PERSPECTIVAS DE TRATAMENTO DO CÂNCER COLORRETAL A PARTIR DA CRISINA

Autores

  • Karla Graziely Soares Gomes Faculdade de Medicina da UFCA
  • Maria Stella Batista de Freitas Neta Faculdade de Medicina da UFCA
  • Maria Eliana Pierre Martins Faculdade de Medicina do ABC paulista; Faculdade de Medicina da UFCA;

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v12i40.1085

Palavras-chave:

Crisina. Câncer Colorretal. Flavonas. Flavonoides. Saúde Natural

Resumo

Introdução: A crisina é um quimioprotetor natural da classe das flavonas. Recentemente, tem-se intensificado os estudos desenvolvidos com essa substância e, com isso, são descobertas novas propriedades nutracêuticas que abrangem atributos terapêuticos de doenças, incluindo o câncer. Contudo, no Brasil, alguns tipos de câncer, como o câncer colorretal, não fazem parte dos programas de rotina de políticas públicas, dificultando o rastreamento, a prevenção e, portanto, o tratamento da doença, já que se apresenta, geralmente, assintomático. Objetivo: O presente estudo tem por intuito realizar uma revisão das propriedades relacionadas à crisina e as interpretações quando correlacionada ao câncer colorretal (2º e 3º mais comum nas mulheres e homens brasileiros, respectivamente), destacando possíveis vias de tratamento e de prevenção que contribuam para melhorar a condição de saúde e de vida de tais indivíduos. Método: Foi desenvolvida uma revisão sistemática de artigos identificados dos cinco últimos anos (2014 a 2018). Para tanto, a estratégia de busca utilizou descritores de acordo com a nomenclatura MeSH (flavonoids, cancer and colon) nas bases de dados PubMed, Medline, Scopus e Lilacs. Nessa perspectiva foram encontrados 482 artigos, dos quais apenas 9 foram incluídos na análise completa, baseados em critérios de elegibilidade temática. Resultados: Ao analisar o câncer colorretal, percebe-se que é causado por uma série de fatores de natureza dietética, genética e ambiental, sendo que grande parte se inicia a partir de pólipos, inflamação intestinal e outros contribuintes. Posto isso, nos artigos analisados, constatou-se que a crisina tem atividades antioxidantes, anti-inflamatórias, anticancerígenas e antivirais. Conjuntamente, a crisina exerce efeitos citotóxicos com a apoptose nas células CT26, demonstrando efeito anticancerígeno nas células cancerosas do cólon. Tais efeitos se estendem quando analisada em conjunto com substâncias de tratamento do câncer de cólon, como o 5-fluorouracil. Assim, crisina é uma alternativa para esse tipo de câncer, pois diminui tanto as lesões patológicas quanto o número de focos de cripta aberrantes. Conclusão: Essas descobertas introduzem a crisina como um agente terapêutico do câncer de cólon, sendo necessário o desenvolvimento de mais estudos que elucidem de forma mais aprofundada esses aspectos e outros ainda não identificados para que ela possa contribuir, de fato, para atenuar essa realidade de muitos brasileiros.

 

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Karla Graziely Soares Gomes, Faculdade de Medicina da UFCA

 

 

Downloads

Publicado

2018-03-10