LEUCEMIA DE CÉLULAS PLASMOCITÁRIAS COM NEUTROPENIA FEBRIL: UM RELATO DE CASO

Autores

  • Sheezara Teles Lira dos Santos Faculdade de Medicina Estácio FMJ
  • Samia Israele Braz do Nascimento Faculdade de Medicina Estácio FMJ
  • Maxsuel Rolim da Costa Faculdade de Medicina Estácio FMJ

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v12i40.1101

Palavras-chave:

Leucemia de Células Plasmocitárias, neutropenia febril

Resumo

Introdução: A Leucemia de Células Plasmocitárias (LCP) é uma desordem linfoproliferativa rara – representa de 1 a 2% do total das neoplasias hematológicas-, caracterizada pela presença de plasmócitos absolutos de mais de 2x109 células ou mais de 20% de células plasmáticas no sangue periférico. Apresenta dois quadros: primária, leucemia no momento do diagnóstico, e secundária, consequência da transformação de um mieloma múltiplo conhecido. Acomete mais o sexo feminino, com prevalência entre 50 e 70  anos. Entre as manifestações clínicas, observam-se lesões líticas, fraturas patológicas, hepatoesplenomegalia, entre outros. É uma doença agressiva e com má resposta ao tratamento, com sobrevida média de 18 a 20 meses. A Neutropenia Febril é considerada uma emergência oncológica, representada pela ocorrência de febre em pacientes em tratamento quimioterápico com contagem de neutrófilos menor que 500/mm3. Objetivo: Relatar o caso de uma paciente portadora de Leucemia de Células Plasmocitárias que evoluiu com Neutropenia Febril. Descrição do caso: Trata-se de uma paciente, S.G. S., 59 anos, sexo feminino, admitida na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), proveniente da Enfermaria Oncológica, onde estava internada há 7 dias com quadro de Febre e Dispneia e suspeita de Neutropenia Febril. É portadora de Leucemia de Células Plasmocitárias e estava no 1º ciclo de Quimioterapia, sem outras comorbidades. Evoluiu com rebaixamento do nível consciência, quando foi intubada. Foram repostos 2 concentrados de hemácias, por queda do hematócrito, mas sem evidências de sangramento. Além disso, a paciente evoluiu com disfunção renal(Cr 2,3 mg% e Ureia 161 mg%) e distúrbios eletrolíticos (hipomagnesemia, hipocalcemia e hipofosfatemia). Realizou TC de Crânio que evidenciou espessamento mucoso em seio esfenoidal esquerdo. Fez uso de Cefepime, Bactrin, Metronidazol, Aciclovir profilático. Ficou por 15 dias na UTI, quando foi a óbito por parada cardiorrespiratória. Conclusão: A Leucemia de Células Plasmocitárias ainda continua sendo um grande desafio para a oncologia, sobretudo em casos de emergência como o caso descrito. Mesmo com o diagnóstico e tratamento precoce, o estado crítico da paciente pode interferir negativamente no desfecho final.

 

 

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Biografia do Autor

Sheezara Teles Lira dos Santos, Faculdade de Medicina Estácio FMJ

 

 

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Publicado

2018-03-10