A Percepção dos Enfermeiros sobre a Participação Familiar na Reabilitação de Idosos com Acidente Cerebrovascular

Autores

  • Lívia de Sousa Rodrigues
  • Kenya Waléria de Siqueira Coelho Lisboa
  • Gylmara Bezerra de Menezes Silveira

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v9i25.316

Palavras-chave:

Enfermagem, cuidadores, cerebrovascular.

Resumo

No Brasil os modos de assistir à saúde da população vêm sendo modificados progressivamente ao longo dos anos, resultando no atual modelo de atenção à saúde dos cuidados básicos, com atuação da atenção básica no âmbito da reabilitação implicando na relevância da Equipe de Saúde da Família junto aos núcleos familiares onde o AVC causou uma condição incapacitante de um de seus membros. O presente estudo é do tipo qualitativo exploratório e visou descrever a percepção de enfermeiros da Estratégia Saúde da Família sobre a contribuição de cuidadores/familiares para a reabilitação de idosos com Acidente Vascular Cerebral no município de Várzea Alegre – CE, com a aplicação de questionários a esses profissionais. Os sujeitos desse estudo são enfermeiros com idade superior a 26 anos e atuam na mesma equipe há mais de um ano, conhecendo relativamente bem os idosos vitimados por AVC aí residentes. Relatos demonstram que o vínculo existente entre os cuidadores e os idosos são consangüíneos, subsistindo uma relação afetiva, carinhosa, atenciosa, mas também de descuido em alguns momentos. As vantagens da permanência do cuidador acompanhando a reabilitação incluem cuidados físicos e psicossociais. As desvantagens compreendem aspectos culturais e psicossociais como o baixo nível de educação escolar e o isolamento e desgaste vivenciado ao assumir o cuidado do familiar. A atuação dos enfermeiros fica restrita aos cuidados físicos, bem como à educação em saúde para a realização dos mesmos. Existe uma preocupação com o fortalecimento do vínculo enfermeiro/ cuidador. Os familiares buscam ajuda junto à Equipe de Saúde da Família através da instrumentalização com orientações, medicações e ferramentas para a reabilitação da vítima de AVC. Somente a ampliação do foco de abordagem no atendimento domiciliar ao indivíduo afetado e à sua família possibilitará uma assistência pautada no holismo e a tão sonhada integralidade proposta pelo Sistema Único de Saúde – SUS.

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Publicado

2015-01-29

Edição

Seção

Psicologia e Saúde