Teoria Sociointeracionista e a Aquisição da Linguagem: Contribuições para o Desenvolvimento Humano / Socio-Interactional Theory and Language Acquisition: Contributions to Human Development

Autores

  • Henrique Miguel de Lima Silva Universidade Federal do Cariri - UFCA/CE https://orcid.org/0000-0002-1394-9173
  • Danielli Cristina de Lima Silva Universidade Federal da Paraíba
  • Eliana Pires de Almeida UFRA - Universidade Federal Rural da Amazônia
  • Sayonara Abrantes de Oliveira Uchôa Instituto Federal da Paraíba - IFPB
  • Symara Abrantes Albuquerque de Oliveira Cabral Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v14i51.2587

Palavras-chave:

Interação, interacionismo, desenvolvimento, linguagem

Resumo

Dentre as milhares de espécies de seres vivos existentes em nosso planeta Terra a humana é, sem dúvidas, considerada cientificamente e cognitivamente como a mais desenvolvida. Embora não tenhamos sido os primeiros a habitar o planeta, fomos, devido às modificações genéticas, ambientais e culturais, os que mais se adaptaram aos diferentes contextos ao longo da história do planeta. Ao partirmos dessa assertiva, o presente artigo propõe-se a discutir sobre as principais contribuições das teorias sociointeracionistas para o processo de aquisição da linguagem em uma perspectiva sociocultural. Acredita-se que o desenvolvimento humano se dá justamente por meio dessa capacidade de representação simbólica da linguagem para as interações cotidianas. Nosso enfoque foi de base sociointeracionista e elencou o processo de desenvolvimento humano com base na história da evolução de nossas capacidades interacionais, considerando a interface entre aspectos biológicos e sociointeracionais fundamentados em (de) Tomasello (1999, 2000, 2003, 2004), Kendon (1985, 2000) Vygotsky (1978) e Cavalcante (1994, 1999, 2011).

 

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Biografia do Autor

Henrique Miguel de Lima Silva, Universidade Federal do Cariri - UFCA/CE

 [1] Docente do Departamento de Língua Portuguesa e Linguística da UFPB/J.P. Doutor e Mestre em Linguística pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal da Paraíba – PROLING/UFPB. Especialista em Psicopedagogia Clínica pelo CINTEP-PB. Especialista em Psicopedagogia Institucional pelo CINTEP-PB. Especialista em Linguística Aplicada ao Ensino de Língua Portuguesa pela FUNESO/UFPB. Graduado e Letras Português, Inglês e suas Literaturas pela UPE. Membro Laboratório de Aquisição da Fala e da Escrita – LAFE/CNPQ. Membro do Grupo de Estudos em Cognição e Ensino – COGNENS/CNPQ. Membro do Projeto Variação Linguística no Estado da Paraíba – VALPB/CNPQ. E-mail: ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1394-9173. Email: [email protected].

 

Danielli Cristina de Lima Silva, Universidade Federal da Paraíba

[2] Mestra em Linguística pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal da Paraíba – PROLING/UFPB. Pós-Graduanda em Língua: Literatura, Linguagem e Linguística pelo CINTEP-PB. Graduada em Psicopedagogia pela Universidade Federal da Paraíba. Membro do Laboratório de Processamento Linguístico – LAPROL/CNPQ. E-mail:

 

Eliana Pires de Almeida, UFRA - Universidade Federal Rural da Amazônia

[3] Mestra em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Estado do Pará – PPGED/UEPA. Graduada e pós-graduada em Letras pela Universidade Federal do Pará. É Professora de Língua Portuguesa na Secretaria de Estado de Educação/PA e professora formadora/bolsista da disciplina Literatura Brasileira no PARFOR/Letras/Língua Portuguesa na UFRA - Universidade Federal Rural da Amazônia. E-mail: [email protected] 

 

Sayonara Abrantes de Oliveira Uchôa, Instituto Federal da Paraíba - IFPB

[4]  Pós-doutora em ensino pela UERN. Docente do Instituto Federal da Paraíba -  IFPB.

 

Symara Abrantes Albuquerque de Oliveira Cabral, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

[5] Docente da UFCG. Doutoranda em Ciências da Saúde pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.


 

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Publicado

2020-07-30

Edição

Seção

Artigos