (69%) – nos últimos 3 meses.Propõe-se uma reflexão sobre possíveis medidas a serem adotadas no sentido de melhorar as condições de trabalho e sugerimos a realização de estudos mais elaborados sobre as repercussões do estresse com ênfase no profissional de Unidade de Terapia Intensiva.

 

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Antonio Taumaturgo Sampaio Macêdo, Faculdade de Medicina Estácio FMJ – Estácio FMJ


1 Graduado em fisioterapia pela Faculdade de Medicina Estácio FMJ – Estácio FMJ. E-mail: [email protected];

Morgana Tavares Dantas Sousa, Faculdade de Medicina Estácio FMJ – Estácio FMJ

2 Graduada em medicina pela Faculdade de Medicina Estácio FMJ – Estácio FMJ. E-mail: [email protected];

Rodrigo Luís Mousinho Gomes, Universidade Federal de Pernambuco

3 Mestrado em Medicina Interna pela Universidade Federal de Pernambuco, Brasil;

Marco Antônio Bezerra Rolim, FMABC

4 Mestrando em Ciências da Saúde pela FMABC

Jussara Evila Pinheiro Bastos, Hospital Universitário Júlio Bandeira - HUJB, Cajazeiras, PB

5 Enfermeira do Hospital Universitário Júlio Bandeira - HUJB, Cajazeiras, PB. Contato: [email protected]

Renata da Silva Adonias Dantas, FMABC

6 Mestre em Ciências da Saúde pela FMABC.

Hermes Melo Teixeira Batista, Estácio, FMJ

7 Doutorando em Ciências da Saúde pela FMABC, Médico do Hospital Universitário Júlio Bandeira - HUJB, Cajazeiras, PB, Professor de Emergências médica da Estácio, FMJ. Contato: [email protected];

Eliane de Sousa Leite, Hospital Universitário Júlio Bandeira

8 Doutorado em Enfermagem pela Universidade Federal da Paraíba, Brasil. Chefe Setor de Apoio Diagnóstico Terapêutico do Hospital Universitário Júlio Bandeira , Brasil.

 

 


Referências

CARVALHO, L.; MALAGRIS, L.E.N. Avaliação do nível de stress em profissionais de saúde. Estudos e pesquisas em psicologia, Rio de Janeiro, UERJ, v. 7, n. 3, p. 570-582, 2007. Disponível em: <http://www.revispsi.uerj.br/v7n3/artigos/pdf/v7n3a16.pdf>. Acesso em: 26 out. 2016.

BRASIL. Decisão n°0154/2016. Estabelece procedimentos para jornada de trabalho, controle de frequência e banco de horas no âmbito do Cofen. Diário Oficial da União. Disponível em: <http://www.cofen.gov.br/decisao-cofen-no-01542016_41714.html>. Acessado em: 29 set. 2016.

________. CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE. Resolução nº 466, de 12 dedezembro de 2012. Diário Oficial da União. Disponível em: <http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf>. Acesso em 12 set. 2016.

CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL. COFFITO. Enfim, a jornada máxima de 30 horas. O COFFITO. São Paulo, ano 1, n. 1, jan. 1995.

COSTA, Denize Dalla. O estresse do administrador de empresas privadas: um estudo em Cascavel – PR. 2006. 104 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia), Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Campo Grande, 2006.

DALFOVO, Michael Samir; LANA, Rogério Adilson; SILVEIRA, Amélia. Métodos quantitativos e qualitativos: um resgate teórico. Revista Interdisciplinar Científica Aplicada, Blumenau, v.2, n.4, p.01- 13, Sem II. 2008.

DOMAGALA et al. The Interrelationships of Coping Styles and Professional Burnout Among Physiotherapists: A Cross-Sectional Study. Medicina (Baltimore); v. 94, n. 24: e906.Jun,2015.

FRANÇA, A. C. L.; RODRIGUES, A. L. Stress e trabalho: uma abordagem psicossomática. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

FONTANA, D. Estresse: faça dele um aliado e exercite a autodefesa. São Paulo: Saraiva, 1994.

GOMES, A. R. et al. (2008). Stresse, saúde física, satisfação e “burnout” em profissionais de saúde: análise das diferenças em função do sexo, estado civil e agregado familiar. In: M. G. Pereira, C. Simães & T. McIntyre (Orgs.), Actas do II congresso família, saúde e doença: Modelos, investigação e prática em diferentes contextos de saúde (2ª ed., Vol. IV, pp. 178-192). Braga: Universidade do Minho.

GOMES, A. R.; CRUZ, J. F.; CABANELAS, S. (2009). Estresse ocupacional em profissionais de saúde: um estudo com enfermeiros portugueses. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 25, n. 3, p. 307-318.

GOMES, G. et al. O sofrimento psíquico em trabalhadores de UTI interferindo no seu modo de viver a enfermagem. Revista de Enfermagem, v. 14, n. 1, p. 93-99, 2006.

GRAZZIANO, E. S. Estratégia para redução do estress e burnout entre enfermeiroshospitalares. São Paulo, 2008. Disponível em: <http://pandora.cisc.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-14052009 101907/publico/Eliane_Grazziano.pdf>. Acesso em: 15 nov. 2016.

GUERRER, Francine Jomara Lopes; BIANCHI, Estela Regina Ferraz. Caracterização do estresse nos enfermeiros de unidades de terapia intensive. Rev. Esc. Enferm. USP; v. 42, n. 2,p. 355-362, 2008.

HANZELMANN, R. S; PASSOS, J. P. Imagens e representações da enfermagem acerca do stress e sua influência na atividade laboral. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v. 44, n. 3, 2010.

LAUTERT, Liana; CHAVES, Enaura H. B.; MOURA, Gisela M. S. S. O estresse na atividade gerencial do enfermeiro. Rev. Panam. Salud Publica/Pan Am J Public Health v. 6, n.6, 1999.

LIMA et al. Vulnerabilidade ao burnout entre médicos de hospital público do Recife. Ciênc. saúde coletiva, v. 18, n. 4, p.1051-1058, 2013.

LIPP, M. E. N.; Malagris, L. E. N. O stress emocional e seu tratamento. In B. Rangé (Org). Psicoterapias cognitivo-comportamentais: um diálogo com a psiquiatria (pp.475-490). Porto Alegre: Artmed, 2001.

LlPP, M.E.N.; TANGANELLI, M.S. Stress ocupacional de magistrados da justiça do trabalho: diferenças entre homens e mulheres. Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 15, p. 537-548, 2002.

MASLACH, C., SCHAUFELI, W. B., & LEITER, M. P. Job burnout. Annual Review of Psychology, v. 52, p. 397-422, 2001.

METZKER, C.A.B. O FISIOTERAPEUTA E O ESTRESSE NO TRABALHO: estudo de caso em um hospital filantrópico da cidade de Belo Horizonte-MG. Pedro Leopoldo. Faculdades Integradas de Pedro Leopoldo, 2011.

MORAES, L.F.R. et al. Implicações do gênero na qualidade de vida e estresse no trabalho da policia militar do estado de Minas Gerais. In: V CONGRESSO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES DE OURO PRETO, Anais..., 2001.)

PALÁCIO DO PLANALTO. Lei no 3.999, de 15 de dezembro de 1961.Altera o salário-mínimo dos médicos e cirurgiões dentistas. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/1950-1969/L3999.html>. Acesso em 29 set. 2016.

PARREIRA, G.S. Psicólogos e estresse: estudo de caso com profissionais atuantes em uma clínica credenciada pelo Detran-MG. Pedro Leopoldo-MG. 2006. [Dissertação de Mestrado Administração], Faculdades Integradas de Pedro Leopoldo, 2006.

RANGÉ, B. Psicoterapia comportamental. In: RANGÉ, B. (Org.). Psicoterapia comportamental e cognitiva: pesquisa, prática, aplicações e problemas. Capítulo 3. São Paulo: Livro Pleno, 2001.

RIBEIRO, L. C. C; BARBOSA, L. A. C. R; SOARES, A. S. EVALUATION PREVALENCE OF BURNOUT AMONG PUBLIC SCHOOL TEACHERS AND THEIR RELATIONSHIP TO SOCIODEMOGRAPHIC.R. Enferm. Cent. O. Min.; v. 5, n. 3, p. 1741-1751, set/dez 2015.

SAMPIERI, R.H. et al. Metodologia de la investigación. México, McGraw-Hill, 1991.

SANTOS, C. M. C.; ROCHA, L. S. A. D. O stress e o professor em uma escola de formaçãode professores na cidade do Rio de Janeiro. Monografia não-publicada apresentada ao Departamento de Psicologia Clínica, Instituto de Psicologia, Universidade Federal do Rio deJaneiro, 2003.

SELYE, H. Stress: a tensão da vida. 2. ed., 351 p. São Paulo: IBRASA, 1965.

SILVA, P.L.A. Percepção de fontes de estresse ocupacional, coping e resiliência no fisioterapeuta. [Dissertação de Mestrado em Fisioterapia]. Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Saúde. Universidade Católica de Goiás.Goiânia, 2006.

ŚLIWIŃSKI, Zbigniewet al.LIFE SATISFACTION AND RISK OF BURNOUT AMONG MEN AND WOMEN WORKING AS PHYSIOTHERAPISTS. International Journal of Occupational Medicine and Environmental Health;v. 27, n. 3, p. 400 – 412, 2014.

TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.

WURM, Walter et al. “Depression-Burnout Overlap in Physicians.” Ed. Jacobus van Wouwe. PLoS ONE, 11.3, 2016.

ZILLE, L. P. Novas perspectivas para abordagem do estresse ocupacional em gerente: estudos em organizações brasileiras de diversos setores.(Tese de Doutorado). Belo Horizonte: CEPEAD/FACE/UFMG, 2005.

ZILLE, P.L.; BRAGA, C.D.; MARQUES, A.L. Estresse no trabalho: estudo de caso com gerentes que atuam em uma instituição financeira nacional de grande porte. Revista de Ciências de Administração, v. 10, n. 21, p. 175-196, mai./ago, 2008.

Downloads

Publicado

2018-10-31

Edição

Seção

Artigos