SARCOMA DE EWING: UM RELATO DE CASO
DOI:
https://doi.org/10.14295/idonline.v12i40.1053Palavras-chave:
Sarcoma de Ewing, Diagnóstico, Neoplasia infantilResumo
Introdução: O Sarcoma de Ewing (ES), com incidência de 1/1.000.000 de pessoas, é, em sua maioria (80%), uma neoplasia originária dos ossos, compreendendo o segundo tumor primário mais comum entre crianças e adolescentes.1,2 É uma entidade maligna agressiva, sendo os homens mais acometidos que as mulheres na razão de 1,5:1, e tendo maior prevalência entre pacientes caucasianos em comparação aos de origem africana.1 Objetivo: Relatar o processo investigativo de uma paciente com massa abdominal a esclarecer, até chegar ao diagnóstico etiológico preciso. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 12 anos, procedente de Barbalha – CE, compareceu ao ambulatório de Ginecologia do Hospital Maternidade São Vicente de Paulo queixando-se de dor em região pélvica iniciada há um mês, com irradiação para face anterior da coxa, agravada no período menstrual e associada à perda ponderal de 6 kg durante a evolução da dor. Procedeu-se à investigação diagnóstica com a realização de Ultrassonografia (USG) abdominal e Tomografia Computadorizada (TC) de pelve, esta evidenciou volumosa lesão expansiva heterogênea, predominantemente cística com várias septações grosseiras de permeio, de localização pré-sacral. Realizou-se laparotomia exploradora na expectativa da massa anexial evidenciada ter etiologia ovariana; no entanto, os achados cirúrgicos foram útero e ovários normais e massa de consistência fibro-cística volumosa retroperitoneal aderida ao reto. Como seguimento, foi realizada biópsia percutânea da lesão, que demonstrou neoplasia pouco diferenciada, sugestiva de Tumor de Wilms. Em complemento foi solicitado perfil imunohistoquímico que, em conjunto com os achados morfológicos, foi consistente com Sarcoma de Ewing/Tumor Neuroectodérmico Primitivo (PNET). Após resultado, em virtude do tipo de tumor e da idade, paciente foi transferida para o Hospital Infantil Albert Sabin, em Fortaleza. Conclusão: O caso dá luz à importância da persistência na investigação diagnóstica de patologias que não foram bem elucidadas a despeito da utilização de recursos de imagem e laboratoriais refinados. Apesar de doenças raras não fazerem parte do escopo médico cotidiano, seu diagnóstico não deve ser negligenciado ou menosprezado, pois oportuniza a obtenção de tratamento especializado.
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