Hepatite C: Riscos e Consequências em Usuários de Drogas
DOI:
https://doi.org/10.14295/idonline.v12i39.1029Palavras-chave:
Hepatite C, Drogas injetáveis, Usuários de drogas, Vulnerabilidade socialResumo
A hepatite C é uma inflamação hepática que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, atinge cerca de 130 milhões de pessoas. Ela pode estar relacionada a diversos fatores, como o uso de alguns fármacos, a intoxicação por agroquímicos e a contaminação por agentes infecciosos. A sintomatologia, em sua maioria, é crônica; por isso, em muitos casos, leva anos para manifestar os sintomas. Portanto, normalmente muitas pessoas são infectadas mas não sabem, visto que a identificação dos sintomas é decorrente de um longo período. Objetivo: Elucidar o impacto da Hepatite C na qualidade de vida de pacientes usuários de drogas. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica com base em artigos disponíveis nas bases de dados SciELO, LILACS e PubMed. Os descritores empregados na busca foram: hepatite C, abuso de substâncias por via intravenosa, vírus da hepatite, uso comum de agulhas e seringas, genótipo do HCV, virologia do HCV e seus correspondentes em inglês. Os critérios de inclusão foram: estudos empíricos sobre o alto risco de infecção em usuários de drogas e estudos voltados para os problemas psicológicos e sociais; e o de exclusão: artigos direcionados para outros tipos de hepatite. Ademais, apenas artigos publicados a partir do ano 2000 foram relevantes para a extração de dados. Foram encontrados 1.144 artigos. Desse total, foram apurados 31 com base nos critérios de inclusão e exclusão. Discussão: A partir dos dados encontrados, analisou-se que a Hepatite C não possui a mesma atenção social que é voltada para outras doenças, como o HIV. Além disso, foi revelado o baixo nível de conhecimentos das pessoas a respeito dessa doença. Conclusão: Com as análises, pode-se perceber a alta prevalência do vírus da hepatite C em usuários de drogas injetáveis e as consequências da manifestação silenciosa da doença seguidas pelas dificuldades de lidar com o diagnóstico - transtornos mentais e sociais.
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