A Prevalência de Hipóxia perinatal em gemelares de Maternidade Pública em Juazeiro do Norte – CE

Autores

  • Maria de Lourdes Gomes Barbosa
  • Célia Maria Machado Barbosa de Castro Universidade Federal de pernambuco - UFPE
  • Maria Valéria Leimig Telles Faculdade de Medicina Estácio de juazeiro do Norte - CE
  • Ana Luísa Barbosa Belarmino Instituto Tocantinense Antônio Carlos
  • Lucas Leimig Telles Parente Faculdade de Medicina Estácio - Juazeiro do Norte - CE
  • Aléxia Bezerra de Mendonça Faculdade de Medicina Estácio - Juazeiro do Norte - CE
  • Rodrigo Emmanuel Leimig Telles Parente

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v10i31.538

Palavras-chave:

Asfixia, Gemelaridade, Hipóxia, Recém-nascido

Resumo

Hipóxia perinatal é considerada como uma das condições fetais que pode está relacionada à gemelaridade. Este estudo teve como objetivo quantificar a prevalência de hipóxia perinatal em gemelares.Trata-se de um estudo transversal, utilizando a revisão de prontuários de gemelares nascidos vivos, de janeiro a dezembro de 2013, no Hospital Municipal São Lucas, em Juazeiro do Norte-CE. O número total dos partos gemelares foi de 34 partos dos quais, a hipóxia apresentou um percentual de 50% ou seja, 17 casos. A maior prevalência dos dados maternos foi: 94% das mulheres tinham entre 16 e 35 anos de idade; 65% eram solteiras; 59% tinham o ensino fundamental completo; 94% tiveram entre 1 a 5 gestações; 65% fizeram entre 6 a 10 consultas de pré-natal; 88% tinham menos de 37 semanas de idade gestacional; 32% eram fumantes e 68% não. Os resultados dos dados de RNs foram:65% foram de parto cesário; 76% apresentação cefálica; 41% tiveram menos de 12 horas no tempo de bolsa rota durante o parto; 65% com Apgar acima de 5 no quinto minuto de vida; 34% do sexo masculinos e 47% femininos; 50% tinham menos de 34 semanas de vida e 53% tinham baixo peso ao nascer. Ressalvamos que muitas das causas que contribuíram para a hipóxia em gemelaressão  passíveis  de serem modificados através  de medidas preventivas no serviço de saúde. Para isso é fundamental uma adequada assistência à gestante durante o pré-natal, assim como, uma atenção humanizada ao parto e ao recém-nascido.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AMERICAN COLLEGE OF OBSTETRICIANS AND GYNECOLOGISTS AND AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS.Neonatal encephalopathy and cerebral palsy: defining the pathogenesis and pathophysiology. Washington DC: ACOG, 2003.

AUMANN, G. M. E.; BAIRD, M. M. Avaliação do risco em gestantes. In: KNUPPEL, R. A.; DRUKKER, J. E. (Orgs.). Alto risco em obstetrícia: um enfoque multidisciplinar. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. p. 13-36.

AZZOPARDI, D.et al.Effects of hypothermia for perinatal asphyia on childhood outcomes. Engl J Med., v. 371, n. 2, p. 140-149,2014.

CHAUHAN, S. P. et al. Prevalence, problems and preterm births.Am J Obstet Gynecol., v. 203, n. 4, p. 305-315, 2010.

COGHLAN, D.A person-centred approach to dealing with resistance to change.Leadership and Organization Development Journal, v. 14, n. 4, p. 10-14, 1993.

DEBRAS, E.et al.Devenirobstétricaletnéonataldesgrossesses chez les adolescentes: cohorte de patientes em Seine-Saint-Denis. GynecolObstetFertil, v. 42, n. 9, p. 579-584, 2014.

FERREIRO, D. M. Neonatal brain injury.N Engl J med., v.351, n. 19, p. 1985-1995,2004.

GOLDENBERG, R. L, et al. Epidemiology and causes of preterm birth.Lancet, v. 371, p. 75-84, 2008.

GREGORY, G.A. Resuscitation of the newborn.Anestesiology,v. 43, p. 225,1975.

HAGBERG, B. et al.The changing panorama of cerebral palsy In Sweden. VIII. Prevalence and origing in the birth year period 1991-1994.ActaPaediatr Scand.,v. 90, n. 3, p. 271-277, 2001.

IERSEL, P. A. M. et al. Does perinatal asphyxia contribute to neurological dysfunction in preterm infants? Early Hum Dev, v. 86, p. 457-461, 2010.

IZILDA, R.M.et al.Asfixia neonatal, fatores de risco, recém-nascido.J pediatr. Rio de Janeiro, v. 75, n. 1, p. 50-54, 1999.

JACOBS, S. E.et al.Cooling for Database Systrev., 2013, CD003311.

LAWN, J. E.; COUSENS,S.; ZUPAN, J. Lancet Neonatal Survival Steering Team. 4 million neonatal deaths: when? Where? Why? Lancet.,v. 365, n. 9462, p. 891-900, 2005.

MARTINS, W. P.; BARRA, D. A; MAUAD-FILHO, F.Gestação Múltipla – Aspectos Clínicos.Femina,v. 34, n. 6, Junho 2006.

MOREIRA, M.; LOPES, J. M. A.; CARALHO, M. O recém-nascido de alto risco: teoria e prática do cuidar [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2004. 564 p. ISBN 85-7541-054-7.

PORTMAN, R. J. et al.Predicting neonatalmorbitidy after perinatal asphyxia: a scoring system. Am J Obstet Gynecol., v. 162, p. 174-182, 1990.

RESEGUE, R.; PUCCINI, R. F.; SILVA, E. M. K. Fatores de risco associados a alterações no desenvolvimento da criança. Pediatria, v. 29, p. 117-128, 2007.

SEGRE, C. A. M; COSTA, H. P. F; LIPPI, U. G.Asfixia Perinatal “in” Perinatologia Fundamentos e Prática,3 ed.,Sarvier,2015.

SILVA, C. H.et al.The rise of multiple births in Brazil. Acta Pediatr.,v. 97, n. 8, p. 1019-123, 2008.

SNYDER, E; CLOHERTY, J. Perinatal Asphyxia. IN: CLOHERTY, J; STARK, A. Manual of Neonatal Care, 4 ed.,p. 515, 1997.

VAN HANDEL, M.et al. Long term cognitive and behavioral consequences of neonatal encephalopathy following perinatal asphyxia: a review. Eur J Pediatr., v.166, n. 7, p. 645-654, 2007.

VAN LAERHOVEN, H.et al. Prognostic tests in term neonates with hypoxic-ischemic encephalopathy: a systematic review. Pediatrics,v. 131, p. 88-89, 2013.

VIDO, M. B. Qualidade de vida em gestantes. 2006. 110f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Universidade de Guarulhos, Guarulhos, 2006. Disponível em: . Acesso em: 12 fev. 2016.

VILLAR, J.; BERGSJO, P. (Ed.). Ensayo clínico aleatorizado de controlprenatal de la OMS: Manual para lapuesta em prácticadelnuevo modelo de controlprenatal. Genebra: Grupo de InvestigacióndelEstudio de ControlPrenatal de la OMS. 2003. Disponível em: http://www.who.int/reproductive-health/publications/rhr_01_30_sp (acesso em janeiro 2016).

VOLVE, J. J.Hipoxic-Isquemic encephalopathy, In: VOLPE, J. J.Neurology of the newborn, 4th ed. London: WB Saunders, p,217-394, 2001.

WALSH, B. H.; BOYLAN, G. B.; MURRAY, D. M.Nucleated red blood cells and early EEG: predicting Sarnat and two yeat outcome. Early Hum Dev.,v. 87, n. 5, p. 335-339, 2011.

Downloads

Publicado

2016-10-09

Edição

Seção

Artigos