TERAPIAS ONCOLÍTICAS VIRAIS PARA O TRATAMENTO DO GLIOBLASTOMA MULTIFORME: REVISÃO SISTEMÁTICA

Autores

  • Maria Rebeca Feitosa Ribeiro Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte
  • Lucas Tavares Cruz de Albuquerque Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte
  • Daianny Mesquita Ponte Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte
  • Leyde Jenifer Dias Uchôa Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte
  • Caroline Pereira Modesto Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte
  • Giovany Michely Pinto da Cruz Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte.

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v12i40.1090

Palavras-chave:

Glioblastoma (Glioblastoma). Zika (Zika). Sarampo (Measles)

Resumo

Introdução: Glioblastoma Multiforme (GBM) é o tumor cerebral mais frequente em adultos e possui uma alta taxa de mortalidade. A média de sobrevida dos pacientes com esse tipo de câncer é de 12 meses. Além disso, ele costuma apresentar resistência aos tratamentos convencionais. Desse modo, estão sendo investigados tratamentos auxiliares para o GBM, incluindo o uso de cepas modificadas de vírus, dentre os quais estão o Vírus da Zika (ZIKV) e o Vírus do Sarampo (MV). Objetivos: Analisar duas terapias oncolíticas virais auxiliares no combate ao GBM. Métodos: Foi feita uma revisão sistemática sem metanálise, cujos artigos foram buscados nas bases de dados eletrônicas PubMed e SciELO. Os critérios de inclusão foram: artigos com o idioma em inglês e português, publicados entre 2013 e 2018, cujos estudos fossem do tipo ensaio clínico, com não humanos sendo a população em estudo. Foram encontrados 21 artigos, porém apenas 5 foram selecionados, pois cumpriam os critérios de inclusão. O protocolo utilizado foi o PRISMA. Resultados: Com a análise dos estudos, podemos observar que o GBM possui células iniciadoras de tumor (GSCs), que aumentam a malignidade tumoral e a resistência terapêutica, e em decorrência disso e por ter alta chance de recorrência, várias terapias estão sendo testadas para auxiliar no tratamento do GBM, incluindo a terapia oncolítica viral. Os mecanismos dessas terapias ainda não são bem conhecidos, mas observou-se que o ZIKV atuou induzindo a síntese de digoxina nas células tumorais, a qual inibe a bomba sódio-potássio e ativa a Caspase-3, que gera apoptose, liberando espécies reativas de oxigênio e ocasionando a morte celular, de forma a alterar a tradução do DNA, afetando a síntese proteica. Já o vírus do sarampo atuou produzindo um efeito citotóxico sobre as células do GBM, gerando uma inibição do crescimento do tumor. A partir da análise dos estudos, constatamos que os benefícios dessas terapias são o fato de possuírem  seletividade  pelas   células   tumorais  e   de   aumentarem  a sobrevida. Conclusão:  Apesar  de  terem sido  analisados  vírus  modificados  de diferentes cepas, concluimos que mais estudos precisam ser realizados com o intuito de conhecer melhor os efeitos do uso desse tipo de terapia, podendo até ser estudada a combinação do ZIKV com o MV, pois percebemos que ambos os vírus atuam interferindo nas GSCs, porém em receptores diferentes. Isso somado à quimioterapia e à ressecção cirúrgia pode ter um efeito mais eficiente no combate ao GBM.

 

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Biografia do Autor

Maria Rebeca Feitosa Ribeiro, Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte

 

 

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Publicado

2018-03-10