Análise da Mortalidade Materna em uma Região do Interior do Ceará / Analysis of Maternal Mortality in an Interior Region of Ceará

Autores

  • Patrícia Ferreira Alves Universidade INTA
  • Maira Pereira Sampaio Macêdo Programa Saúde da Família pela Faculdade FAIARA
  • David de Sousa Gregório Faculdade de Medicina do ABC
  • Samuel de Sousa Gregório Coordenador clínico do pronto socorro do hospital Djalma Marques
  • Martha Maria Macedo Bezerra Universidade Estadual do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v15i55.3081

Palavras-chave:

Morte materna, óbitos, período gestacional

Resumo

Resumo: A mortalidade materna é um fator de relevância mundial, definido pela CID 10 como todo óbito que ocorreu no período gestacional ou até 42 dias após o término da mesma, independente da duração ou localização da gravidez. A presente pesquisa tem como objetivo identificar o número de casos de morte materna na 21ª CRES. Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, com abordagem quantitativa, com dados obtidos das bases do SIM, SINASC E DATASUS. A coleta de dados ocorreu no mês de janeiro de 2018 e foi realizada na 21ª CRES. A população estudada foi mulheres de 10 a 49 anos que vieram a óbito por causas obstétricas no período de 2007 a 2016. Foram notificados 34 casos de morte materna e a maior Razão de Mortalidade Materna (RMM) foi registrada no ano de 2016 (133,43) e a menor em 2008 (1,48) por 100.000 nascidos vivos. A morte materna obstétrica direta representou 56% dos casos e as indiretas 44% dos óbitos. Nota-se que duas faixas etárias representam a maior incidência do número de óbitos, sendo elas de 20 a 29 anos com 41% dos casos e de 30 a 39 anos representa 32%. Os óbitos investigados com informação de ficha síntese equivalem a 62%, os sem ficha síntese correspondem a 26% e os óbitos maternos não investigados correspondem a 11%. O enfrentamento da problemática da morte materna implica no envolvimento de diferentes atores sociais, de forma a garantir que as políticas públicas sejam, de fato, executadas e respondam às reais necessidades locais da população.

 

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Patrícia Ferreira Alves, Universidade INTA

Especialização em Obstetrícia e Neonatologia. Universidade INTA;

 

Maira Pereira Sampaio Macêdo, Programa Saúde da Família pela Faculdade FAIARA

2 Curso de Especialização em Programa Saúde da Família pela Faculdade FAIARA;

 

 

David de Sousa Gregório, Faculdade de Medicina do ABC

3 Médico pela Faculdade de Medicina do ABC. [email protected]

Samuel de Sousa Gregório, Coordenador clínico do pronto socorro do hospital Djalma Marques

4 Graduação em Medicina pela Universidade Federal da Paraíba. Cirurgião geral pela UFMA. Tem experiência na área de Cirurgia geral e emergência, atuando como coordenador médico do eixo vermelho do hospital Djalma Marques desde 2016; atualmente é coordenador clínico do pronto socorro do hospital Djalma Marques e diretor médico da empresa maranhense de serviços hospitalares – EMSERH

Martha Maria Macedo Bezerra, Universidade Estadual do Ceará

5 Doutorado em Saúde Coletiva pela Faculdade de Medicina do ABC - Sao Paulo. Mestrado em Educação pela Universidade Estadual do Ceará. [email protected].




Referências

BRASIL. PORTARIA Nº 1.119 DE 5 DE JUNHO DE 2008. Disponível em: http://www.hugv.ufam.edu.br/noticias/Portaria%20site.pdf. Acesso em 08/02/ 2018.

BRASIL. Guia de Vigilância Epidemiológica do Óbito Materno. Série A. Normas e Manuais Técnicos. 1.ª edição – 2009. Disponível em http://bvsms.saude.gov.br.

Acesso em 18/04/ 2018.

COSTA, A. A.R. Mortalidade Materna na Cidade do Recife. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia - v. 24, nº 7. 2002. Disponível em:www.scielo.br. Acesso em 18/04/ 2018.

FERRAZ, L.; BORDIGNON, M. MORTALIDADE MATERNA NO BRASIL: UMA REALIDADE QUE PRECISA MELHORAR. Revista Baiana de Saúde Pública., 2012. v.36, n.2, p.527-538. 2015. Disponível em:www.scielo.br. Acesso em 18/04/ 2018.

LIMA, M. R. G. de. et al. Alterações maternas e desfecho gravídico-puerperal na ocorrência de óbito materno. CAD. SAÚDE COLET., 2017, Rio de Janeiro, 25 (3): 324-331. Disponível em:www.scielo.br. Acesso em 18/04/ 2018.

Martins A.C.S, Silva L.S. Epidemiological profile of maternal mortality. Rev Bras Enferm [Internet]. 2018;71(Suppl 1):677-83. [Thematic Issue: Contributions and challenges of nursing practices in collective health] DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0624

Organização Mundial de Saúde. Classificação Internacional de Doenças: décima revisão (CID-10). 4ª ed. v.2. São Paulo: Edusp, 1998. p. 143. Disponível em:www.scielo.br. Acesso em 18/04/ 2018.

PERAÇOLI, J.C; PARPINELLI, M.A. Síndromes hipertensivas da gestação: identificação de casos graves. Rev Bras Ginecol Obstet. 2005; 27(10): 627-34.

Portela, N. L. C., et al. Mortalidade materna no estado do Maranhão no período de 2006 a 2010. Revista Interdiciplinar v. 8, n. 3, p. 75-82, jul. ago. set. 2015. Disponível em:www.scielo.br. Acesso em 18/04/ 2018

VEGA, C.E.P. et al. Mortalidade materna tardia: comparação de dois comitês de mortalidade materna no Brasil. Cad. Saúde Pública., 2017; 33(3): e00197315. Disponível em:www.scielo.br. Acesso em 18/04/ 2018.

WADERLEY, R. M. M. et al. PERFIL DA MORTALIDADE MATERNA. Rev enferm

UFPE on line., Recife, 11(Supl. 4):1616-24, abr., 2017. Disponível em:www.scielo.br. Acesso em 18/04/ 2018.

.IBGE. Censo Demográfico. 2013. Disponível em www.ibge.gov.br. Acesso em 18/05/2018.

.SESA-CE. Informe Epidemiológico Mortalidade Materna. 2015. Disponível em www.saude.ce.gov.br. Acesso em 18/04/ 2018.

.SESA-CE. Secretária de Saúde do Estado do Ceará. 2018. Disponível em www.saude.ce.gov.br. Acesso em 18/05/ 2018.

Downloads

Publicado

2021-05-31

Edição

Seção

Artigos