PROGRESSOS DA NANOTECNOLOGIA NO TRATAMENTO TUMORAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
DOI:
https://doi.org/10.14295/idonline.v12i40.1055Palavras-chave:
Câncer. Nanotecnologia. Tratamento tumoralResumo
Introdução: A ciência da nanotecnologia baseia-se na manipulação de átomos, moléculas e estruturas supramoleculares para originar e utilizar materiais em escala manométrica. Esses nanomateriais no contexto oncológico (nanocarreadores) são internalizados pelas células, possibilitando uma liberação prolongada de substância no sitio de ação e, com isso, ampliando a utilidade da droga antineoplasica. Objetivos: mapear as evidencias cientificas relativos ao estudos in vivo, envolvendo nanocarreadores lipídicos contendo fármacos citotóxicos voltados ao tratamento de tumores. Método: revisão sistemática de literatura de estudos primários e secundários, realizado no período de 2010 a 2017, nas seguintes bases de dados: PubMed, Scielo e LILACS. Utilizou-se os descritores: nanotechnology, treatment, além da palavra-chave: câncer ,combinados com operador booleano and, conforme a seguinte equação de busca: treatment and nanotechnology and câncer. Resultados: O uso dos descritores resultou em 5795 estudos, que após usar os critérios de inclusão e exclusão (artigos na integra, em inglês e português, testes em ratos e em humanos e artigos que contemplavam o tema) foram selecionados 25 artigos. Os principais resultados desses estudos mostram que hoje há vários nanoparticulas aprovadas pelo Food and Drug Administration (FDA). Em meio a essas, destacam-se: formulações lipossomais de doxorrubicina, a Doxil®, que foram os primeiros nanocarreadores aprovados para carrear uma série de quimioterápicos, trata o câncer de ovário, e está em fase experimental em ratos para o desenvolvimento de nanoparticulas lipídica solidas contendo o quimioterápico para ser usado de forma direcionada no câncer de pele. Outro exemplo é o Abraxane®, no qual o quimioterápico paclitaxel associado à albumina, para tratar câncer de mama e pâncreas. Há muitos testes pré-clínicos que revelam um potencial de novos fármacos. Essas novas macromoléculas são peptídeos, plasmídeos e, recentemente, inibidores de genes por silenciamento de RNA de interferência. Conclusão: O uso de nanocarreadores como forma de entrega de drogas pode potencializar as propriedades farmacológicas dos compostos normalmente utilizados no tratamento de câncer. Muitos desses foram aprovados para uso clínico e outros encontram agora em estágio de testes clínicos. Os oncologistas, no futuro, devem contar com arranjos especiais de nanocarreadores e moléculas alvo, que, seguramente contribuiriam nos resultados terapêuticos.
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