ACANTOSE NIGRICANS COMO SÍNDROME PARANEOPLÁSICA: ASPECTOS CLÍNICOS

Autores

  • Inêz Gabrielle Duarte Sousa Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte
  • Daniela Matos Carneiro Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte
  • Paula Gabriella de Sousa Araújo Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte
  • Maria Mirelle Ferreira Leite Barbosa Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte
  • Filipe Rolim Medeiros Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte
  • Rafaela Matos Carneiro Universidade Regional do Cariri – URCA (CE)
  • Millene Ivania Ferreira Leite Barbosa Hospital Getúlio Vargas - HGV - Recife (PE)

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v12i40.1075

Palavras-chave:

paraneoplastic syndromes, acanthosis nigricans, neoplasms

Resumo

Introdução: A Acantose Nigricans (AN) é caracterizada pela presença de placas acastanhadas, simétricas, não pruriginosas nas dobras da pele e na parte de trás do pescoço que podem infiltrar e se apresentar como placas hiperqueratóticas. Já a Síndrome Paraneoplásica é uma condição que surge em associação a uma malignidade em outro lugar do corpo, mas, por si só, não é cancerígena. Objetivo: Revisar as evidências das características clínicas da acantose nigricans do tipo maligna. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura com levantamento de dados no Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde - BVS utilizando os unitermos doDeCS - Descritores em Ciências da Saúde“Paraneoplastic syndromes”, “Acanthosis nigricans” e “Neoplasms”. Foram incluídos relatos de casos publicados entre 2008-2017, em inglês, que tinham como assunto principal “Acantose Nigricans” e que permitiam acesso ao texto completo. Dos 12 artigos encontrados, 9 foram selecionados conforme adequação à proposta deste trabalho. Resultados: A AN é causada por fatores que estimulam a proliferação de queratinócitos epidérmicos e fibroblastos dérmicos. Pode se apresentar de forma benigna ou maligna. A forma benigna está associada à resistência à insulina, obesidade e uso de alguns medicamentos enquanto a maligna está associada à tumores. Apesar da AN maligna ser rara vários tipos de cânceres tem sido relatados, nos quais os intraabdominais são os mais comuns, particularmente, o adenocarcinoma gástrico. A AN maligna é clinicamente indistinguível das formas benignas, entretanto, é importante desconfiar quando as lesões surgem rapidamente, são extensas, sintomáticas, vistas em locais atípicos ou apresentam rápida progressão. Ademais, pode coexistir com outros marcadores cutâneos de malignidade como o sinal de Leser Trelat, hipertricose lanuginosa, “palmas em tripa” e papilomatose florida cutânea. Finalmente, a AN pode desaparecer com o tratamento da malignidade e reaparecer no caso de recorrência ou metástase. Conclusão: As alterações cutâneas podem ser pistas importantes para o diagnóstico de malignidade e o reconhecimento precoce da sinalização de paraneoplasia cutânea é de grande valor para prevenir a progressão da neoplasia. Dessa forma, qualquer caso de AN incomum deve ser investigado de forma vigorosa afim de procurar tumor subjacente, pois o diagnóstico oportuno e o tratamento adequado podem resultar em um desfecho menos desfavorável ao paciente.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Inêz Gabrielle Duarte Sousa, Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte

 

 

 

Downloads

Publicado

2018-03-10